Monday, September 20, 2010

a vida íntima de laura

Aqui, minha menina fala da vida íntima de Laura, de Clarice Lispector.
Abaixo, a vida íntima de Laura Ballés e Adão Iturrusgarai. :-b


Friday, September 17, 2010

televisão

Acabamos de assistir o Video Music Brasil.
Me lembro bem do início da MTV. Lembro quando meu irmão pediu para meu tio gravar o acústico da Legião Urbana. Pesquisem aí, foi bem no começo da music television brasileira. Me lembro do primeiro time de VJ's da TV. Quando eles fizeram 5 anos e começaram com esta premiação eu curtia demais muito do que passava lá. Não lembro se foi o primeiro ou segundo vmb, mas se pesquisarem vão ver que na época teve show da Marisa Monte, do Sepultura com vários bateristas, Nação Zumbi ainda com o Chico Science, a banda revelação era o Pato Fu. É assustador pensar que na mente vem a frase: bons tempos...

Passei anos sem a eme tevê.

Agora eu tenho uma visão, uma televisão. Assisti toda a premiação hoje. Acho legal ver ali o que meus alunos adolescentes comentam nas aulas. No entanto a sensação geral foi de sono, tédio. Mas como sempre podemos aprender algo em tudo, memorizei o nome de um senhor: Marcos Maynard. Observando algumas tuitadas, o atual superintendente do Auditório Ibirapuera Pena Schmidt retuita que o senhor acima citado era responsável por muitos jabás. Marcos Maynard está por trás da banda Restart, a banda que foi a grande vencedora da noite. O amigo Fábio Cavinato avisa (no twitter) que (Marcos Maynard) é um dos responsáveis pela derrocada da qualidade musical brasileira.

Mas tem três momentos que eu acho que foram válidos na premiação:

1. A abertura com vários artistas juntos fazendo uma música, que incluiu o apresentador Marcelo Adnet (que é engraçado e bom pacas, convenhamos) fazendo um rap com outro Marcelo (que eu não conheço) e aí o Marcelo D2 levanta e canta com eles. No meio do rap o guitarrista do Cachorro Grande (eu acho) aparece, tem intervenção da Sandy (irmã do Junior) e depois tem ainda o Miranda (o produtor) dando seu pitaco como se estivesse no seu programa na TV (o Ídolos, que agora mudou de nome). Eles avisam que o vmb estará na internet também, contando com a interação do público. Isso é bem a cara da MTV. Me animei.

Aí pintaram vários nomes que não me dizem nada.

2. O prêmio aposta da emissora foi o Thiago Pethit, que eu gosto. Quem curte Beirut é bem provável que gostará do som dele também. É o que eu acho.

3. E o show do Otto, que cantou Crua, com Fernando Catatau na guitarra. Foi bom, porque o Otto é foda, este disco dele tá muito legal e a Fá tava aqui do meu lado, cantando junto.

Mas isso foi tudo.

O que vou ver agora é o Provocações, do Antonio Abujamra, com o Mário Bortolotto.

Tuesday, September 14, 2010

uh uh uh, la la la, ié ié!

Eu poderia ficar de boa, fazer um ar blasé, me manter cool e nem comentar a tuitada do @patofu. Mas não vou me conter. Eu não sou assim. Eu tô feliz da vida!


Sunday, September 12, 2010

daqui pro futuro

Eu sempre curti o Pato Fu. Vez ou outra ainda me pego ouvindo um CD deles no carro, mas hoje eu ouço mais com vontade de apresentar esta banda mineira pro Léo e pro Chico.



Vamos fazer uma viagem no tempo e falar sobre o tempo.


sobre o tempo - Monday, May 01, 2006

Quem é o público do Pato Fu hoje?
Perguntei para os amigos que estavam comigo em direção ao Sesc Piracicaba. A gente não sabia. Mas pensando que já tiveram música até em novela, com uns sons mais pops, devem ser os adolescentes que costumamos ver em todos os shows do tal pop-rock.
Lembra quando ouvimos pela primeira vez o som dos caras?
Tínhamos 14 ou 15 anos quando os caras começaram, eu admirei muito as viagens musicais destes mineiros de BH e os conheci na mesma época em que comprei meu primeiro disco dos Mutantes.

