Monday, January 30, 2006

meu coração é uma máquina de escrever ilusões
é só você bater para entrar na minha história


Don't, don't, that's what you say
Each time that I hold you this way,
When I feel like this and I want to hold you,
Baby, don't say don't.

Don't, don't leave my embrace
For here in my arms is your place
When the night grows cold and
I want to hold you,
Baby, don't say don't.

If you think that this is just a game
I'm playing
If you think that I don't mean
Ev'ry word I'm saying
Don't, don't, don't, don't,
Don't feel that way
I'm your love and yours I will stay

This you can believe
I will never leave you
Heaven knows I won't
Babe, don't say don't...

bla bla bla

O Álvaro Pereira Junior escreveu na Folha de hoje sobre o orkut fofoqueiro:

"Cada vez que acontece alguma coisa importante no Brasil e isso leva à criação de mais uma comunidade no Orkut, me dá uma tristeza dos diabos. Há poucos dias tivemos a lambança dos ingressos do U2, e não deu outra: surgiram dezenas de comunidades descendo a lenha nos organizadores.

Não que os organizadores não mereçam, não é isso. É que uma comunidade dessas não serve para nada, só para as pessoas falarem, falarem... O Orkut, fenômeno social avassalador no Brasil, presta para que a nova geração, aquela da internet, da superdose de informação, enverede pelo mesmo caminho de seus bisavós. Como se faz no Brasil há 500 anos, a molecada do Orkut troca a prática pelo discurso. (...)"


Há tempos que estou de saco de cheio de ficar ouvindo estas reclamações e uma canção que retrata muito bem este meu tormento é esta do Arnaldo Antunes:

Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído constante
que fazem as falas das pessoas falando,
cochichando e reclamando,
que eles querem mesmo é reclamar,
como uma risada na minha orelha,
ou como uma abelha, ou qualquer outra coisa pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem segredos
que todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia.
Eu não vou mais ficar ouvindo distraido eles falarem deles
e do que eles fariam se fosse com eles
e o que eles não fazem de jeito nenhum,
como se interessasse a qualquer um.
Eles são: As pessoas. As pessoas todas, fora os mudos.
Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,
falem longe da minha janela, por favor,
se for para falar do meu amor.
Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.
Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço nunca mais,
pelo menos por enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico.
E estamos conversados.

Sunday, January 29, 2006

half of what i say is meaningless

desert island discs
Já disse que um dos meus dids (desert island discs) seria o Bloco do eu sozinho dos Los Hermanos. Neste final de semana decidi que outro disco que levaria para uma ilha deserta seria o Dindinha, disco de estréia da Ceumar. Abre com um som de violino que é lindo, tem a presença de Itamar Assumpção, a produção e a parceria de Zeca Baleiro em várias canções, uma seleção de ótimas músicas, e óbvio que o que mais vale é a voz e a simpatia da própria.

meu coração vai se entregar à tempestade
Passei o final de semana em Serra Negra, choveu muito, e só para variar eu fiquei largado no sofá, lagarteando, assistindo bons filmes (Sonhos de Kurosawa e Um Assaltante Bem Trapalhão de Woody Allen), lendo Pergunte ao Pó, ouvindo Ceumar, Vânia Abreu, Simone Capeto, Edith Piaf e Chico Buarque enquanto pensava na vida e comia as delícias culinárias da mama. E o povo já se cansou de tanto o céu desabar...

a poesia que a gente não vive ou
como transformar lágrimas em canção
Ceumar cantava boi de haxixe e dizia que daria um céu cheio de estrelas, feitas com caneta bic num papel de pão. E fiquei divagando sobre estas letras tão realistas quanto poéticas. É o Baleiro dizendo que só faz milagre quem crê que faz milagre, como transformar lágrimas em canção. O Cazuza transformando o tédio em melodia. E é disso que eu gosto, de pessoas que tem esta percepção diferente do cotidiano. Como alguém que nota a seda azul do papel que envolve a maçã (nunca vou esquecer, babe!).

