Sunday, September 30, 2007

poucas e boas

Consegui botar ordem na casa e tive um final de semana do caralho!
Penso que tudo é mesmo uma questão de "manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".

fome de tudo

Fui para o show da Nação Zumbi em Piracicaba. Este é o terceiro show e meio que vejo destes caras, que são bons demais. O maracatu da Nação pesa bem mais que uma tonelada. Quero ver se encontro o DVD deles por um bom preço para fazer parte da minha coleção de grandes nomes da música brasileira.
"Da Lama Ao Caos", com o Chico Science é tido como um dos melhores discos de todos os tempos aqui no Brasil. O "Afrociberdelia" levou os caras a terem um reconhecimento internacional, o que fez com que os brasileiros prestassem mais atenção nestes que apresentaram o movimento mangue-beat, liderado por Chico Science e Fred 04 (Mundo Livre S/A), para o mundo.
Após a morte de Chico (em um acidente de carro em 1997), Jorge Du Peixe assumiu o vocal e a Nação Zumbi seguiu firme, forte e pesada. A guitarra de Lucio Maia combina muito com as batidas das alfaias, Du Peixe fica muito bem como front man e a banda lançará em outubro o quinto disco sem o fundador do mangue-beat.
"Fome de Tudo" deverá estar matador! E eu ainda mal ouvi o "Futura", o último deles.

foto: hugo shiraga
Estava muito bem acompanhado, com as loucas e queridas Camis e Zuzi, com minhas jovens amigas e colegas de Oficina de Cinema Lili e Léa, e com meu amigo cool e cult Miranda.
Sem contar nos brothers que a gente sempre acaba trombando nestes shows daqui do interior, já que as opções são, em partes, limitadas, os rostos costumam ser os mesmos.


minha balada é no boteco

Trabalhar sábado à tarde não é fácil, ainda mais quando se vê um dia lindo pela janela. Mas sair às três e meia do trampo, cair direto em um boteco com mesas espalhadas na calçada e encontrar os amigos já por ali é impagável.
Estava ansioso para contar ao André Dylan sobre o novo disco do mestre Bob (Dylan, não confundam, por favor). Na verdade, uma antologia de três discos que ele deve lançar logo mais. Eu, como não tenho nem um terço de todos os discos, penso que seria uma boa ter esta compilação, que teve ajuda dos fãs para ser feita. Meu aniversário é em dezembro. ;-)
Discutir sobre as groupies com meu parceiro musical Maurício Cash é de extrema importância aos sábados à tarde. E, para mim, é inevitável falar de groupies sem lembrar de "Quase Famosos", de Cameron Crowe. Puta filme bacana, e eu diria que tão bom quanto "Elizabethtown", do mesmo diretor. Mas aí eu cito este segundo filme na mesa do boteco e sou esculhambado pelos caras. Fica difícil discutir depois que eles estão altos e eu com pouco argumentos. Um dia eu ganho.
O Biajoni estava presente e fazia coro com os caras que acabavam comigo ao dizer que eu gostava de Lenine. Eu dizia que este compositor é plural. Retrucaram imediatamente que pessoas singulares como eles não poderiam ouvir um cara plural.
O sumido Paulinho Corrêa apareceu, eu pensei que teria um forte apoio para as idéias sobre Lenine, mas ele logo entrou em um embate político na mesa.
Eu, que já tinha sido nocauteado minutos antes, achei melhor pedir um ótimo enrolado de presunto e queijo, comer e puxar papo com as gurias da mesa ao lado que combinavam o que fazer à noite.

Fiz um intervalo, porque esta vida não é mole, e voltei para o batente.
Uma hora para um cochilo e uma ducha, e lá estou, sentado em uma outra mesa de um outro bar, com outros brothers e sisters.
Um boteco de verdade, com bêbados que tem estrada e que são ignorados por este que lhes escreve, do tipo que as putas e os travecos aparecem para pedir uma coca e uma fatia de pizza antes de voltarem para o programa.
Elegantemente nos reunimos lá. É um encontro mensal que fazemos mensalmente e nos vemos novamente no mês que vem no mesmo bar.
Ao entrar fiz um balanço e vi que tinha passado por alguns bares durante a semana para quebrar a rotina, eis os nomes para vocês: Floresta, Blues Bar, Bar 13, Mineiro, Pimenta e Rizzo.
Discutimos a baixa gastronomia e fizemos uma análise do que comer em cada bar que curtimos frequentar por aqui.
Eu já estava de farol baixo, mas me mantive firme ali, enquanto ouvia os debates e pensava em como gosto deste povo. Outro dia meus dois irmãos foram introduzidos à esta confraria, e um deles ficou chapado em como o povo consegue ter três ou quatro papos diferentes aomesmotempoagora na mesa. E a gente sempre se entende.
Fechamos o bar, só para variar, e até a conta veio redonda: R$100,00.