Abre um parêntese aqui para a nostalgia:
Nesta época eu morava em São Bernardo do Campo, assistia MTV que ainda era um canal musical, fazia aulas de guitarra e produzia um fanzine que distribuia para os amigos.
Uma das edições era um especial sobre Pato Fu e Mutantes. Meu caro amigo Adriano me lembrou disso durante o show, e eu quase chorei. (risos) Este fanzine foi entregue para os brothers com uma fita cassete com gravações de trechos de um show do Pato Fu e algumas canções dos Mutantes intercaladas ali. A maioria dos amigos que liam o fanzine eram músicos (tá, eram só três ou quatro leitores) e uma das coisas que mais me orgulho na formação musical dos caras foi de ter lhes apresentado a banda de Rita, Arnaldo e Sérgio Dias.
Lembro também de escrever sobre o Nando Reis na época, pedindo atenção para o trabalho dele com Marisa Monte e Carlinhos Brown, e o cara nem tinha lançado o primeiro disco solo ainda...
Acho que eu ainda acreditava que manjava de música e isso me dava mais segurança para escrever e acertava em alguns aspectos.
Fecha o parêntese nostálgico.

Voltando ao Pato Fu.
Os caras começaram a carreira há 14 anos, com um disco independente chamado Rotomusic de Liquidificapum, que depois foi lançado pela gravadora Velas, bem experimental, com uma versão um tanto diferente de Sítio do Pica Pau Amarelo de Gilberto Gil, com a participação de 128 japs que era como John chamava a bateria eletrônica que ele programava, o disco vinha com o irreverente Hino Nacional do Pato Fu e neste lançamento estava claro que John era o frontman da banda.

Já em 1995, a banda caiu na graça da mídia e Fernanda Takai era considerada "a bela" da música daquela época, assinaram contrato com a gravadora BMG, lançaram o Gol de Quem? e conquistaram um espaço no cenário nacional, ganhando prêmios como o de Banda Revelação do 1º Video Music Brasil da MTV.

Comparações com os Mutantes surgiram aos baldes. Uma banda com três integrantes (John, Fernanda e o baixista Ricardo Koctus) que são engraçados, fazem versões completamente retardadas de clássicos como Ob-La-Di-Ob-La-Da dos Beatles, tem uma vocalista com a voz parecida com a de Rita Lee dos anos 60 e olha só, gravaram Qualquer Bobagem dos Mutantes. Sim, são os novos Mutantes! A grande mídia parece ter uma necessidade fodida de fazer comparações assim.

O que mudou para o Pato Fu agora que está em evidência na mídia? Perguntavam...
John dizia que a diferença que ele via no público dos shows do primeiro disco para o segundo era que antes tinham dez punks pulando na frente do palco, uns loucos dando mosh e trinta boyzinhos atrás só observando, e nos shows do segundo disco (disco este que já era vendido no Carrefour!) tinham cinquenta neguinhos pulando na frente do palco e cem playboys atrás só observando. O público estava crescendo.

Outro parêntese:
Uma revista chamda Trip College (filha da Trip) tinha uma página com lançamentos musicais, fizeram uma resenha tosca de Gol de Quem? com informações erradas, do tipo dizer que o autor de Vida de Operário era Falcão, o cantor engraçado do girassol. Não era. E também não é o do Rappa. Colocaram o nome errado da música dos Mutantes. Me irritei: como é que eu compro uma revista para me informar e as informações que me passam são erradas e nada novas?
Peguei meu caderno da escola e escrevi uma carta para a Trip fazendo as correções e dando novas informações sobre a banda. A carta saiu super editada ali em errata e me mandaram uns brindes para agradecer. Na época eu pensei em escrever prá eles pedindo um emprego. Não sei por que não o fiz. Eu era muito mais empolgado com tudo. E mesmo hoje acredito que eu realmente entendia de música nova naquela época. (risos)
Fecha parêntese.

Lançaram então o Tem Mas Acabou, com o sucesso Pinga, depois Televisão de Cachorro, Isopor, Ruído Rosa produzido em Londres e com direito a música na trilha sonora de uma novela global, MTV ao Vivo comemorando dez anos de carreira e agora o mais recente Toda Cura Para Todo Mal.
Mas aí esta história todos já sabem.

No show que assistimos em Piracicaba, eles tocaram muitas músicas do último disco que está lindo e algumas dos primeiros discos. Mas era engraçado reparar que só nós ali, os velhos que ainda curtem a banda, viajavam ali no meio da gurizada, e logo que terminaram de tocar a primeira música das antigas, Fernanda Takai vai ao microfone e diz: "Parece que o público aqui é bem jovem, né?"

