Sunday, December 24, 2006

happy xmas


sampa rock city II

Conheci também na Paulista, novas salas de cinema. O cinema Reserva Cultural, que conta com uma boa programação também.
Fiquei brigando com os horários para assistir três filmes, mas já estava cansado, então vi dois, Wood & Stock às 13h30, em uma sala vazia, parecia um cinema particular, muito bom. O filme é jóia, eu gosto um monte destes dois figuras e eles mandaram, claro, uma fala que eu acho ótima.
"Raul era gênio! Quando eu penso no que ele quis dizer com Metamorfose Ambulante... Que um dia seríamos carecas e barrigudos. Pusta visionário!"

Saí do cinema, conheci uma loja que minha amiga Karina falou muito, a 2001. Vi vários dvds raros, que gostaria muito de ter na coleção qualquer dia, mas no momento estou mais procurando bons preços. Comprei o Sonhos, do Kurosawa.

Tomei um café.
Aí vi uma exposição de fotos na Caixa Cultural da Paulista. Fotos de cinema de um italiano chamado Tazio Secchiaroli. Bastidores do Blow Up, La Dolce Vita, várias fotos de Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Lindas fotos de uma época muito interessante.

Voltei para o Reserva Cultural e assisti Volver, de Almodóvar. Penélope Cruz está linda como nunca vi em filme algum. Sublime.

A vontade de ficar era grande, mas a realidade me chamava de volta para Limeira.
Quando peguei o ônibus, Wander Wildner devia estar iniciando seu show do Sesc Vila Mariana e mais centenas de espetáculos deveriam estar acontecendo em Sampa naquele momento. Aquela cidade não pára nunca.

Saturday, December 23, 2006

sampa rock city

São Paulo é foda.
Mas desta vez eu fiquei praticamente só ali na Avenida Paulista.

Cheguei, joguei a mochila na cama do hotel e corri para o Belas Artes para assistir uma belíssima comédia chamada Little Miss Sunshine. Corri porque não queria perder o começo do filme, como costumo fazer por estar sempre atrasado. Já na sala do cinema, antes do filme começar, me desesperei ao ver na programação que lá estava passando o 2046 que há tempos quero ver, mas não sabia se teria tempo para assistir.
O filme que vi valeu muito a correria, há tempos não gargalhava em uma sala de cinema. Teve gente dando tapas nas pernas e segurando a barriga ao rir no final de Little Miss Sunshine. É engraçado e lindo!

Comprei uma água e fui caminhando até o Sesc da Paulista. É uma boa caminhada mas prazerosa, porque além de gostar de caminhar, este que lhes escreve gosta daquela avenida.
Fui comprar meu ingresso para o show do Nei Lisboa, que foi o principal motivo da minha ida para Sampa. Soube do show através de um e-mail que recebi da cantora carioca Simone Capeto. Ela faria uma participação lá.

(Vamos abrir o famoso parêntese aqui)
A Simone Capeto gravou um disco chamado Bom Futuro só com canções do grande compositor gaúcho. Depois de ler uma resenha do Marcelo Costa, resolvi escrever para a cantora e encomendar o CD. Ela me mandou de presente. Adoro presentes e ainda mais discos lindos como o dela.

Nei Lisboa eu conheci em Londres. Quero dizer, conheci apenas uma pequena parte da grande obra deste compositor.
Quando morava com umas baianas queridas e um gaúcho que é um grande figura, ainda não tinha grana suficiente para comprar discos, não tínhamos computador em casa, e tudo o que rolava no flat recém alugado era o Cena Beatnik do Nei Lisboa e o Ventura dos Los Hermanos.
O bom leitor já deve conhecer a minha frustração de quando percebo que não conheço o artista que já está ativo e com bons trabalhos há tempos, né? Pois aconteceu isso com Nei Lisboa.
Os amigos gaúchos me acalmaram dizendo que ele era realmente muito mais conhecido no sul e pouco falado nas outras capitais. Mas eu curti um monte e cada novo magrão (como eles costumam chamar o "cara" lá no sul) que eu conhecia, me mostrava algum "novo" som do Nei Lisboa e também do Vitor Ramil. Achei o magrão tri-bom e não parei mais de ouvir.
(Fecha o famoso parêntese)

Voltei pro hotel. O show seria no Sesc Vila Mariana. Deu tempo de tomar um banho e fazer um lanche rápido.

