Wednesday, July 30, 2008

pré-ocupado

Se você me ver com o cabelo todo bagunçado, ainda com uma espécie de pijama às 14h30 não vai acreditar, mas eu ando muito ocupado. Ou preocupado. No entanto, nem vou ficar explicando nada.


Ontem às oito e quinze da manhã, passando apressado por uma rua da cidade, li umas palavras em um muro que me fizeram tirar o pé do acelerador:

E aqueles que foram vistos dançando
foram julgados insanos
por aqueles que não podiam escutar
a música.


[friedrich nietzsche]

além dos pés de laranja


Encontrei no Palacete Levy, no início deste mês, a grande Letícia Tonon trabalhando em um filme. Acho que é um dos dois aí da exibição. ;-)

A nossa atriz Ana Lídia Miranda Durante, de Casa Comigo, faz parte dos extras em Bella.

Vamlá?

Sunday, July 27, 2008

o trovador solitário ataca novamente

É verbo, substantivo, adjetivo e palavrão.
Renato Russo ainda vive. E está mais jovem do que nunca.
O jornalista e produtor musical Marcelo Fróes tirou do baú do compositor mais uma fita com algumas canções ainda inéditas para o grande público.

Com o nome que Renato usava na época em que se apresentava sozinho com seu violão, e também título de um livro recheado de histórias sobre Renato Russo, escrito por Arthur Dapieve, chega no mercado fonográfico O Trovador Solitário.
Esta nova obra do espólio do líder da Legião Urbana foi lançado no dia do rock, através da parceria da gravadora Coqueiro Verde com o selo Discobertas. O CD contém dez canções com voz e violão, retiradas de uma gravação caseira feita pelo próprio Renato no início dos anos 80 após ter saído do Aborto Elétrico, e um dueto feito em 1984 com Cida Moreira, interpretando a clássica Summertime, de George Gershwin.

O idealizador deste trabalho, o carioca Marcelo Fróes (que já lançou no mercado o disco póstumo "Renato Russo Presente" e o DVD compilando entrevistas da MTV, além de um show tributo apresentado no Multishow), escreveu para este mero blogueiro uma breve história sobre o seu amigo Renato Manfredini Jr.
[marcelo fróes e renato russo - dez/1994]


Sobre o disco e a importância de se resgatar canções que mostram o talento nato de Renato Russo muito já foi dito e especulado logo após este lançamento. Você se tornou um amigo dele. Gostaria de saber de outras histórias como, por exemplo, sua reação ao receber elogios de George Martin, já que Renato era beatlemaníaco declarado.

Fróes: Quando estava traduzindo o livro "Paz, Amor e Sgt. Pepper", de George Martin, e fui a Londres para encontrá-lo no estúdio da Abbey Road em maio de 1995, levei-lhe três CDs de presente. Uma coletânea de Bossa Nova, o último CD de Tom Jobim (que havia falecido meses antes) e o "Stonewall Celebration Concert" de Renato Russo. É que, naquela época, estava rolando um projeto para trazer George Martin novamente ao Brasil, para um novo concerto com orquestra sinfônica, banda e coral, e eu havia tido a idéia de chamar Renato Russo para ser o cantor convidado. Ele havia topado e por isso levei o CD. Poucos dias depois que voltei, recebi um fax de Martin comentando sobre Renato: "He sings beautifully". Mas ele achava que o tom de voz talvez não fosse apropriado para todas as canções do repertório. Lembro que quando liguei pro Renato pra contar sobre o fax e li o comentário, ele começou a cantar trechos de "Help", "I Am The Walrus" e "The Long And Winding Road" para mostrar que podia cantar qualquer canção dos Beatles. E era verdade, mesmo. Bom, então ele ficou aflito para ver o fax e eu, depois de fazer uma fotocópia, fui de Copacabana a Ipanema para levar-lhe. Ele ficou muito feliz, soube que depois mostrou para os amigos. E ficou tão agradecido pelo presente que aquele fax lhe representava, que foi lá dentro e trouxe-me CDs de BTO, Elvis Costello etc de presente. Infelizmente aquele projeto com Martin não foi adiante.