everyday is like sunday

Eu gosto mesmo é de domingo com cara de domingo. E hoje tá perfeito.
Acordei cedo, tomei um belo banho e fiquei feliz ao notar que mesmo tendo abandonado um comprimido que tomava para evitar a ressaca, tenho acordado super bem depois das bebedeiras. Seria o efeito do remédio algo psicológico? Ou será que estou aprendendo a beber moderadamente?

O dia amanheceu ensolarado, peguei o Hermeto, o abasteci, parei no mercado, comprei cerveja, um biscoito de ar e peguei a estrada em direção ao Solar Biajoni. Mesmo sem som no carro, eu curto aquele momento de estar na estrada, saca? Enquanto não encontro uma Claire Colburn, vou curtindo assim mesmo.
Passei a hora do almoço ouvindo indie rock, jazz, rock burro, heavy metal e música infantil na companhia do Bia, da Karen e da pequena Lia, do artista plástico Sergio Efe, com a esposa Vera e o filho Iuri, e dos queridos jornalistas Brigatti e Solange.

Depois de ler sobre os pratos da Karen em seu blog, provei peixe assado, isca de peixe e tilápia frita, servidos com arroz, purê de batata e um outro prato sem nome, porém muito apetitoso. Tava tudo uma delícia. Peguem as receitas lá que eu recomendo.

Bebíamos bastante.

Uma hora falávamos sobre jazz e eu citei aquele filme do Woody Allen, sabe? Aquele que é tipo um documentário sobre um guitarrista de jazz. Sergio manda: Poucas e Boas. O Briga: É com o Sean Penn, gostei deste filme. O Bia: Django Reinhardt é respeitado prá caramba.
E isso é nada perto do que estes figuras conhecem. Eu pago pau mesmo. Vai dizer que não é do caralho estar rodeado de nego antenado que fala sobre tudo, bitcho?

Além de voltar satisfeito com o tempo que passo com eles, sempre que visito o Bia, volto cheio de discos, livros e filmes. Desta vez vim com um preparado do Minus 5, e o belo box de Joseph Campbell, "O Poder do Mito".
Outro som que ganhei recentemente também foi Newton Faulkner. Este foi do Brigatti. Se ainda não conhece, procure por ele agora, que o tempo tá propício. Se tiver som no teu carro, então, é um belo disco para se ouvir na estrada, em um dia ensolarado, com as janelas abertas. É como diz a Claire Colburn, existem sons que precisam de ar, abaixe o vidro e curta!

curta

Volto a 120 por hora e chego atrasado para a reunião que estava marcada no Palacete Levy com os amigos da Oficina de Cinema e Vídeo. O grupo já estava reunido e já tinham inclusive feito um lanche. Fizemos um ensaio, trocamos uma idéia, mas ainda não fechamos o nome do curta-metragem. Depois vou falar sobre ele aqui, e queria a ajuda de vocês, amigos.
Tem sido um prazer trabalhar com este povo: Adriana, Guga, Léa, Alemão, Lili, Doug e Eliara. Faz três meses que nos reunimos religiosamente e escrevemos esta estória que tá se tornando algo lindo!
Somos um dos quatro grupos que farão parte de uma mostra audiovisual aqui em Limeira. A data estava prevista para novembro, mas foi alterada para o dia 08 de dezembro.
Teremos um documentário sobre um figura daqui da cidade, um documentário sobre a Hilda Hilst, outro sobre o ritmo da cidade e a única ficção é a nossa, que mostra a peleja entre o sonho e a realidade. Tô ansioso.

Hoje, ainda, o Doug me emprestou o "Tropa de Elite" e a Lala me deixou duas Piauís.
Vou ter boas coisas para fazer durante a semana.

Fico por aqui que a pizza já chegou.
É isso aí, querido diário!
Diário!? Sim, oras, afinal isso aqui é o blog de um adulteen.