E dá para viver com poesia se tivermos esta percepção e mais algum remédio que nos dê alegria...

flames in the head
Este é o nome do novo disco do Wry, banda de Sorocaba radicada em Londres há alguns anos. Este novo CD teve como um dos produtores Gordon Raphael, que trabalhou nos dois primeiros discos dos Strokes.
Conheci o vocalista Mario Bross em uma festa Londrina e pude ver uma apresentação deles em um pub no bairro que mora Nick Hornby (meu escritor favorito de literatura pop).
O som do Wry tem uma linda melodia misturada com guitarras distorcidas.
A banda esteve no Brasil para uma turnê. Eles já tocaram em Limeira certa vez, mas desta vez o pessoal do DaLaranjaAoCaos não os trouxe, uma pena porque um cara que tá sem um puto no bolso como eu não pode viajar para Sorocaba para assistí-los.
Fica para a próxima turnê Brasileira ou quem sabe outros shows na minha cidade do coração.

p.s.: Ah, a cidade do coração é Londres, não Limeira.
Ok, Limeira é legal, mas eu passo.

boas novas para a gazeta de limeira
Pintou uma parceria entre o Plug, a coluna limeirense de Marcos Paulino com o site Scream & Yell do jornalista Marcelo Costa. Já teve uma entrevista com a Fernanda Takai do Pato Fu, mas parece que o lance oficializou neste final de semana com esta coluna falando dos melhores de 2005. Confira aqui.
Achei jóia a parceria. É um avanço termos mais informações culturais, já que o S&Y tem base em São Paulo e está sempre presente nos principais eventos cinematográficos, musicais, sempre com ótimos colunistas para falar de literatura também, e quem sabe assim o povo limeirense se interesse mais por cultura e o cinema daqui comece a exibir filmes para quem gosta de cinema também, não só os blockbusters hollywoodianos.
Vida longa para esta parceria!

os dias estão simplesmente lotados
Fim das férias. Que saco. É tão bom ficar deitado na cama, sem se preocupar com o tempo, olhando para o trabalho que as aranhas fazem no teto...

Boa semana, pipou!
Aquele abraço.

Friday, January 27, 2006

eu não consigo ser alegre o tempo inteiro

Eu queria morar em Beverly Hills
Numa mansão de um milhão e quinhentos mil
Ter limousine, piscina e telefone celular
Limpar a bunda com dolar e arrotar caviar,
Eu queria ser amigo de Kelly, Brandon, Brenda e Donna
Ser o vizinho da Daryl Hanna e só brejar a sua bundona
A Daryl Hanna e sua bundona
Lá em Beverly Hills
Eu queria ter um Porsche e poder cantar com os Walsh
Os Walsh, Os Walsh, lá em Beverly Hills...


Canta aqui o gaúcho Wander Wildner.

Thursday, January 26, 2006

with a little help from my f.r.i.e.n.d.s.

Quando todo mundo falava muito de F.R.I.E.N.D.S., eu nem me ligava neles por achar bobagem, mas especialmente por não ter uma TV a cabo. Continuo sem a TV a cabo, mas há seis meses loquei a primeira temporada deste seriado americano e wow! É legal prá caralho!
Fui assistindo episódio por episódio, rindo muito e me identificando demais com eles e esta semana foi a vez do último episódio.
Nunca vi um seriado com tanto tempo de duração (10 anos no ar) em um prazo tão curto. Na verdade, nunca vi muitos seriados. Barrados no Baile na minha pré-adolescência, que é daqueles seriados que a gente não gosta de admitir que assistiu. Mas eu era novo, ainda não sabia das coisas ou da vida...

Abre um parênteses aqui para citar uma fala da Monica, quando a Rachel consegue quebrar os cartões de créditos que o pai bancava.

Welcome to real life! It sucks. You're gonna love it!
(SAP: Bemvinda à vida real! É uma merda. Você vai amar isso!)


Fecha parênteses.

E Barrados no Baile era mesmo completamente fora da minha realidade, riquinhos de Beverly Hills reclamando da vida é um pouco demais.
Assisti também Anos Incríveis que é lindo, tem uma trilha sonora ótima, especialmente para um cara como eu que se amarra nos anos 60, mas é aquela coisa, anos 60, hippies, revoluções, escolas Americanas...
Vi por um tempo também um seriado que passava na Bandeirantes nos anos 90 chamado Um Amor de Família, mas este era só para ver a mãe peituda e a filha gostosa, era uma família e tanto!

F.R.I.E.N.D.S. é diferente, é mais próximo da minha realidade. Tá, eles moram em NY e eu em Limeira. Mas a maior parte do tempo eles estão dentro do apartamento ou do Central Perk (o café que frequentavam) e isso poderia acontecer aqui também.
E o círculo de amizades é interessante, e eles trabalham (ou fingem que o fazem), e nem sempre tem grana, um é frustrado com a profissão, outro é nerd, outro é um ator fracassado, uma tem mania de limpeza, outra é eco-chata e a outra é linda. Mas isso aí é só a primeira vista, porque em dez temporadas com vários ótimos momentos a gente mergulha na vida de cada personagem, rindo, chorando e conhecendo melhor cada um deles. E vai me dizer que você não tem ao menos um amigo parecido com eles?

_What's the one boat that can never ever sink?
_A friend-ship.