Marcelo, como jornalista cultural, editor do tablóide musical International Magazine, diretor do selo Discobertas, há anos pesquisando a música Brasileira, quem no cenário musical atual tem o mesmo peso que Renato Russo teve nos anos 80 e 90?

Fróes: Renato Russo é insubstituível, acho difícil aparecer alguém que ocupe seu posto junto às novas gerações - até porque os tempos são outros. Pra mim Renato Russo tem um pouco de Bob Dylan, de John Lennon e de Kurt Cobain. Sinto muito os que enxergam nele Morrissey e outras figuras dos anos 80, mas pra mim ele foi muito mais que qualquer um daqueles ídolos que ele teve nos anos 80.
E, como entrevistador, posso te dizer que poucas pessoas me deram tanto prazer de entrevistar quanto Renato Russo.



Renato Russo no início dos anos oitenta, apresentando canções até então inéditas, com as letras de Eduardo e Monica e Faroeste Caboclo diferentes das conhecidas dos discos oficiais ou ainda Eu Sei que era chamada 18X21, o disco é direcionado para os legionários sedentos por raridades do ídolo. Se você ainda não tem todos os discos da Legião Urbana, esqueça. Ouça todos os discos no volume máximo primeiro e só depois aventure-se por aqui. Tendo referências figuras como John Cooper Clark, Billy Bragg e Paul Weller, Renato Russo esquece a banda e se torna O Trovador Solitário.
Nas melhores lojas do ramo, preço médio: R$20,00.
Ora, se você quiser se divertir
Invente suas próprias canções
.

Saturday, July 26, 2008

looking through a glass onion

Cortando cebolas pensei em você.
Chorei.

[michel melamed]

[hassan e amir em o caçador de pipas]

Hassan: _Sobre o que é a história?
Amir: _É sobre um homem que acha um copo mágico. Toda vez que ele chora no copo as lágrimas se transformam em pérolas. Ele é muito pobre, sabe? No fim da história, está sentado em um monte de pérolas com uma faca ensanguentada nas mãos e sua mulher, morta.
Hassan: _Ele a matou?
Amir: _Sim, Hassan.
Hassan: _Para chorar e ficar rico.
Amir zombando de Hassan: _É, você é rápido.
Hassan reprova a atitude do homem balançando a cabeça.
Amir: _O que?
Hassan: _Por que ele teve que matar a mulher?
Amir: _Porque suas lágrimas viram pérolas.
Hassan: _É, mas não poderia apenas cheirar uma cebola?
Amir: _!

Reparou na inocência
Cruel das criancinhas
Com seus comentários desconcertantes?
Adivinham tudo
E sabem que a vida é bela!

[cazuza]

Friday, July 25, 2008

aristocracia

Meu amigo outsider, que está cada dia mais insider, Luis Capucho esteve em Brasília para um pocket-show e para o lançamento de seu segundo livro, o Rato. Na sua passagem por lá cedeu uma entrevista para Francine Amarante, que colabora para o site cifras.

Na entrevista ele declara que adora a música brega de Evaldo Braga! Tá aí outro cara que eu conheci quando trabalhava com música brasileira e achava legal ficar ouvindo também. O brega é muito estiloso!

Apesar da entrevista estar na capa de um site de cifras, não é possível encontrar cifras do Lua Singela por lá.
Capucho então me enviou a cifra de uma das mais belas canções populares do Brasil.

Estes são os acordes:

C - Am - F/A - C - G
Am - Am7+ - F/A - C - G
C - Am - F/A - C


Esta é a letra:

Meu coração é uma máquina de escrever
As paixões passam, as canções ficam
Os poemas respiram nas prisões
Pra ler um verso, ouvir
Escutar meu coração falar
Até se calar a pulsação
Meu coração é uma máquina de escrever
No papel da solidão
Meu coração é
Da era de Gutemberg
Meu coração se ergue
Meu coração é
Uma impressão meu coração
Já era
Quando ainda não era a palavra emoção
Mas há
Palavras em meu coração
Letras e sons
Brinquedos e diversões
Que passem as paixões
Que fiquem as canções
Nos poemas nos batimentos das teclas da máquina de escrever
Meu coração é uma máquina de escrever ilusões
Meu coração é uma máquina de escrever
É só você bater
Pra entrar na minha história.


