Friday, March 28, 2008
contos de uma mera existência
Estou aprendendo a gerenciar meu tempo. Acho que ainda vai levar um tempo, mas esta semana já foi um tanto produtiva. Todavia ainda tenho lições dos meus alunos para corrigir, um texto em inglês para escrever pro curso que estou fazendo e vários exercícios de espanhol que eu deixei acumular. Propus como meta correr ao menos duas vezes por semana. Fui na segunda-feira passada e hoje precisava me exercitar. O livro do Capucho tá aqui do lado esperando a leitura.
Voltei para casa disposto a fazer tudo agora à noite. Já passa da uma da madrugada e eu não fiz nada disso. O culpado disso é um tal de Lev. Ele e seus contos de uma mera existência.
Na verdade, o nome disso é PROCRASTINAÇÃO.
Estou aprendendo a gerenciar meu tempo. Acho que ainda vai levar um tempo, mas esta semana já foi um tanto produtiva. Todavia ainda tenho lições dos meus alunos para corrigir, um texto em inglês para escrever pro curso que estou fazendo e vários exercícios de espanhol que eu deixei acumular. Propus como meta correr ao menos duas vezes por semana. Fui na segunda-feira passada e hoje precisava me exercitar. O livro do Capucho tá aqui do lado esperando a leitura.
Voltei para casa disposto a fazer tudo agora à noite. Já passa da uma da madrugada e eu não fiz nada disso. O culpado disso é um tal de Lev. Ele e seus contos de uma mera existência.
Na verdade, o nome disso é PROCRASTINAÇÃO.
Thursday, March 27, 2008
o que você faz enquanto espera o metrô?
Se tocasse Say It All, de Sondre Lerche, no ipod que eu não tenho, acho que eu dançaria no meio da multidão.
Diz aí, Karina!
Se tocasse Say It All, de Sondre Lerche, no ipod que eu não tenho, acho que eu dançaria no meio da multidão.
Diz aí, Karina!
Monday, March 24, 2008
networking
Segunda-feira à noite eu chego em casa e depois da janta abro o blog do Paulo Terron para ouvir o Qualquer Coisa. O podcast já está na quinta edição, e desta vez eles contaram com a participação de Rafael Rossatto [ex-bidê ou balde, atual empresário de mallu magalhães], e também fazem um link direto com o grande Juliano Zappia lá de Londres.
Rossatto fala do primeiro show da Mallu fora de Sampa; que aconteceu no último sábado em São José dos Campos, na Popmachine, a festa que minha amiga Amanda Vox organizava.
De Londres, Juliano manda várias novas, e uma das coisas que ele falou foi do show do Led Zeppelin que ele viu no cólo do Jimmy Page [segundo falaram no programa], e ele diz que seria possível rolar um livro sobre os bastidores, porque tinham três ex-esposas do guitarrista do Led.
Sobre encontrar ex-esposa de grandes figuras da música, meu amigo Marcio Yudo, que assim como Amanda é da terra da Popmachine, mas que hoje está muito bem no exterior, me contou que conheceu na Califórnia uma das ex-esposas do eterno Miles Davis. Sim, segundo ele, estava indo para um restaurante com um figurão da ShowTime e ao entrar no local foram recepcionados pela viúva do homem. É mole?
Do encontro com o Marcio, que já está de volta pro Canadá, renderam muitos outros papos e histórias. Mas fica para outro post.
Uma das dicas do Zappia:
Mas o que eu ouvi muito do outro podcast:
Outro som que ouvi muito dia desses foi dica da Dre Nobre:
Be happy.
Agora vou ali ver o programa do Tas.
Segunda-feira à noite eu chego em casa e depois da janta abro o blog do Paulo Terron para ouvir o Qualquer Coisa. O podcast já está na quinta edição, e desta vez eles contaram com a participação de Rafael Rossatto [ex-bidê ou balde, atual empresário de mallu magalhães], e também fazem um link direto com o grande Juliano Zappia lá de Londres.
Rossatto fala do primeiro show da Mallu fora de Sampa; que aconteceu no último sábado em São José dos Campos, na Popmachine, a festa que minha amiga Amanda Vox organizava.