O Sesc é extremamente organizado. Logo que entrei na sala ao lado do auditório, já vi o Nei Lisboa ali esperando para ser chamado, fui entrar e a moça pediu para esperar porque o show já ia começar e não podíamos atrapalhar. Ela aguardou formar uma fila e foi pedindo para o povo entrar com calma, em grupos. (Eu não sou escoteiro, mas este é o preço que se paga por chegar atrasado)
Logo no início, ele falou que o avisaram que tinha horário certo para encerrar o show. Ele tirou uma onda com esta organização, dizendo que só podia ser coisa de paulista. As canções rolaram numa boa com o Nei Lisboa trio. Várias do Cena Beatnik foram tocadas, algumas que eu conhecia do Bom Futuro, aí ele convidou Simone Capeto para o palco e tocou mais do Bom Futuro, depois mandou outras do Relógios do Sol (disco que foi lançado quando eu já conhecia o trabalho dele) e tocou também músicas do Translucidação, o novo disco. Foi jóia.
O novo disco que estava à venda ali no local e que esgotou. E eu, vacilão, fiquei sem.

Cumprimentei Simone, que para minha feliz surpresa disse: Oi, Fábio. Que bom que você veio! Encontrei com o Mário Bortolotto (que há pouco tempo bateu um papo no mesmo Sesc com Nei Lisboa no projeto Na Ponta Da Língua, onde a pauta era discutir a relação entre música e literatura) que muito gente boa que é, me convidou para uma cerveja com seus brothers, mas eu, com a garganta ainda fodida, resolvi ficar de boa no hotel tomando algo quente. Ganhei um autógrafo displicente do Nei Lisboa que estava um pouco incomodado com um cara que o perturbava, mas pude apertar a mão do cara que escreveu várias belas canções, mas que infelizmente acaba sendo conhecido por canções como Pra Te Lembrar, na voz de Caetano, gravada para o filme Meu Tio Matou Um Cara.
Quero dizer, ele é muito bom, mas para uma caralhada de gente, Nei Lisboa pode parecer apenas o cara que teve uma canção gravada pelo Caetano.

No hotel dormi com a TV ligada como abajour.

(to be continued...)

Thursday, December 21, 2006

tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido

Faz tempo que não ouço Caetano, mas eu gosto de muita coisa deste homem. Oração do Tempo é uma canção que me emociona sempre que ouço.
E tempo, eu faço um pedido, dai me mais tempo!

Passei dois dias sem internet, porque fui dar uma volta em Sampa para me atualizar um pouco. Chegando em Limeira, meus velhos amigos e parceiros de infortúnios foram me buscar para tomarmos umas. Beber depois de uns dez dias sem tomar nada gelado me deixou meio grogue.

Hoje. Acordei com o telefone, comi um pedaço de pizza fria, passei pelos blogs amigos linkados aqui do lado, li os e-mails, scraps respondi, mando um abraço para quem passou por aqui e comentou, mas já tenho que sair.

São compromissos inadiáveis que acontecem quando mais amigos estão de férias, como passar a tarde jogando conversa fora e tomando umas cervejas. Acabaram de passar aqui com uma tal de Puerto del Sol. Nunca bebi. Disseram que era a única que estava gelada. Beleza!

A tosse ainda não passou, mas meu prazo de paciência e cuidados já estourou.

Monday, December 18, 2006

vamos fazer um filme?

www.ancine.gov.br

www.cultura.gov.br

www.telaviva.com.br

www.ctav-sav.com.br

www.satedsp.org.br

www.sindcine.com.br

www.bn.br

www.itsalltrue.com.br

www.revistacinetica.com.br

www.contracampo.com.br

Deixo aqui uma bela oração que li em um projeto da ArteLux Produções em parceria com a WG7 BR, ambas Curitibanas, para o filme e também o documentário Brasil de Tudo Quanto é Santo.

"Abençoado seja o cidadão que, tendo condições financeiras, patrocina a produção artística, em especial o cinema. Arte que, elevando o espírito, coloca, através da magia, os homens mais perto de Deus. Que desçam sobre ele as bênçãos de Tudo quanto é santo".

Amém.

Sunday, December 17, 2006

saturday night

[o telefone toca]
_Alô. Cof.
_Fábio, é o Paulo.
_Fala, Paulo. Coof.
_Tá mal, é?
_Cof, cof, coff... Merda. Coooof.
_Foi um prazer ter te conhecido.
_Cof.
[fim da ligação]

Dei mais um gole no meu chá e voltei para a apresentação do Roberto Carlos.