Esta é Máquina de Escrever, de Luis Capucho e Mathilda Kóvak. Linda demais, ouça que você não vai se arrepender.

Na entrevista que fiz com Capucho há dois anos, deixamos na legenda de sua foto a resposta à minha pergunta: "Eu não sou marginal, sou um bom rapaz, pô!"
Como é que eu pude pensar que alguém que cria uma canção como esta, com poemas sobre os animais humanos, um rapaz sério demais, seria um marginal!? Capucho é um nobre, um aristocrata!

Thursday, July 24, 2008

não me abandone

Não! Não vá embora!
Eu preciso de você!
Foi tão bom ficar de boa neste frio.
Não queria que acabasse assim, tão rápido.
Só mais uma semana, ficaaaaaaaa!!!
Férias, por favor, não me deixe!

snif.

Tuesday, July 22, 2008

london burning

Novas da Europa novamente. Desta vez veio do Clenio, o meu chefe lá da loja de discos. Ele está como european tour manager da banda Tribo de Jah, que vai tocar em Londres amanhã no Guanabara e na sexta no Club Colosseum.

Se ainda estivesse lá trabalhando com ele, hoje eu certamente estaria em uma correria gostosa de produção e amanhã o bicho pegaria. Eu gosto muito disso e tenho certeza que ele está curtindo toda esta parada por lá.
O Clenio, assim como o Toby, se cansou de Londres e hoje mora em Málaga (cidade que recebeu o Lou Reed ontem), na Espanha, com a Dani, a esposa que está grávida de seis semanas. É legal saber que um casal que você gosta vai ter um babe, não é? Não reparem, não, eu continuo brega.
Eu fui babá dos babes deles, mas não eram crianças, eram duas gatinhas que eu cuidava lá em Notting Hill quando eles viajavam, a Linda e a Sunny.

Quem também está saindo de Londres é a Amanda Vox. Vai se dedicar à arte nas telas e à arte que veste em outra terra, a Escócia. A Amanda, além de ser uma artista completa que eu muito admiro, grande amiga, foi uma flatmate super cool, ótima parceira de trabalho e de tours por Londres, é também um personagem destas tirinhas animadas e isso eu só descobri depois de ver esta foto:

[nômade]

Para fechar ainda com o povo querido de Londres, o Juliano Zappia participa também do último podcast Qualquer Coisa. Se quiser saber das novas musicais e o que rola no cenário pop mundial, confira!

Monday, July 21, 2008

ternura em meio ao caos

Sexta-feira passada foi a estréia nacional de Nome Próprio, filme de Murilo Salles, com Leandra Leal, baseado nos livros Máquina de Pinball e Vida de Gato, além dos textos dos blogs da escritora Clarah Averbuck.

Fui para Campinas quinta à noite, no Espaço Cultural CPFL, ver a pré-estréia do filme, seguida de bate-papo com o diretor Murilo Salles.
Nome Próprio é um bom retrato da realidade atual que eu comentei dias atrás. E foi exatamente o que o diretor do filme comentou após a exibição; que foi contra a barbárie que encontramos no cinema nacional que resolveu fazer um filme sobre uma moça moderna e bacana. E mostrar esta realidade de milhares de brasileiros que são usuários da internet. E claro, falar sobre a paixão, esta adorada e maldita paixão.

_Ramones, é?
crack, joga o CD no chão com raiva e pisa na caixinha.
_Sex Pistols?
plaft, atira o never mind the bollocks no piso e risca o clássico do punk rock.

Isso também dói.

Para os fãs de Clarah Averbuck, Salles já avisa que a sua Camila Lopes (personagem de Leandra Leal) é outra. Quem quiser a Camila Lopes da Clarah, ela está nos livros dela. A Camila Lopes dele é a que ele criou em sua mente.