De Londres, Juliano manda várias novas, e uma das coisas que ele falou foi do show do Led Zeppelin que ele viu no cólo do Jimmy Page [segundo falaram no programa], e ele diz que seria possível rolar um livro sobre os bastidores, porque tinham três ex-esposas do guitarrista do Led.
Sobre encontrar ex-esposa de grandes figuras da música, meu amigo Marcio Yudo, que assim como Amanda é da terra da Popmachine, mas que hoje está muito bem no exterior, me contou que conheceu na Califórnia uma das ex-esposas do eterno Miles Davis. Sim, segundo ele, estava indo para um restaurante com um figurão da ShowTime e ao entrar no local foram recepcionados pela viúva do homem. É mole?
Do encontro com o Marcio, que já está de volta pro Canadá, renderam muitos outros papos e histórias. Mas fica para outro post.
Uma das dicas do Zappia:
Mas o que eu ouvi muito do outro podcast:
Outro som que ouvi muito dia desses foi dica da Dre Nobre:
Be happy.
Agora vou ali ver o programa do Tas.
Sunday, March 23, 2008
rato
Hoje é aniversário do Luís Capucho, mas no lugar de comprar um presente para ele, eu comprei o livro dele para mim.
Rato, o livro de Capucho, participa da Copa de Literatura Brasileira.
Feliz aniversário, caro poeta!
Hoje é aniversário do Luís Capucho, mas no lugar de comprar um presente para ele, eu comprei o livro dele para mim.
Rato, o livro de Capucho, participa da Copa de Literatura Brasileira.
Feliz aniversário, caro poeta!
Wednesday, March 19, 2008
from the heart
Eu quis mudar
pra você ver
que nem sempre
é tão difícil
a gente perceber
Se estou melhor,
quem vai saber?
Se o que eu fiz foi pra agradar você
Mesmo que isso custe o nosso tempo
Olha meu novo sapato:
estou de fato,
tentando me adequar,
ao seu modelo
ao seu cabelo
e o que eu fiz foi pra estar...
você.
[wado]
Mas eu assino embaixo.
Eu quis mudar
pra você ver
que nem sempre
é tão difícil
a gente perceber
Se estou melhor,
quem vai saber?
Se o que eu fiz foi pra agradar você
Mesmo que isso custe o nosso tempo
Olha meu novo sapato:
estou de fato,
tentando me adequar,
ao seu modelo
ao seu cabelo
e o que eu fiz foi pra estar...
você.
[wado]
Mas eu assino embaixo.
Tuesday, March 18, 2008
Monday, March 17, 2008
julie delpy
Dois dias em Paris em uma tarde em Sampa.
[i really like julie delpy as an actress, as a singer and also as a screenwriter]
Dois dias em Paris em uma tarde em Sampa.
[i really like julie delpy as an actress, as a singer and also as a screenwriter]
Saturday, March 15, 2008
a beleza de ser um eterno aprendiz
Passei duas semanas tenso, nervoso, ansioso, estudando e preparando duas aulas de 45 minutos. Ficava imaginando as caras dos alunos que eu veria, o que perguntariam, como eu agiria, tive pesadelos; sonhei que tinha dado a primeira aula para um número razoável de alunos e na segunda aula só dois alunos tinham comparecido.
Enfim, depois de todos estes dias que demoraram semanas para passar, depois de torrar a paciência dos amigos e familiares contando da minha ansiedade, finalmente a aula aconteceu e... foi um tesão!
Espero que tenha sido bom para os alunos também, porque eu não quero que o pesadelo se concretize.
Caras, encarar cem alunos de uma só vez é muito interessante.
Estar ali em cima de um palco, com microfone da Madonna, vomitando matéria sem parar e ao fazer uma pergunta, ter um feedback de mais da metade de uma classe enorme é muito bom. Este é meu mais novo trampo.
Já viram que o lance do palco é que é um tesão, né? Existe uma magia naquilo. [risos] Posso ser um músico frustrado, mas ao menos subo no palco para as aulas.
Alívio.
O final de semana pede uma cerveja.
Passei duas semanas tenso, nervoso, ansioso, estudando e preparando duas aulas de 45 minutos. Ficava imaginando as caras dos alunos que eu veria, o que perguntariam, como eu agiria, tive pesadelos; sonhei que tinha dado a primeira aula para um número razoável de alunos e na segunda aula só dois alunos tinham comparecido.