Thursday, September 27, 2007

um grande garoto

Neste conflito entre o eu adulto e o eu adolescente, nesta briga de ter responsabilidades de gente grande, mas de continuar ouvindo os sons da adolescência e gostar de muitos ainda, de usar bermuda e camiseta de banda, mas de ver o cabelo caindo, encontrei uma definição para minha pessoa:

I'm an ADULTEEN!


Saturday, September 22, 2007

i'm so sorry

Tem pilhas de lições para corrigir se acumulando nas pastas, tem projeto do curta para ser feito, tem diálogos do roteiro para serem terminados, tem a briga contra a indisposição para perder a porra desta barriga, tem filmes que quero ver e não sobra tempo, tem horas de sono para colocar em dia, além de decisões importantes a serem tomadas, do tipo: ir ou não para o Tim Festival, ir ou não para o show da Nação e do Lenine nas próximas semanas... Tudo isso e mais um pouco e a falta de paciência para tudo.

Vim para pedir desculpas para quem passa por aqui, mas aproveito para deixar boas dicas:



Fora isso, deixo a pergunta: Por onde andará Paulo Corrêa?

Wednesday, September 19, 2007

tim burton



Valeu, Karina!

Friday, September 14, 2007

indignação

O Samuel Rosa do Skank canta que "a nossa indignação é uma mosca sem asas, não ultrapassa as janelas de nossas casas". Mas por que será? Ou ainda: até quando será assim? Eu sou um cara alienado de todas estas questões parlamentares e o escambau, vocês sabem disso. Mas não deixo de fazer minhas escolhas políticas com pequenos gestos que, se todos fizessem, poderiam fazer uma grande diferença.


Faço minhas, as palavras do Marcelo Tas:

A incapacidade de nos indignarmos é que leva à anestesia da alma, estado tentador que paira permanentemente sobre o momento presente que vivemos no planeta. Claro que é muito mais confortável dizer que o mundo está indo mesmo para o buraco e que não podemos fazer nada. Mas prefiro ficar no time daqueles que não suportam ficar calados nem imóveis.


protesto silencioso

Outro dia conversando com uns alunos do curso de Inglês, que estão começando a faculdade ou prestes à entrar em uma, perguntava o motivo deles reclamarem tanto de Limeira. A resposta foi unânime: falta opção de lazer por aqui. Perguntei o que eles gostariam que a cidade oferecesse. TUDO, responderam. Achei vago demais. A maioria concordou que Limeira precisa de uma nova discoteca [nunca sei como chamar isso: boate? nightclub? disco?]. Eu disse que já tinha uma, e eles disseram que não é suficiente, que é sempre a mesma coisa, etc e tal.
Propus um flashmob na praça Toledo de Barros [a praça central de Limeira, conhecida por ter o Teatro Municipal e a famosa Gruta Municipal].
Pensando na silent disco que já rolou em Londres, sugeri que cada um levasse o seu I-Pod [mp3 player, discman, walkman ou mesmo que fosse lá com a música na sua mente] para o meio da praça em um determinado dia e em determinado horário e, juntos, começassem a dançar, trocar idéias e fazer uma festa assim, silenciosa, porém bacana e no meio do movimento rotineiro da cidade.
Alguém precisaria avisar a imprensa do acontecimento. E, ao serem entrevistados, simplesmente diriam que por falta de discotecas locais, foram para o meio da praça dançar ouvindo suas próprias canções.
Eu, modestamente falando, acho uma boa idéia. Falta o povo tirar a mão da consciência e metê-la na consistência.

generalização e falta de percepção

Esta campanha dos blogueiros contra o Estadão ainda está correndo pelos blogs. Alexandre Inagaki fez um bom texto explicativo há um tempo sobre o assunto. Clique na figura e leia.



vai tomar no cu

Flavio Prada acompanhou de perto, na Itália, o V-Day, e divulga agora o T-Day.
"O objetivo principal é de recolher assinaturas suficientes para encaminhar um projeto de lei que proíba o exercício de mandato parlamentar a quem tenha uma condenação na justiça"
Os objetivos secundários podem ser debatidos com o póprio Flavio.
Ah, você quer saber de onde vem o T, do T-Day? É de Tomanocu Day.
Deixem na agenda, dia 02 de Outubro de 2007: Tomanocu Day.
A idéia precisa ser divulgada, se o número de assinaturas não for suficiente, aguardem pelo Sifu Day.