Mesmo nas novas músicas, não vi tanta empolgação por parte dos que assistiam ali. O público vai mesmo só para ouvir os cinco hits e é isso? Depois parece que precisam "aturar" o resto do show.
Fui checar a comunidade do Pato Fu no orkut e tem um povo comentando que foi ao show, falando da alegria de vê-los ao vivo, de como conseguiram entrar no camarim e tirar fotos com os ídolos...
Acho bacana isso, eu já fui tiete, acho que ainda sou um pouco.
Mas... onde está aquela parte que nós tínhamos quando éramos jovens como estes guris, de buscar informações sobre a banda, aquela sede de conhecer tudo?
Será que basta conhecer o que todo mundo conhece?

Vi ali uma ótima apresentação, uma banda madura, tocaram os hits, mas fizeram os sons experimentais típicos deles, teve participação de um mini astronauta comandado por Fernanda Takai na música Simplicidade, o John falou com alegria do retorno dos Mutantes, contou da produção que fez do disco solo de Arnaldo Baptista... e ainda tocaram Vida Diet, que já foi postada aqui no blog umas três vezes.

Se as letras antigas que eram escritas por pessoas mais jovens, o público não conhece e as novas são escritas por pessoas um pouco mais velhas, que já são pais, falam sobre se acostumar com uma vida mais leve e não deve ter muito a ver com estes adolescentes, eu ainda quero entender: Quem é o público do Pato Fu hoje?

P.S.: Completei a coleção dos Mutantes ainda na década de noventa e ouvi os discos milhares de vezes.
P.S.2: Entrei de graça no show depois de uma conversa com o assessor de imprensa do Sesc. Durante o show discutia com o Adriano sobre o trabalho jornalístico enquanto observávamos um fotógrafo. Falei sobre a importância de conhecer o assunto para escrever sobre e queria que você pudesse ler este texto do Marcelo Costa que fala da Crítica da Música Pop. Clique e leia.

***


Ei, bem legal o texto :)
# posted by Blogger Jonas Lopes : 02 May, 2006 00:59

Eu gosto deste meu post, teve até o aval do Jonas, o que me deixou um tanto feliz na época, eu ainda estudava jornalismo e é gostoso ter amigos que são jornalistas de respeito te dando força, não é?

Continuei acompanhando o trabalho dos caras, lendo o blog do John e do Rubinho Troll. E eis que parece surgir o primeiro flerte do John com a ideia do novo disco Música de Brinquedo.

Novembro de 2006. Post do John no 665 - O Vizinho Da Besta.







O tempo passou, lançaram Daqui Pro Futuro, pude ver o show de graça, aqui do lado, em Iracemápolis. Foi logo depois da Virada Cultural. Baita show também. Na foto estou com os amigos da Confraria da Laje e o meu amigo Adriano, citado no post de 2006.


E agora, com meu guri começando ouvir uns sons e abrir um sorriso, eles lançam este disco com esta ideia bacana de reunir brinquedos para gravar um disco. O Francisco vai gostar, eu sei.


Vejam o vídeo abaixo. É sensacional. Se procurar pelo making of do Música de Brinquedo, vocês também vão gostar.



Lembrando que eles já tocaram no Música de Bolso, foram inclusive padrinhos do site e fizeram um som dentro de uma loja de brinquedo. Observem o tecladinho na mão do Lulu Camargo.



A Lia Biajoni, que agora está com 4 anos, ouviu o disco e gostou. O Biajoni disse que ela canta Sonífera Ilha (música do Música de Brinquedo) de uma maneira inusitada. No lugar de sonífera ilha, ela canta: sou hiper rainha! (risos)



Agora, aqui no final do post vou revelar uma coisa: eu ouvi o Música de Brinquedo uma vez, gostei demais da ideia, mas o disco em si não desceu. Talvez precisava de ter canções inéditas para que eu pudesse saborear melhor o som deles. Por isso no início do post disse que estava ouvindo e queria mesmo era apresentar para o Léo e pro Chico, tanto pela questão dos intrumentos infantis quanto pelas canções populares que eles precisam (precisam, certo?) conhecer. Mas agora, vendo todo o preparo do disco, o palco da nova turnê, observando o trabalho criado pela mente insana do John, estou muito afim de ouvir o disco novamente, mas principalmente ver o show!
Hey, Deivid, será que eles voltam? =)

Boa semana!

Tuesday, September 07, 2010

ah, esse cara tem me consumido

Aos poucos vamos tentando voltar à nossa vida normal. Mas o que é normal, não é mesmo?
De qualquer maneira o que importa é que este meu feriado foi bom, bem bom. Primeiro porque choveu, segundo porque (depois de 4 dias) o Francisco fez cocô (ele estava enfezado, percebe?), terceiro porque eu dormi a tarde inteira e isso é fundamental para minha saúde.