Enfim, depois de todos estes dias que demoraram semanas para passar, depois de torrar a paciência dos amigos e familiares contando da minha ansiedade, finalmente a aula aconteceu e... foi um tesão!
Espero que tenha sido bom para os alunos também, porque eu não quero que o pesadelo se concretize.
Caras, encarar cem alunos de uma só vez é muito interessante.
Estar ali em cima de um palco, com microfone da Madonna, vomitando matéria sem parar e ao fazer uma pergunta, ter um feedback de mais da metade de uma classe enorme é muito bom. Este é meu mais novo trampo.
Já viram que o lance do palco é que é um tesão, né? Existe uma magia naquilo. [risos] Posso ser um músico frustrado, mas ao menos subo no palco para as aulas.
Alívio.
O final de semana pede uma cerveja.
Tuesday, March 11, 2008
o som nosso de cada dia
Gustavo Brigatti escreveu ontem sobre o relançamento que comemora 20 anos do projeto Traveling Wilburys. Zero Hora.
Marcelo Costa publicou no domingo um review sobre Mr. Love and Justice, novo disco de Billy Bragg. Scream & Yell.
Estes textos dos amigos já foram devidamente apreciados por este que lhes escreve. Mas OUVIR estes discos rolou antes com o Biajoni.
Coincidência ou não, domingo o Bia estava arrumando seus discos de vinil e me apresentou a bolacha do Traveling Wilburys; já que não tinha Dylan no parque, teve o projeto dele com outros medalhões do rock no solar Biajoni.
E saindo do toca-discos e partindo para o moderno mp3 player, também fui apresentado para o novo Billy Bragg.
Tem coisas que só o Luiz Henrique faz por você.
Isso tudo curtindo com o Paulo, enquanto degustávamos um almoço da Karen (é pleonasmo dizer que o almoço da Karen estava delicioso), e também na companhia da Lia, que parece estar perdendo o medo da minha pessoa. Sou tão assustador assim!?
Luiz Henrique ainda me emprestou um dvd com uma gravação recente do Wilco, na condição que eu devolvesse essa semana. Isso não vai acontecer, mas ele não precisa saber, né? [risos]
E quais os sons de hoje!? São dois que já viraram hits aqui em casa: uma balada e um rock certeiro da Amanda Vox!
Amanda, I whish to know your lyrics by heart, but send us them.
Gustavo Brigatti escreveu ontem sobre o relançamento que comemora 20 anos do projeto Traveling Wilburys. Zero Hora.
Marcelo Costa publicou no domingo um review sobre Mr. Love and Justice, novo disco de Billy Bragg. Scream & Yell.
Estes textos dos amigos já foram devidamente apreciados por este que lhes escreve. Mas OUVIR estes discos rolou antes com o Biajoni.
Coincidência ou não, domingo o Bia estava arrumando seus discos de vinil e me apresentou a bolacha do Traveling Wilburys; já que não tinha Dylan no parque, teve o projeto dele com outros medalhões do rock no solar Biajoni.
E saindo do toca-discos e partindo para o moderno mp3 player, também fui apresentado para o novo Billy Bragg.
Tem coisas que só o Luiz Henrique faz por você.
Isso tudo curtindo com o Paulo, enquanto degustávamos um almoço da Karen (é pleonasmo dizer que o almoço da Karen estava delicioso), e também na companhia da Lia, que parece estar perdendo o medo da minha pessoa. Sou tão assustador assim!?
Luiz Henrique ainda me emprestou um dvd com uma gravação recente do Wilco, na condição que eu devolvesse essa semana. Isso não vai acontecer, mas ele não precisa saber, né? [risos]
E quais os sons de hoje!? São dois que já viraram hits aqui em casa: uma balada e um rock certeiro da Amanda Vox!
Amanda, I whish to know your lyrics by heart, but send us them.
dois franceses
Medos Privados em Lugares Públicos [Alain Resnais]
domingo, 19h30, no Espaço Cultural CPFL em Campinas - grátis
Sala lotada, cadeiras extras para todos os presentes poderem ver o filme sentado. Pontualidade britânica. Filme que faz parte da programação de retrospectiva do que rolou de bom nos cinemas brasileiros em 2007.