P.S.: Para quem quiser mandar umas palavrinhas para o absolvido: renan.calheiros@senador.gov.br

*****


minha tribo sou eu

Acredito na arte, meus caros. Se vejo alguma solução para este mundão complicado é através da filosofia, da ciência e da arte.

E por falar nisso, hoje à noite tem show do Zeca Baleiro.

Philarmônica Rio Clarense
Rua 5, 914 - Centro
Rio Claro
Fone: (19)3533-8548
Parece que custa R$30,00 na hora.
O show está marcado para às 23h30.

Zeca acabou de ceder uma entrevista por telefone para a rádio Claretiana FM, e minha querida amiga Rita Garcia, que trabalha por lá, mandou minha pergunta para a radialista Tuca Miranda, que leu no ar. Era sobre a relação dele com a música brega, e sobre o possível album pré-intitulado Churrascaria Psicodélica. Ao ver que eu lembrava até o nome do disco que ele anunciou em um show, Zeca disse que eu estava ligado.

É isso aí, eu tô ligado. ;-)

Thursday, September 13, 2007

duas canções para esperar o final de semana chegar

If you feel like singing a song
And you want other people to sing along
Just sing what you feel
Don’t let anyone say it’s wrong

And if you’re trying to paint a picture
But you’re not sure which colors belong
Just paint what you see
Don’t let anyone say it’s wrong...




...
Já roubei muitos corações com as canções mais nervosas
que o mundo há de ouvir
mas agora estou só

e não pense que é tão ruim
sendo só os meus discos posso ouvir e ser feliz
bem longe de ti

e eu não vou nem ligar se você me disser
que não vai mais voltar
e eu não vou nem ligar se você me julgar
mais um cara vulgar
no fundo deste poço achei algo que vale a pena:
viver.




O som lá de cima é do Wilco, do disco Sky Blue Sky. Acabei de saber pelo blog do Marcelo Costa que os caras estarão na Argentina no final do ano.

Na sequência tem o Pública, uma banda do sul que foge do padrão das bandas gaúchas. Indicação do André Takeda que curti tanto quanto a Dre Nobre.

Monday, September 10, 2007

[extra! extra! extra! atualizado]

rock and roll is here to stay
ou a história de um show único
ou ainda a história de um único show



Meu amigo de boteco Maurício e eu resolvemos montar uma dupla. Nada de banda. Banda é um lance que dá muito trabalho e precisa ter muito saco para aturar diferentes temperamentos. Estávamos cansados do marasmo musical que rondava a cidade e decidimos botar a mão na massa, ou melhor, nos violões.
Ele curte Stones, eu curto Beatles. Ele ouve Johnny Cash e eu Wander Wildner.
Começamos com alguns problemas em relação ao repertório, mas no final achei que seria uma ótima tática para fazer uma noite inteira de som. Poderíamos ter momentos solos durante a noite. Enquanto um tocava o outro podia pegar a cerveja para cuidar da garganta.
Fizemos nossa primeira aparição no último feriado. Foi uma bela apresentação realizada na casa de shows mais cult da cidade: A Laje.
Os amigos estavam presentes e boatos dizem que foi o melhor show que já aconteceu lá na casa.

Reparem como o André ficou boquiaberto: "Os caras tocam mesmo!" A Carol estava batendo a cabeça, como uma metaleira, por isso ficou desfocada na foto. Meu irmão sorria ao ver o talento da família e o Carlão observava atentamente os solos do Maurício.




Mas nem tudo são flores. Após ler as críticas positivas sobre a minha performance no palco da Laje e a indiferença dos críticos em relação ao seu talento musical, Maurício diz que vai sair da dupla e seguir carreira solo. Eu tentei dizer que ele estava desperdiçando uma chance única de se tornar um rock star. Mas revoltado não quis ouvir mais nada.
Agora eu não sei o que dizer para a repórter da NME que vai me ligar mais tarde para uma entrevista.

E assim acaba uma dupla promissora que mudaria o rumo da história musical de Limeira. "Edson & Hudson" seriam conhecidos como conterrâneos de "Maurício & Shiraga". E a nossa meta seria acabar com a festa do peão que rola anualmente por aqui e popularizarmos as apresentações na Laje, onde o bom gosto e a harmonia imperam. Lá, a gente não monta nos bois, a gente come a carne.

