Tuesday, April 20, 2010

tráfico de póemas

Minhas querida e saudosa amiga Maroca começou traficar poemas por e-mail. Tem um grupo com ela. E a gente acaba recebendo estas maravilhas por e-mail:


Poderia alegar coisas nobres, ou quase...

mas o fato é que tenho lista corrida baby

e uma preguiça cultivada ao longo da estada

preguiça de sofrer, preguiça de explicar a ironia do dia anterior,

preguiça daquele olhar sacana que você não alcançou.

Poderia crer no futuro, escrever um diário

começar uma dieta, nunca mais consumir material plástico,

mas baby isso é demais para mim

deixemos assim, o dito pelo não visto

como coisas que perdemos nos vãos da casa

e tempos depois tropeçamos nelas.

Mara



Caso tenha interesse em entrar na roda e provar um pouco destes poemas, escreva para mara.oliveira7@hotmail.com.

Aquele abraço.

Wednesday, April 14, 2010

food for thought

Luiz Felipe Pondé escreve:

Às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos, ou a total falta de sentido. A vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota, como no livro "Mito de Sísifo", de Albert Camus, pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. Vencer sempre pode ser um inferno.

A coluna, na íntegra, em um blog que disponibiliza o conteúdo livre: aqui.

Sunday, April 04, 2010

não só sobre o amor

Um e-mail da Fabiana, um scrap do Daniel, algumas conversas via telefone e pronto, decidimos fechar uma van para Sampa para ver o espetáculo Cinema, da Sutil Cia de Teatro.


Uma das últimas músicas novas do Capital Inicial que me lembro ter ouvido perguntava o que você faz quando ninguém te vê fazendo ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver. A música é uma parceria com o grande Alvin L. E a peça, dirigida por Felipe Hirsch, é um pouco sobre isso. As cadeiras de um cinema estão ali no palco. Você já parou para imaginar quanta coisa acontece no escurinho do cinema? Não acha que é interessante assistir isso tudo? Lembro da primeira vez que fui na bienal de artes vi uma sala de cinema exposta, a gente entrava na tela para assistir ao público. A gente era a estrela da tela, mas lá eram estátuas no público. Na peça Cinema, quando eles páram para observar o público (que passa a ser parte do espetáculo), a sensação não é das mais agradáveis.
A jornalista curitibana Luciana Romagnolli, com resenha no programa da peça, relembra a tela New York Movie, de Edward Hopper, e no tanto de emoção que concentra aquela mulher de olhos baixos que se retirou para a lateral da sala de cinema. Eu concordo que as emoções sentidas na sala de um cinema podem ser tão fortes quanto os filmes exibidos nas telas. Ou mais. E imaginem quantas histórias poderiam ser registradas em uma sala de cinema. Eu já presenciei várias. Acredito que Eduardo Coutinho conseguiria fazer um ótimo documentário sobre cinéfilos. Aliás, o palco com os atores como público me remeteu ao Jogo de Cena em um momento. Tenho certeza que Amélie Poulain adoraria ver esta peça.



Bom, mas antes de entrar no teatro para ver Cinema, a gente foi mesmo para um boteco tomar umas cervejinhas e um suco de açaí. Na Paulista encontramos o Fabião e a Alessandra, queridíssimos amigos lá de Pinheiros, já conhecidos aqui dos frequentadores do blog, certo? Fiz uma chantagem via e-mail dizendo que não nos veriam tão cedo, porque com o Francisco cada vez maior na barriga da Fá, cada vez menor a possibilidade de viajarmos por aí. Eles pintaram lá e ainda nos deram um presente lindo, trabalho da Alê, do Atelier de Cerâmica. A chantagem não funcionou com a Karina Lacerda, que por lá não apareceu. Humpft.



Ainda aqui em Limeira a Érika Caetano chegou e nas mãos trazia amor à FLOR da PELE, filme de Wong Kar-Wai, que há tempos procurava para assistir e não encontrava.
Na estrada ouvíamos Wilco, tentávamos colocar o papo em dia. Daniel Martins contou um pouco sobre os dias que passou em Curitiba no Festival de Teatro. Na parada, a estilista Rose Sathler (que além de namorada do Daniel, trabalha como figurinista e maquiadora dos seus pequenos grandes atores) apareceu feliz na van com a revista UM que trazia na capa uma modelo vestindo um espartilho produzido por ela. Aliás Black Cat Corsets é vanguardista na confecção de espartilhos sob medida no Brasil.



Na fila de entrada do teatro, que estava lotado, encontrei o Gallo e a Elena do Circo Vox. Eles participaram do documentário Umaparte Cultural, que tive a honra de produzir com o NADA naquele findie incrível. Foi bem bacana ouvir um feedback deles sobre o trabalho dos meus amigos. O Circo Vox está com um espetáculo chamado Nostalgia e eles devem pintar em Limeira no Festival Paulista de Circo.


E nada como uma garrafa de Jurubeba (ou era Jurupinga?), levada pela Milena Pacheco, para fechar bem a noite. Que terminava para nós, pais de família, porque o sr Igor Santucci ainda iria esticar para os bares da cidade.

P.S.: Post dedicado ao Renatão, que passou por aqui e cobrou atualização.

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