Piaf - Um Hino ao Amor [Olivier Dahan]
segunda-feira, 21h30, no Cinema Arco-Íris em Limeira - R$6,00 (meia-entrada)
Duas pessoas na sala, começou o O Caçador de Pipas, aquilo não parecia um trailer e tive que avisar que o projetista devia estar enganado. Atraso de vinte minutos para iniciar o filme. Fora os vinte minutos, este filme chegou aqui em Limeira depois do Oscar e pior, depois de ter nas locadoras! (Como queria um som melhor, preferi a sala de cinema)
Tem dias que eu simplesmente não tenho vontade de defender a cidade.
Medos Privados em Lugares Públicos [Alain Resnais]
domingo, 19h30, no Espaço Cultural CPFL em Campinas - grátis
Sala lotada, cadeiras extras para todos os presentes poderem ver o filme sentado. Pontualidade britânica. Filme que faz parte da programação de retrospectiva do que rolou de bom nos cinemas brasileiros em 2007.
Piaf - Um Hino ao Amor [Olivier Dahan]
segunda-feira, 21h30, no Cinema Arco-Íris em Limeira - R$6,00 (meia-entrada)
Duas pessoas na sala, começou o O Caçador de Pipas, aquilo não parecia um trailer e tive que avisar que o projetista devia estar enganado. Atraso de vinte minutos para iniciar o filme. Fora os vinte minutos, este filme chegou aqui em Limeira depois do Oscar e pior, depois de ter nas locadoras! (Como queria um som melhor, preferi a sala de cinema)
Tem dias que eu simplesmente não tenho vontade de defender a cidade.
Saturday, March 08, 2008
bizarro
Alguém chegou aqui no blog procurando por "caralho belo".
A propósito, feliz dia internacional da mulher.
Alguém chegou aqui no blog procurando por "caralho belo".
A propósito, feliz dia internacional da mulher.
Thursday, March 06, 2008
a memória é uma ilha de edição
Eu nunca apagaria minha memória, nem mesmo que estivesse na situação de Joel Barish ou Clementine Kruczynski, os personagens de um grande filme de Michel Gondry.
Play.
Jantei na casa de uns amigos queridos que estavam recebendo um casal de ingleses hoje. Conversar com britânicos me remete imediatamente à época em que morava em Londres. A gente vai lembrando de nomes de lugares, os cheiros começam surgir, as imagens aparecem na mente e sim, eu viajo. Por mais que eu esteja em contato quase diário com a língua e esteja fazendo um ótimo curso na Cultura Inglesa, não é a mesma coisa que conversar cara a cara com este povo.
Rewind.
E não tem como lembrar de Londres sem lembrar das pessoas que lá conheci. O Clenio, my boss, sempre me apresentava um povo bacana. Uma vez a gente foi buscar um CD no apartamento de um tal de Celso. Entrei na sala e já dei de cara com uma prateleira lotada de CD's e cada prateleira tinha uma classificação, "coisa de quem precisa daquilo para trabalhar", imaginei; no canto da sala tinha uma guitarra e do lado dela uma escrivaninha com um computador e uma mesa de som; "puta que o pariu", era um estúdio!
Extras.
E Londres tem muito desta coisa de ilustres desconhecidos, como uma vez que eu tava no pub trabalhando, e logo que um cliente saiu, veio meu chefe (não o Clenio, o Toby, porque eu tinha dois trampos) dizendo que o figura que fumava charuto e bebia a cerveja da casa era Johnny Rogan, um grande escritor de biografias do rock, dentre elas Morrissey & Marr: The Severed Alliance. E pensar que eu só servi o cara e fiquei no canto do balcão lendo Zen e a arte da manutenção de motocicletas, e mentalmente reclamando do cara que fumava charuto e empestiava meu local de trabalho com o cheiro ruim daquela porra e que nem me deixou uma gorjeta quando pediu a bebida.
Return.