Saturday, December 16, 2006

vacaciones

Tô de férias!
Tenho uma caralhada de coisas para falar.
Te conto depois, porque agora vou ali na oficina de documentários.

Thursday, December 14, 2006

pentelho

A Mar some, mas vez ou outra ela aparece e posta umas coisas como este comercial: não clique aqui senhores pais.

Wednesday, December 13, 2006

zuzu angel

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele não pode mais cantar


Acabei de ver o filme de Sergio Rezende e o que tenho a dizer é que cada "nova" pessoa que conheço, que fez história no final dos anos 60, mais e mais ganha minha admiração.
Filmes tem uma grande importância para a sociedade quando apresentam personagens reais. Trazem à tona histórias que muitas vezes foram esquecidas ou talvez sequer conhecidas por um público mais jovem ou que ainda não tinha ouvido falar em pessoas como Zuzu Angel, que abriu mão do sucesso da moda em busca de justiça em um país marcado pela ditadura.

Insituto Zuzu Angel de Moda
Site do filme Zuzu Angel

Monday, December 11, 2006

além dos pés de laranja

Quando morei em Limeira nos anos 80, a cidade era conhecida como a terra da laranja.
Saí da cidade, deixei alguns bons amigos e fiquei com a lembrança da cidade da laranja.
Retornei depois de vários anos para aqui morar. A cidade já não era mais conhecida pela laranja, e sim pela bijuteria.
Além de manter contato com os velhos amigos, conheci muita gente interessante, pessoas que fazem a diferença em nossas vidas, que me apresentam para um mundo de novas oportunidades e horizontes, seja na vida ou na arte, e é sempre um bom aprendizado e troca.

Ando pensando muito sobre isso, de como fico feliz de saber que, apesar de todas as deficiências da cidade, existem pessoas que me dão um suporte importantíssimo para seguir em frente com uma mente saudável e sempre inquieta.

Cada dia que encontro uma nova pessoa com quem me identifico, é um gozo, me sinto menos sozinho neste mundo, e isso tem acontecido com certa frequência.
Prazeres como reunir amigos no nosso sarau-etílico-literário que sempre rende bons papos e o conhecimento de novas poesias seja de amigos daqui ou de poetas, escritores e compositores que admiramos e expressam sentimentos que nós temos.

Bah, quanto sentimentalismo!
Fechamos com Leminski, então.

Temporal

Fazia tempo
Que eu não me sentia
Tão sentimental.

Saturday, December 09, 2006

it's your birthday

Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai acabar

Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta me faz você
Queria ver você em casa

Jan,
O amor que eu tenho por você é seu
Como é meu o meu aniversário.


Feliz aniversário!

Yours ever,

Thursday, December 07, 2006

eduardos

Acho interessante como certas pessoas se aproximam da gente.
Existem dois Eduardos que estão por aí há tempos, mas só recentemente os conheci.

O primeiro foi o Eduardo Bueno. O conheci primeiro pela tradução do On The Road, do Kerouac. Como sou atrasado em tudo, li há pouco tempo a edição que saiu em pocket book. Eduardo foi o entrevistado da semana passada no recorte cultural.
E sabe o que? O cara conheceu Bob Dylan!
Aí fui ler ali o blog do André Takeda e ele escreveu sobre os beats e falou que conheceu Eduardo Bueno.

O outro Eduardo é o Coutinho.
Ele é o entrevistado desta semana no recorte cultural.
Há poucos meses, na última festa da galera da república, meus amigos Paulo Corrêa e Marcos Pio conversavam sobre Coutinho.
Entrei na oficina de documentários e o primeiro que assisti foi Edifício Master, do próprio.

Não é interessante como pessoas, obras, canções que estão aí há anos chegam de repente e ficam bem presentes em nossas vidas assim, de repente!?
Eu acho.

Caralho, os dias estão voando, mas as férias ainda não chegaram.
Mais nove dias de trabalho.

Monday, December 04, 2006

sem inspiração para um título

Sem inspiração e com muita preguiça.
Contagem regressiva para as férias foram ativadas.
Dia 16 de dezembro eu páro e quero fazer nada até o dia 29 de janeiro, quando retornarei à ativa.
Férias é tudo o que eu preciso agora.

***


Luís Capucho atualizou o blog! Já estava com saudades.
E já deixou um link da entrevista feita por Roberto Maxwell para o Overmundo.
Eu tenho muita música.
Logo mais eu leio.