Torcedor do Fluminense, o diretor se diverte ao falar sobre o filme, elogia muito a protagonista Leandra Leal, mas diz não se ligar muito na internet, prefere sentar no bar e falar sobre futebol. Quem curte isso e agora criou um novo blog, é o Cris Kock Vitta, já viu o Golaço?

Final de semana, Rio de Janeiro, duas principais sessões do Arteplex Unibanco, Nome Próprio tem mais espectadores que o novo Batman.
Vai me dizer que isso não é um gol de placa?

E um livro não acaba no ponto final, assim como um filme não termina nos créditos finais. Basta acompanhar o blog deste filme e ver como andam os trabalhos deles. Muito bacana isso tudo.

Sunday, July 20, 2008

blood on the tracks

Hoje li esta matéria que recebi por e-mail com o seguinte comentário: "Verdade. É impossível se desfazer delas..."
Quem me enviou se referia às fitas k7 que eu preparei especialmente para ela. Foram algumas, ou várias (!?), muito bem preparadas, pensadas e depois de entregues e ouvidas, ainda eram discutidas, o que era muito legal na maioria das vezes ou muito ruim algumas vezes, quando ela pegava no meu pé por ter colocado uma música fora do contexto ali no final do lado A. Mas o que eu posso fazer se às vezes sobrava um minutinho no final da fita!? Eu colocava lá uma vinheta que eu achava legal ou algo do gênero. Mas às vezes fugia totalmente da intenção, eu sei.
Hoje a gente mal se fala, mas as fitas ainda estão lá, inteiras pelo que acabei de ler. E isso foi antes d'eu assistir o Alta Fidelidade. Sim, porque primeiro eu conheci o filme e só depois fui ler Nick Hornby. E aí é legal pensar em como uma música pode te levar para um lugar que você não vai mais ou te trazer cheiros e lembranças, né não? Estou brega hoje, não reparem.
Aí eu terminei de ler a matéria, entrei nos sites das mixtapes (mas eu acho que dá trabalho fazer isso online, com downloads e tals), respondi o e-mail com carinho para ela, depois fui ler o blog do Biajoni e me deparo com este post, falando exatamente da mesma matéria e apresentando quatro mixtapes para um fim de relacionamento. Tem muita coisa fina lá. Pensei o que eu incluiria em uma fita dessas, mas caí no óbvio e escolhi cinco canções.

Uma observação, e aí eu não sei se é óbvio, está na biografia dos Mutantes, do Carlos Calado: para fugir da censura, os meninos trocaram o "vou te mandar prá puta que o pariu", por "vou te mandar prá Portugal de navio".

Se tivesse que escolher um disco para o fim de um relacionamento, seria Blood On The Tracks, do mestre Bob Dylan. Todas as canções são sobre o sofrimento da separação. São lindas as letras, relembrando o relacionamento, sua mulher amada (eu gosto do seu sorriso e da ponta dos seus dedos; gosto da maneira que você move seus lábios; gosto do seu jeito bacana de me olhar; tudo relacionado à você está me trazendo uma dor), mas todas com o coração partido.
Dylan já declarou que acha difícil se relacionar com o fato das pessoas gostarem deste disco que fala de sua dor. Mas o é que nós podemos fazer, caro Dylan? É triste, mas é lindo, e em mim isto só dói por ser tão lindo, lindo de chorar.
E é foda pensar que o sofrimento de um artista nos dá tanto prazer, e isso me faz lembrar que conheci o Wilco graças à esta resenha do Jonas Lopes.
Jeff Tweedy é grande, muito grande, ele compõe umas canções tristíssimas e belíssimas ao mesmo tempo, mas Bob Dylan ainda nos arrebenta com suas letras. Estava vendo o vídeo que separei para você ouvir a canção e ele vem com esta letra em espanhol. É linda. E isso é porque as letras do velhinho são boas em qualquer língua. Vai dizer que as versões do Caetano não são demais também!?