Bom, mas aí que o Clenio disse que eu já devia conhecer o Celso, que era jornalista e escreveu muitos textos em revistas que eu deveria ter lido. O nome dele é Antonio Celso Barbieri. Aí fico lá fuçando uns discos e vejo que ele tinha gravado um disco com poemas de Charles Baudelaire e tinha também uma coletânea de metal brasileiro, que a gente tinha na loja (de discos, que eu trabalhava com o Clenio). Nada como ir montando o quebra-cabeça. Aí em um canto encontro um amontoado de credenciais de shows e festivais. Lembro de tentar me controlar, ser cool e tals, mas não resisti e fiquei olhando credencial por credencial, enquanto ele me oferecia um cigarrinho polonês.
FastForward.
Barbieri, em outra vez que nos encontramos, ficou me contando da vida em Londres e falou de um projeto onde tinha um dos seus poemas tirados da letra M do dicionário:
The moon is moving
meanwhile mankind are madly
missing the magic.
many are just making "masks"
many are deliberately making only
macabre murder machines
money mainly multiplies the mess
it makes man a mean monster
(...)
[mirage - celso barbieri]
Play.
Barbieri está com um site há um ano no ar, resgatando a memória do rock brasileiro.
Tem muita coisa boa por lá, músicas para baixar, e muita leitura: contos, poemas, entrevistas e histórias interessantes para quem pesquisa o rock nacional.
Visitem, aproveitem, e se quiserem uma recomendação, procurem pelas canções do Arnaldo Baptista, como Fique Aqui Comigo, gravado com o Patrulha do Espaço. É muito bacana.
[arnaldo baptista e celso barbieri]
Pause.
Tem algumas estórias desta época no arquivo deste blog, mais precisamente em maio de 2004.
Stop.
Boa noite.
Eu nunca apagaria minha memória, nem mesmo que estivesse na situação de Joel Barish ou Clementine Kruczynski, os personagens de um grande filme de Michel Gondry.
Play.
Jantei na casa de uns amigos queridos que estavam recebendo um casal de ingleses hoje. Conversar com britânicos me remete imediatamente à época em que morava em Londres. A gente vai lembrando de nomes de lugares, os cheiros começam surgir, as imagens aparecem na mente e sim, eu viajo. Por mais que eu esteja em contato quase diário com a língua e esteja fazendo um ótimo curso na Cultura Inglesa, não é a mesma coisa que conversar cara a cara com este povo.
Rewind.
E não tem como lembrar de Londres sem lembrar das pessoas que lá conheci. O Clenio, my boss, sempre me apresentava um povo bacana. Uma vez a gente foi buscar um CD no apartamento de um tal de Celso. Entrei na sala e já dei de cara com uma prateleira lotada de CD's e cada prateleira tinha uma classificação, "coisa de quem precisa daquilo para trabalhar", imaginei; no canto da sala tinha uma guitarra e do lado dela uma escrivaninha com um computador e uma mesa de som; "puta que o pariu", era um estúdio!
Extras.
E Londres tem muito desta coisa de ilustres desconhecidos, como uma vez que eu tava no pub trabalhando, e logo que um cliente saiu, veio meu chefe (não o Clenio, o Toby, porque eu tinha dois trampos) dizendo que o figura que fumava charuto e bebia a cerveja da casa era Johnny Rogan, um grande escritor de biografias do rock, dentre elas Morrissey & Marr: The Severed Alliance. E pensar que eu só servi o cara e fiquei no canto do balcão lendo Zen e a arte da manutenção de motocicletas, e mentalmente reclamando do cara que fumava charuto e empestiava meu local de trabalho com o cheiro ruim daquela porra e que nem me deixou uma gorjeta quando pediu a bebida.
Return.
Bom, mas aí que o Clenio disse que eu já devia conhecer o Celso, que era jornalista e escreveu muitos textos em revistas que eu deveria ter lido. O nome dele é Antonio Celso Barbieri. Aí fico lá fuçando uns discos e vejo que ele tinha gravado um disco com poemas de Charles Baudelaire e tinha também uma coletânea de metal brasileiro, que a gente tinha na loja (de discos, que eu trabalhava com o Clenio). Nada como ir montando o quebra-cabeça. Aí em um canto encontro um amontoado de credenciais de shows e festivais. Lembro de tentar me controlar, ser cool e tals, mas não resisti e fiquei olhando credencial por credencial, enquanto ele me oferecia um cigarrinho polonês.