***


O Randall disse que um dia irá para Londres e postou uma foto minha com a Sarah do Belle & Sebastian. Post do dia 30 de novembro.
Eu recomendo esta viagem. O Randall, quando eu estava lá, pedia para eu curtir as baladas em Islington - bairro de Nick Hornby. Eu curti. :o)

A Amanda está lá e assistiu ao show do Primal Scream no final de semana. Não, ela disse que não foi um show, foi O SHOW!

Ah, Londres...

***


O jornalista Jonas Lopes agora mora em Sampa. Se você ainda não o conhece, eu sei que vai conhecer.
Tem nova matéria dele no jornal literário Rascunho, sobre A Senhoria de Fiódor. Aqui.

***


Ontem tomei várias com umas queridas colegas da faculdade.
Matei a saudade e fiquei chapado, como sempre.

No sábado vi fotos bacanas do casal mais bacana ainda Agnaldo e Daniela. Acompanhado também do meu amigo estrangeiro Oliver Mann.

O Agnaldo tem umas fotos aqui.

Voltei do boteco e o programa do Carlos Rennó estava para começar com Lô Borges e Márcio Borges. Uma vez, uma canção.
Eu dormi.

Puta preguiça desgraçada. Deve ser o calor.
Esqueçam minha preguiça e fiquem com as belas fotos do Agnaldo e a belíssima canção do Clube da Esquina chamada Um Girassol da Cor do Teu Cabelo. Ouça enquanto admira as fotos, inclusive a do girassol.

Saturday, December 02, 2006

onde os anjos não ousam pisar

Este ano comecei apelar para todas estas porras de comprimidos para passar a dor de cabeça que incomoda no dia seguinte da chapação. Hoje descobri o epocler. Nem sei o que os médicos dizem sobre isso, mas este líquido ruim resolveu meu problema. A questão é que é uma merda. Preciso aprender a beber moderadamente.

Tomara que eu me lembre disso daqui a pouquinho, que vou ali tomar uma com os brothers.

Mas como tenho um tempo antes de ir pro bar, vamos botar o papo em dia, meus caros amigos.

***


A entrevista que o Fábio Rogério (jornalista de Santos e baterista do Salad Star) fez com o Hiro do Canções Para Um Mundo Sem Humanos foi publicada na Rock Press.
Já faz algumas semanas que queria ter deixado o link, mas nunca é tarde para lembrar do trabalho de gente boa como estes dois figuras.
O Canções Para Um Mundo Sem Humanos se apresentará na Festa Lado B aqui em Limeira, no dia 16 de dezembro. Mais informações na comunidade da festa criada no orkut.

Ainda na Rock Press, vale acompanhar a coluna London Hauss, do Mário Bross do Wry. A banda tá indo muito bem e definitivamente já ganharam o espaço deles na cena inglesa.

***


Saindo do rock e partindo para o samba, o carnaval, mas sem sair do jornalismo, recomendo o Blog do Garça.
Garcia é o pai da minha querida amiga Rita. Ele criou recentemente o blog para falar de política, samba e o que mais pintar e também comemorar as Bodas de Prata de jornalismo.
Parabéns e que o blog também comemore Bodas de Prata!

***


Assisti um curta do Jorge Furtado chamado Ilha das Flores. Chapei durante os 13 minutos ali na frente da tela e depois soube que todo mundo já conhecia este curta.
Em que planeta eu estava que não conhecia o Ilha das Flores!?

Aliás, muita coisa boa caindo nas minhas mãos e eu cada vez mais besta de ver que tudo isso está aí há anos e eu só agora conheço.
Outro documentário que assisti esta semana foi o Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho.
Veja e fique a refletir sobre os pensamentos de José Saramago, Wim Wenders, as opiniões divertidas de Hermeto Pascoal...
Já está na hora de eu partir.
Outro que está lá no documentário é o filósofo e fotógrafo Eugen Bavcar, e agora vou colocá-lo em pauta no boteco com uns brothers fotógrafos.

Os homens que usam óculos são mais gentis, doces e desamparados...
Você já percebeu!?


Esta é uma observação que uma mulher faz no documentário.

Vou nessa.
Logo mais tem mais, até.

P.S.: O título é o nome do disco solo do Nasi que tocou por aqui durante a semana. Comprei por 9,90. Torço para o CD não morrer tão cedo. Leia.

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