si la ves, dile hola

si la ves, dile hola
podría estar en Tánger
se fue de aquí la pasada primavera
oí que está viviendo allí
dile de mi parte que estoy bien
aunque las cosas van algo lentas
ella pensará que la he olvidado
no le digas que no es así
tuvimos una pelea
como a veces les pasa a los amantes
y pensar en cómo se fue aquella noche
todavía me da escalofríos
y aunque nuestra separación
me llegó hasta el corazón
ella aún vive en mi interior
como si nunca hubíesemos estado separados
si llegas cerca de ella
bésala una vez por mi
siempre la he respetado
por romper y manternerse libre
oh, a todo lo que la hace feliz
no quiero cerrarle el paso
aunque el regusto amargo aún permanece
desde la noche que intenté hacerla quedarse
veo un montón de gente
cuando salgo por ahí
y oigo su nombre aquí y allá
cuando voy de ciudad en ciudad
y nunca consegui acostumbrarme a eso
sólo he aprendido a dejar de escuchar
si soy demasiado sensible
o me estoy volviendo blando
puesta de sol
luna amarilla
vuelvo a interpretar el pasado
me sé de memoria cada escena
todas pasaron tan rápido
si ella vuelve a pasar por este camino
no es difícil encontrarme
dile que puede me venir a verme
si tiene tiempo.


Vou ali chorar, limpar o sangue que ficou no caminho e volto outra hora.

música é cultura, bicho

Quero educação musical na escola. E você?

Thursday, July 17, 2008

don't touch my moleskine

Já falei que o blog da Daniela Arrais é o mais legal de se visitar para passar o tempo e encontrar links legais com fotos ótimas?
Pois então, é o mais legal!
E o nome é tão bom quanto! Aliás, Karina, já conseguiu o seu moleskine? Não? Viu isso aqui?


[meet meat - um dos últimos achados da daniela]


Agora eu vou nessa que hoje tem Nome Próprio na faixa!

Tuesday, July 15, 2008

tobias or not tobias

Eu tive dois chefes em Londres, o Clênio e o Tobias. O primeiro era da loja e o segundo do pub. É sempre bacana quando recebo novas do lado de lá. E desta vez a nova veio através de um brother daqui de Limeira que entrou no meu lugar para trabalhar lá no pub. O Toby trocou os bêbados do pub por bebês, famílias felizes e modelos.
Eu explico, ele vendeu o pub, mudou-se para o litoral e agora trabalha exclusivamente como fotógrafo profissional.

bela troca, né não?

Olha o novo trampo dele aqui. E ele também está com um blog, contando das novas profissionais.
Estava buscando os registros dele aqui no blog e só encontrei três posts:
Quando Johnny Rogan foi tomar umas no pub.
Quando eu discotecava no pub.
Quando John Peel morreu.

*****


E já que estamos na arte, o amigo Sérgio Efe está com um novo blog, O Camaleão Daltônico.
O Sérgio é um grande figura de Americana, o artista plástico que conheci em algum dos dias que fui serrar um belo rango no solar Biajoni.
Quer uma amostra?
bananas

O macaco observa, curioso, as luvas postas sobre a mesa.
Calçando-as, encara as próprias mãos, intrigado.
E um a um, devora todos os dedos.
[sérgio efe]


P.S.: Fiquei na dúvida em como linkar o Sérgio, já que o nome dele já está ali na lista dos blogs. Então, se você clicar no Sérgio cai no primeiro blog dele, se clicar no Efe cai no segundo blog.
O mesmo serve para o Paulo Corrêa que criou o segundo blog e ainda mantém o Pauta Livre. Se clicar em Paulo cai no Pauta Livre, se clicar no Corrêa cai no novo blog.
Agora tratem de ficar só com um blog, que dá trabalho demais isso aqui!

P.S. 2: Eu tô meio de férias e procrastinando, entende? ;-) Mas agora eu vou, que tem uns trabalhos que realmente preciso fazer djá!

Sunday, July 13, 2008

menina de ouro

Ontem foi o dia da entrega da menina de ouro, o prêmio do Festival de Cinema de Paulínia.
Eu não fui para a futura Hollywood tupiniquim, mas no blog do Luiz Zanin tem os resultados.