Lamento demais a incompreensão deste músico e me desculpo antecipadamente com todos os que esperavam ansiosos pelo nosso próximo show. Infelizmente não lançaremos o DVD. Mas já adianto que aguardem um documentário que Scorsese planeja fazer sobre nossa passagem relâmpago pelo rock'n'roll circus.

a mídia é igualzinha a língua da vizinha [update: 11/09/2007]

Uma observação que ninguém fez por aqui é que os Beatles fizeram sua última apresentação ao vivo no telhado da Apple, em Londres. Na Laje do Guina, em Limeira rola a primeira e única apresentação da banda de duas pessoas. Se ligaram aí? Muita coincidência.
A repórter da NME não acreditou no fim da história, espalhou a notícia para os colegas de profissão e agora o povo da Mojo, da Radio 1 da BBC e até da revista japonesa Latina querem uma coletiva.
Eu já respondi que se quiserem, podem procurar o Maurício, porque agora ele quer voltar para a dupla. Aí ele responde em uma entrevista que "nós viemos mudar o conceito da música brasileira, que seremos conhecidos como o primeiro boom brasileiro depois do estouro do funk carioca."
Eu não vou dizer mais nada.


Friday, September 07, 2007

programa do feriado

Não ficar com inveja do Caco Galhardo. Ao menos nestes três dias de folga.





















Ficar com uma pontinha de inveja da Amanda Vox, que vai ver o Jesus &
Mary Chain. Veja este dueto aí com Hope Sandoval - a voz da surpreendente Mazzy Star.
Eu adoro esta canção!



E se pá, começar a dar alguns detalhes do curta-metragem que estamos produzindo aqui.
You are beautiful, people.

Monday, September 03, 2007

um viva para os blogs

Antes de mais nada, tudo: vocês são lindos!

Uma década de weblogs.
O jornalista-blogueiro Scott Rosenberg fala sobre os dez anos da blogosfera, mas coloca em dúvida qual foi o primeiro blog. No final ele diz que "são todos importantes". E questiona: "Por que ficar discutindo sobre os primeiros blogueiros quando isso é impossível de se definir?"
Scott levanta também a eterna briga entre a blogosfera e o jornal impresso. Mas o que eu mais gostei de ler, foi a matéria dele para o jornal britânico The Guardian, onde ele escreve na manchete: As pessoas que odeiam blogs nem ao menos sabem o que elas odeiam.

"Por que odiar um blog quando você não é obrigado a ler um? A menos que alguém descubra uma maneira de forçá-lo a ler, não tem motivo para se incomodar com isso. Se existe algum benefício? Pergunte para milhares de blogueiros e leitores."


Não, meus queridos, eu não ando lendo The Guardian. Mas às vezes dou uma lida na coluna do Ivan Lessa, da BBC, e aí sigo os links. Nesta coluna, em particular, ele citou o jornalista acima e também deu os seus pitacos sobre o ato de blogar:

"O blogue é, em sua essência, um ato de generosidade. Não se está ganhando dinheiro quando se denuncia o verdureiro da esquina cobrando mais caro pelo jiló ou se critica a política externa do Irã ou dos Estados Unidos.

Ou ainda se posta (post?) um clipe da Ava Gardner ou do Errol Garner tocando Laura no piano. É a pura vontade de se botar para fora, em ordem e pensado, o que se passou e passa pela cabeça do indivíduo. E o que a ele dá prazer ou alegria."


monetize seu blog

Concordo plenamente com o sábio Lessa. Mas eu tenho que dizer que ganho dinheiro com meu blog, sim. Desde 16 de julho de 2007 até hoje, vinte cliques foram dados nos anúncios google aí no topo da página e eu faturei US$0,64 (sessenta e quatro centavos de dólar). Dizem que quando tiver a quantia de cliques relativos à cem dólares, eu recebo um cheque deles. Pelos meus cálculos, quando eu aposentar o blog, eu talvez receba esta grana. Não é genial? Décadas de posts, e no final das contas, você ganha uma nota de dólar. Ao menos dá para pagar umas rodadas de cerveja para meus seis leitores. ;-) Agora, se eu não receber, os seis podem pagar umas rodadas para mim, que tal?

Agora, sem escrúpulos, vou lhes dizer que o lance é monetizar o blog mesmo. Se você ainda não fez isso no teu, está perdendo tempo. Aderindo a campanha destes figuras, estou agora, seriamente, monetizando meu blog:


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