Matador!
Adios, amigos.

Saturday, January 21, 2006

filme para ler

O caro amigo Marcelo Costa do Scream & Yell é um jornalista que escreve com o coração. Ele acabou de estrear uma nova coluna no site Rock Press, a L'Âge D'or, que segundo o próprio é para "fazer tudo o que não pode mesmo, escrever de tal modo que as pessoas até achem que seja um suícidio, pois desnudar a alma, defender opiniões próprias e ir contra a corrente é quase um suícidio num mundo que abaixa a cabeça e aceita como regra o que está pré-estabelecido. Para abrir o espaço lá, nada melhor do que falar de amor numa revista de rock."

Esta primeira é sobre o filme 2046 do diretor Chinês Wong Kar Wai.
"O amor é uma questão de timing: de nada vale encontrar a pessoa certa muito cedo ou muito tarde".

Matador!

Friday, January 20, 2006

música para ler

Boa recomendação do meu irmão: Gafieiras.

Tuesday, January 17, 2006

i was looking for a job and then i found a job
and heaven knows i'm miserable now


Faz uma semana que estou fazendo testes e trabalhando na redação de uma tv daqui de limeira para ver se consigo o estágio e tchan tchan tchan! Hoje foi meu primeiro dia oficial de estágio. Devo ser o estagiário mais velho da face da terra.

O trabalho é legal, meio período, fico lá para ajudar na pauta do telejornal e de um programa de entrevistas. Ligações, leitura dos jornais regionais, receber os entrevistados no estúdio, digitar pequenas notas, etc e tal. Os colegas de trabalho parecem ser boa gente, metade deles são jovens jornalistas e a outra metade parecem ser dinossauros da tv. Alguns cinegrafistas e apresentadores devem ter de profissão o tempo que eu tenho de vida e eu acho isso admirável, creio que vou aprender um monte.
Porém o que me entristece é ter que preparar pautas sobre crimes, mortes, perseguições, assaltos e saber que isso dá muito mais ibope do que qualquer outro assunto.

Ainda estou longe do que quero, mas os primeiros passos já foram dados.
Acho que 2006 será do caralho.

Monday, January 16, 2006

você vê música?

Vamlá, esta é a versão de bandas brasileiras:


Thursday, January 12, 2006



Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te p'rá mim...


Continuo fã dos Los Hermanos.

Andei matando a saudade de Londres por aqui.

Wednesday, January 11, 2006

life in slow motion



Tungado do Palandi. E lá soube que o Jonas Lopes está com novo endereço.
Para quem gosta de boa literatura, cinema, jazz e afins: Gymnopedies.

Monday, January 09, 2006

dirty old man





airport office:
"smoking or non-smoking?"
the clerk asked.

"drinking", I said.

[charles bukowski]

Saturday, January 07, 2006

hangover

[ressaca]O primeiro porre do ano como não podia deixar de ser foi em uma sexta-feira.
Rolou em um boteco da cidade, muitas cervejas, ótima companhia, papo muito bom, só queria me lembrar de tudo o que foi dito, mas tudo bem, da próxima vez levo um bloco de anotações e caneta.
A única coisa que realmente não me agrada é a ressaca. Estocarei latas de cerveja na geladeira de casa, porque dizem que o melhor remédio para ressaca é tomar uma gelada logo ao acordar.[/ressaca]

Quando criei o blog em 2003 uma das intenções era aprender um pouco sobre html. Aprendi um pouco, mas por que é que não existem fontes para expressar quando você está alcoolizado, chapado, ou de ressaca?

Thursday, January 05, 2006

o rewind nosso de cada noite
para o notívago oliver mann

"Marginal é quem escreve à margem,
deixando branca à página
para que a paisagem passe
e deixe tudo claro à sua passagem.

Marginal, escrever na entrelinha,
sem nunca saber direito
quem veio primeiro,
o ovo ou a galinha."

Paulo Leminski de novo porque acabei de ler o distraídos venceremos e acho que o caro Oliver é um grande marginal.
Leia o conto "Monique" de Mr. Mann.

Wednesday, January 04, 2006

super size me

fulano: _O cara comeu o mês inteiro no McDonald's prá fazer o documentário, bitcho!
cicrano: _Pedia o super size, ficou doente, já era de se esperar.
beltrano: _Ficou doente porque não pedia o McLancheFeliz...

Sunday, January 01, 2006

olá, 2006

ano novo
anos buscando
um ânimo novo


Isso é Leminski.

E este é um blog com o layout alterado até conseguir um decente.
Acho que eu perdi todos os comentários que tinha nos outros posts.

Feliz ano novo, pipou!

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