Observação feita ao reler o post: Se liga, leitor, parece que fui eu quem mandei o cara lá cobrir o festival. (gargalhadas) Tipo: sou fodão. Olha, eu não fui, mas o Luiz Carlos Merten foi e já postou uns comentários: aqui. Me comparando aos figuras. (risos)

Eu estava no casamento da Marcela e do Rodrigo, um casal queridíssimo daqui de Limeira. Feliz de estar sempre muito bem acompanhado, ontem na presença de ex-colegas da faculdade, novos jornalistas e também blogueiros, como a Daíza e o Alex, além da grande musa deste blogueiro, a querida Lovely Rita, que criou um blog e nem me falou. ;-)

Um P.S. no meio do post: O Trabalho Sujo criticou a seleção feita pela Playboy Americana sobre as 10 blogueiras mais gatas da blogosfera Americana, claro. Concordo e assino embaixo da crítica. Na minha lista de blogs aqui do lado tem blogueiras bem mais gatas, certo.

Bom, mas voltando à Paulywood (na brincadeira de Serginho Groisman)... Sexta-feira estive lá e vi três grandes filmes na sequência:
Estômago, Iluminados e Feliz Natal. Além do curta metragem Espalhadas Pelo Ar.

Estômago, do diretor homenageado da noite Marcos Jorge, conta com a participação de Paulo Miklos e tem a belíssima atuação do baiano João Miguel. Sensacional! Talvez o melhor filme nacional que vi no último ano.



Iluminados é um documentário sobre diretores de fotografia do Brasil. Um dos entrevistados é o grande diretor Edgard Moura. E então percebi que Paulo Goulart, na sua gafe cometida na abertura do festival, poderia ter confundido o prefeito Edson Moura com o diretor de fotografia, diz aí.

Feliz Natal, de Selton Mello, estreiando na direção de um longa, é um puta filme, com atuações brilhantes que mereceram as meninas de ouro.
Foi a estréia nacional. Grande parte da equipe estava presente, o diretor muito orgulhoso de ter todos ali no palco agradeceu e apresentou um por um, dando destaque para Darlene Glória, sua musa.
Para mim, Feliz Natal, pareceu uma estupenda e pesada releitura moderna de Feliz Aniversário, de Clarice Lispector. Palmas para o Selton Mello que ele merece. Levou a menina de ouro de melhor diretor!

Foi uma semana atípica e ótima para me atualizar com muito do que se passa nos bastidores e também nos holofotes do cinema nacional. Aliás, vou tentar brincar de fazer estas semanas de filmes de determinados países com certa frequência.

Só deixo a observação de que se o cinema é mesmo um retrato atual da sociedade, fico muito triste com tudo o que vejo neste espelho dentro da sala escura. Eu espero ver, em um futuro não distante, mais Amélies Poulains surgindo nas telas substituindo Capitães Nascimentos.

You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one...

Tuesday, July 08, 2008

what's going on?

Bate- papo e pocket show de Luís Capucho na fnac Brasília.

Cleide Yáconis apresenta O Caminho para Meca no Teatro Vitória.

Osesp Itinerante passa por Limeira.

Moska no Festival de Arte Serrinha.

Marcelo Costa acompanha festivais na Europa.

Se você clicar nos anúncios google aí acima, eu ganho uns centavos.

Eu preciso de oito horas de sono.

discutir cinema é tão bom quanto fazer cinema

O documentário Simplesmente, Hilda foi muito elogiado hoje pela jornalista Maria do Rosário Caetano. Ao final da apresentação muito bem conduzida pelo diretor Ricardo Dias Picchi na sala de imprensa da prefeitura de Paulínia, Maria do Rosário perguntou quais as possibilidades deste curta-metragem virar um longa. Aguardem as novidades no InCurta.

Receber elogios é sempre interessante independente de quem os faz, mas quando se trata de uma professora de crítica jornalística de filmes latino-americano deve se ficar mais feliz ainda.
Olhe o currículo que se encontra no Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo: Maria do Rosário Caetano é autora dos livros "Cinema Latino-Americano - Entrevistas e Filmes", "João Batista de Andrade – Alguma Solidão e Muitas Histórias" (2003) e "Fernando Meirelles -Biografia Prematura". Colaboradora em diversas publicações. Organizou o livro "Cangaço, o Nordestern no Cinema Brasileiro". Recebeu, do Festival de Cinema de Pernambuco, a medalha do mérito em Jornalismo Especializado/2003.