FastForward.
Barbieri, em outra vez que nos encontramos, ficou me contando da vida em Londres e falou de um projeto onde tinha um dos seus poemas tirados da letra M do dicionário:
meanwhile mankind are madly
missing the magic.
many are just making "masks"
many are deliberately making only
macabre murder machines
money mainly multiplies the mess
it makes man a mean monster
(...)
[mirage - celso barbieri]
Play.
Barbieri está com um site há um ano no ar, resgatando a memória do rock brasileiro.
Tem muita coisa boa por lá, músicas para baixar, e muita leitura: contos, poemas, entrevistas e histórias interessantes para quem pesquisa o rock nacional.
Visitem, aproveitem, e se quiserem uma recomendação, procurem pelas canções do Arnaldo Baptista, como Fique Aqui Comigo, gravado com o Patrulha do Espaço. É muito bacana.
Pause.
Tem algumas estórias desta época no arquivo deste blog, mais precisamente em maio de 2004.
Stop.
Boa noite.
Wednesday, March 05, 2008
desopilando o fígado
A Círia Santos é o Zé Simão de saias. A cada frase certeira, ela dispara uma gargalhada fortíssima.
Ela me ligou e informou que estava torcendo para que o Dylan tocasse de graça no Parque do Ibirapuera, afim de que eu pudesse vê-lo sem ter que vender meu corpo (que deve estar meio barato no mercado de carnes), caso eu tivesse que pagar toda a fortuna do show que rola hoje e amanhã em Sampa.
Infelizmente o show gratuito não vai rolar, segundo nota do G1.
Amigo é assim, liga para te dar boas notícias e tirar onda contigo. Ela, por exemplo, falou que ria muito das desgraças que acontecem comigo e vez ou outra acabo relatando aqui. Mas para aliviar ela diz que ri porque se vê muitas vezes na minha situação. É uma parceira de infortúnio mesmo. Qualquer dia gravo as risadas dela e publico aqui. Para este que lhes escreve, serviu para desopilar o fígado numa noite do meio da semana.
Vou ver o show do Dylan em DVD algum dia, e acredito que vou ficar feliz de não ter gasto R$900,00 pelo ingresso.
Com uma inveja branca dos que vão ver o show, faço coro com os jornalistas do Qualquer Coisa para que Dylan toque só o disco gospel chato dele e que o show seja bem sonolento! [risos]
A Círia Santos é o Zé Simão de saias. A cada frase certeira, ela dispara uma gargalhada fortíssima.
Ela me ligou e informou que estava torcendo para que o Dylan tocasse de graça no Parque do Ibirapuera, afim de que eu pudesse vê-lo sem ter que vender meu corpo (que deve estar meio barato no mercado de carnes), caso eu tivesse que pagar toda a fortuna do show que rola hoje e amanhã em Sampa.
Infelizmente o show gratuito não vai rolar, segundo nota do G1.
Amigo é assim, liga para te dar boas notícias e tirar onda contigo. Ela, por exemplo, falou que ria muito das desgraças que acontecem comigo e vez ou outra acabo relatando aqui. Mas para aliviar ela diz que ri porque se vê muitas vezes na minha situação. É uma parceira de infortúnio mesmo. Qualquer dia gravo as risadas dela e publico aqui. Para este que lhes escreve, serviu para desopilar o fígado numa noite do meio da semana.
Vou ver o show do Dylan em DVD algum dia, e acredito que vou ficar feliz de não ter gasto R$900,00 pelo ingresso.
Com uma inveja branca dos que vão ver o show, faço coro com os jornalistas do Qualquer Coisa para que Dylan toque só o disco gospel chato dele e que o show seja bem sonolento! [risos]
Tuesday, March 04, 2008
para biajoni
Ontem tirei um disco da estante e fiquei chapado com o som. Sabe aqueles discos que você compra numa época em que tá montando seu arsenal musical e não tem tempo de ouvir? Pois é, ontem me redimi do Figure 8, do Elliott Smith e digo que para quem andou curtindo About a Boy, do Badly Drawn Boy, certamente vai adorar este disco. Se ainda não ouviu, velhão, ouça! É lindo.