Fá e eu criamos um rodízio para cuidar do nosso guri. Ela cuida dele a madrugada toda, porque ele acorda para mamar e tals e de manhã eu fico com ele para que ela possa dormir. É uma delícia cuidar dele. Eu gosto de tudo, de dar a mamadeira como complemento do leite da mãe, de dar banho (e ver a cara de prazer dele), de trocar a fralda (mesmo quando ele faz xixi na gente), e , nesta manhã do feriado foi uma troca de fralda especial, mas vou abrir outro parágrafo para isso.
Entrava o quarto dia que ele não fazia cocô, eu estava assistindo 21 gramas porque estes filmes bons valem ser vistos ao menos uma vez ao ano (e eu adoro ver filmes de manhã), pausei o filme quase no final, e decidi que era a hora e a vez do Chicão cagar. Liguei o Sky Blue Sky para apresentar a minha banda favorita do momento para ele. Ficamos exatos vinte e cinco minutos fazendo exercício, mexendo as perninhas, alongando enquanto Jeff Tweedy cantava para deixar a manhã chuvosa mais bonita. Ele cagou. E é incrível como isso nos deixa feliz. Outro dia conversava com o Biajoni de como eu gostava do cheiro do xixi do Chico. Karen e Bia se olharam e viram que eu estava mesmo pirando. Mas é uma piração boa pacas, estar afim do filho é muito bom. Terminei de ver o filme que é foda e para ver na sequência estou com Amores Brutos e Babel, que meu amigo Samuca Gachet emprestou. Já tinha visto os três filmes, mas não assim, na sequência. Eu adoro a trilogia da dor do Iñarritú + Arriaga. A Fá discorda que seja uma trilogia. Eu me amarro em discordar dela e passar os raros momentos em que não estamos dormindo, e o Chicão está, falando de filmes, contando histórias, discutindo, aprendendo, namorando. I love her! E vivo cantando She loves you pro Chico.

Agora há pouco toquei O Leãozinho para ele ouvir, afinal ele é do signo de leão e Caetano é superbacana. E sabe o que? Ele riu. Sim, três vezes seguidas. Tem gente que diz que é só um reflexo involuntário dos músculos faciais. Nós aqui discordamos. Ele sorriu para mim, três vezes seguidas.

De tarde, depois daquele almoço com a família, colocamos Santiago para assistir. A Fá com o Chico no colo e eu deitado na cama. Eles assistiram. Eu dormi, dormi muito, até às nove da noite. Acordei como se fosse um novo homem. Eu não disse antes, mas o Francisco é um bebê bonzinho, não chora tanto, mas quando chora não dá para ficar indiferente. E aí que mesmo que ele seja bonzinho e a Fá cuide dele de madrugada, não rola mais dormir como antes. As tirinhas chamadas Roupa Suja da Laura e do Iturrusgarai são ótimos exemplos dos nossos dias e noites aqui. A gente chama estas madrugadas loucas com nosso guri de Baile do Chicão.

Hoje, além do cocozão ele também vomitou, pela primeira vez. A Fá disse que até chorou quando isso aconteceu. Eu estava dormindo. Ela tinha ido para a sala para me deixar dormir sem o choro estridente dele.

Tudo é novidade para mim e para ele também. E dia desses me peguei pensando no futuro. E já achei duro demais pensar que depois desse cara nos consumir dessa maneira com seus olhinhos infantis perceber que ele estará pronto para sair de casa. Mas ainda tem muito chão, não é?

O blog sempre foi um diário, aqui ele vai virar um diário da vida nova de Francisco.

Vou tentar postar fotos mais pra frente. Por enquanto, quem quiser novas do Chico pode acompanhar no twitter que tenho escrito com uma frequência maior que no blog e tem algumas fotos aqui. Ainda vamos montar um album de fotos no papel, porque agora ganhamos um album lindo dos queridos Guina e Dani.

Este post eu dedico para minha melhor amiga virtual/real Karina Lacerda, que anda reclamando da minha ausência no mundo cibernético.

E por favor, mandem notícias, me informem do que anda acontecendo no mundo de quem ainda sai de madrugada, frequenta bares, shows e tudo o mais. A gente vai sair, logo mais, mas por enquanto estamos em slow motion, aqui pertinho, para não sentir tanta saudade dele, que é lindo e muito amado.

Aquele abraço.


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