Um viva!

Na mesma mesa ainda rolaram debates com os diretores Marcos Debrito e Roberto Santucci que estou digerindo aqui.

short cuts

A cerimônia de abertura do Festival de Cinema de Paulínia foi linda.
Tapete vermelho, luzes, flashes e telões com ar de Oscar.
Mas linda, de fato, é a Maria Fernanda Cândido.
Ela, linda, juntamente com Dan Stulbach foram os mestres da cerimônia que iniciou a noite premiando o casal mais simpático da televisão brasileira.
Nicette Bruno falou da importância do teatro e da felicidade de receber um prêmio como a menina de ouro em um lugar tão bonito. Paulo Goulart disse que a esposa já tinha falado tudo, mas completou com um belo discurso e ainda agradeceu o prefeito Edgard(sic)Moura. (O nome do prefeito é Edson. Rolou um burburinho na platéia, mas ninguém o corrigiu)
Logo na sequência, Dercy Gonçalves, no alto de seus 102 anos subiu no palco e foi aplaudida de pé pelos convidados presentes. Emocionada, disse que para receber aquele prêmio ela deveria ter feito algo de bom na vida, e disse que o que fez de bom foi amar a pátria. Finalizou mandando um grande beijo na bunda de todos. Figuraça, ainda fez poses para os fotógrafos deitando em uma poltrona no canto do palco.
Rubens Ewald Filho, na primeira fileira, cantava alguns detalhes que faltavam no teleprompter para o Dan Stulbach.
O personagem felliniano Leon Cakoff era ali para mim a pessoa de maior peso.
Todavia também estavam presentes figuras como José de Abreu, Du Moscovis, Marco Ricca, Otávio Müller e diversos diretores, produtores e outros cinéfilos.
Após apresentações do festival e de um vídeo sobre o belíssimo Teatro Municipal de Paulínia narrado pela Fernanda Montenegro, iniciou-se a competição.

Chamaram para o palco o diretor Reinaldo Pinheiro e a equipe do longa-metragem Nossa Vida Não Cabe Num Opala. Filme inspirado no texto de Mário Bortolotto que polemizou a história da produção na forte opinião contra as alterações de seu texto no roteiro de Di Moretti.
Milhem Cortaz arrebenta no filme.
[Milhem e Marião, clique na imagem e leia o post do dramaturgo]


***


Domingo eu fiquei de molho, como vocês já sabem.

***


Hoje eu acertei umas coisas em Limeira e botei pé na estrada para Paulínia de novo.
Cheguei no teatro um pouco antes das seis da tarde. Cumprimentei toda a família Nada Audiovisual e entrei para a sala, com capacidade para 1.350 pessoas.
Serginho Groisman apresenta os jurados e os filmes.
Ver o Picchi, o Rui, o Ming e a Camis no mesmo palco ao lado do Groisman foi bem bacana! Ao final, ele parabenizou o pessoal e mandou o já conhecido "muito bom!"
O curta metragem Simplesmente, Hilda está lindíssimo. E o portal InCurta já está no ar. Veja.

O festival seguiu com um documentário chamado Castelar de Nelson Dantas no país dos generais. Eu estava lá, mas sinceramente viajei boa parte dos longos 73 minutos de filme.

Na homenagem do dia, o diretor Carlos Reichenbach ganhou a menina de ouro, falou sobre Falsa Loura, seu 15º filme e elogiou a qualidade de som do teatro. "O melhor som de teatro que eu já ouvi no Brasil", disse o diretor.

Vi então o curta que concorre na categoria nacional, o O.D. Overdose Digital, de Marcos de Brito, com o global Leonardo Miggiorin.

Para encerrar subiram ao palco os realizadores do longa metragem ainda em construção Alucinados. Desculpem o trocadilho, o filme é alucinante.

E uma das coisas legais de se ver filmes em um festival é poder aplaudir sabendo que os diretores, atores e produtores estão ali presentes. Você também sai do escuro do cinema e de repente dá de cara com alguns personagens do filme ali no hall de entrada, demora mais para sair do filme. Eu gosto disso.