Ontem tirei um disco da estante e fiquei chapado com o som. Sabe aqueles discos que você compra numa época em que tá montando seu arsenal musical e não tem tempo de ouvir? Pois é, ontem me redimi do Figure 8, do Elliott Smith e digo que para quem andou curtindo About a Boy, do Badly Drawn Boy, certamente vai adorar este disco. Se ainda não ouviu, velhão, ouça! É lindo.
Sunday, March 02, 2008
i'm only sleeping
Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping
Everybody seems to think I'm lazy
I don't mind, I think they're crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find, there's no need
[the beatles]
Se eu não estivesse com tanto sono e a cama não estivesse tão atrativa aqui me chamando, eu iria escrever sobre como eu gosto de "Tempo Rei", do Gil; postaria também uma foto de Luanda para que todos nós possamos saber mais sobre a capital de Angola e daríamos mais valor para a banda do ministro que nos presenteou com um lindo solo de baixo de Arthur Maia. Mas eu estou com sono.
Gostaria também de lhes contar como eu vi cenas lindas em "Proibido Proibir", filme que acabei de assistir; diria que me lembrei de "Os Sonhadores", do Bertolucci, por ter este bizzarre love triangle e coisa e tal; e procuraria uma imagem da cena que acontece aos 39'20'' do filme e vai em uma sequência até os 40'04'', fica uma trilha no fundo e parece até uma cena de algum belo filme francês.
Ia contar também que ao locar este filme hoje, encontrei com uma amiga que estava com "Paris, Eu Te Amo" na mão e quando comentei sobre alguns trechos que eu tinha gostado muito do filme e de que adorei esta idéia de ter vários curtas montando um longa, ela se lembrou de "Sonhos", do Kurosawa, e disse que adorava isso. Eu falaria para vocês de como acho gostoso ter estes papos rápidos mas prazerosos, principalmente quando é inesperado, quando você sai de chinelo sem a perspectiva de encontrar alguém na rua, sabem? Mas eu tô com muita preguiça de escrever agora.
Eu digitaria também uma rápida história sobre a minha relação com os Mutantes e como gosto de ouvir uns sons do Arnaldo Baptista, como este que estou ouvindo agora que baixei de um site do jornalista Antonio Celso Barbieri. Mas vai ficar para depois.
Contaria porque estou tão ansioso estes dias, mas...
zzZzZz
Please don't wake me, no
don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping
Everybody seems to think I'm lazy
I don't mind, I think they're crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find, there's no need
[the beatles]
Se eu não estivesse com tanto sono e a cama não estivesse tão atrativa aqui me chamando, eu iria escrever sobre como eu gosto de "Tempo Rei", do Gil; postaria também uma foto de Luanda para que todos nós possamos saber mais sobre a capital de Angola e daríamos mais valor para a banda do ministro que nos presenteou com um lindo solo de baixo de Arthur Maia. Mas eu estou com sono.
Gostaria também de lhes contar como eu vi cenas lindas em "Proibido Proibir", filme que acabei de assistir; diria que me lembrei de "Os Sonhadores", do Bertolucci, por ter este bizzarre love triangle e coisa e tal; e procuraria uma imagem da cena que acontece aos 39'20'' do filme e vai em uma sequência até os 40'04'', fica uma trilha no fundo e parece até uma cena de algum belo filme francês.
Ia contar também que ao locar este filme hoje, encontrei com uma amiga que estava com "Paris, Eu Te Amo" na mão e quando comentei sobre alguns trechos que eu tinha gostado muito do filme e de que adorei esta idéia de ter vários curtas montando um longa, ela se lembrou de "Sonhos", do Kurosawa, e disse que adorava isso. Eu falaria para vocês de como acho gostoso ter estes papos rápidos mas prazerosos, principalmente quando é inesperado, quando você sai de chinelo sem a perspectiva de encontrar alguém na rua, sabem? Mas eu tô com muita preguiça de escrever agora.
Eu digitaria também uma rápida história sobre a minha relação com os Mutantes e como gosto de ouvir uns sons do Arnaldo Baptista, como este que estou ouvindo agora que baixei de um site do jornalista Antonio Celso Barbieri. Mas vai ficar para depois.
Contaria porque estou tão ansioso estes dias, mas...
zzZzZz