Debates, mostra paralela, homenagens e muito papo no festival que segue até sábado, quando serão entregues os prêmios aos vencedores e terminará com a avant-première de Era Uma Vez..., do diretor Breno Silveira.

Veja a agenda.

P.S. Umbiguista: Fui citado em três blogs queridos no mesmo dia: no Biajoni, na Zuzi e no Capucho. I love it. ;-)

Sunday, July 06, 2008

o todo se dignifica quando a vida é líquida

"A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida."


[alcoólicas da poeta hilda hilst]

A Flip acabou, e eu mal vi os debates que rolaram ao vivo. Mas acompanhei alguns blogs, o da própria festa, o blog do Tas e ouvi comentários ao vivo e face to face do Biajoni, que acompanhou algumas mesas, não em Paraty, mas confortavelmente no aconchego do seu lar, tomando um conhaque na companhia do Paulo Corrêa ou um vinho branco frisante que provei ontem por lá.

Eu dei uma rápida passada na casa do Biajoni para pegar o meu autógrafo no Sexo Anal. Pode parecer estranho pegar autógrafo de amigo, mas eu sou um cara visionário, e penso que quando ele estiver morando na França e só vier ao Brasil para participar da Flip, eu faço um leilão do livro autografado e ganho um dinheirão.
O Branco Leone já brinca de outra maneira, dizendo que quem comprar o livro dele ganha um autógrafo sem custos adicionais e a dedicatória ainda finge intimidade com o leitor.
Eu pedi um pacote com o Sexo Anal, do Bia (se é que você me entende) e o Incompletos, do Branco. Mas ele não autografou. Só perdoei porque o Branco sempre me manda fotos de bundas interessantes por e-mail.

Onde estávamos mesmo? No vinho frisante. Sim. Na bebida. Eu tomei apenas uma taça. Uma delícia. Não guardei o nome. Uma outra vez eu conheci o Casal Mendes, um vinho verde que o Bia adotou como favorito dos últimos tempos. Mas o importante é notar o detalhe: tomei apenas uma taça.

Na sexta eu tinha encontrado outros amigos que também estranharam não a minha cara de pau de não ter levado bebida para o encontro, mas sim o fato de eu tomar só alguns copos de cerveja. Eu não sei o que há. É a lei seca e a pressão do meu velho em relação à bebida. Sei lá. Ou é o fígado que já não é mais o mesmo e me fode no dia seguinte.

Dentre os comentários do Biajoni sobre os debates, ele lembrou de Richard Price agradecendo por terem lhe apresentado a cachaça:

"I just want to thank people from Paraty for putting cachaça in my life. Never have I known that a headache could be so rich and complex..." Assista.

E aí, depois da mesa de Price e Gaiman, o segundo passou horas autografando seus livros, assistiu o papo do Tom Stoppard e quando foi jantar com seu editor brasileiro serviram uma caipirinha de maracujá. Ele descreve o efeito inesperado que teve do grande copo da bebida:

"I went to dinner with one of my Brazilian publishers. I hadn't really eaten since breakfast over twelve hours earlier, and discovered that when you are given a very large passionfruit caipirinha after a five and a half hour signing and on an empty stomach, you know it's working because your feet go numb. Possibly they simply went away. Luckily, my feet returned before I had to walk back to the hotel, but it was extremely odd." Leia.

E é engraçado, que por mais que a gente saiba dos resultados - porque é irônico as pessoas beberem e acharem que não terá nenhum estrago no dia seguinte, não é? seja uma dor de cabeça rica e complexa do Price ou os pés entorpecidos do Gaiman - a gente sempre bebe e ainda pede mais uma dose no final da noite.

Ontem eu tive o privilégio de estar na abertura oficial da competição do I Festival Paulínia de Cinema. Fui prá lá a convite dos brothers do Nada Audiovisual.
Depois da cerimônia e da apresentação do filme, rolou um coquetel regado à champagne, salgados e Primus servida por uma bela morena com um sorriso estampado no rosto a cada lata que abria para encher a minha taça. A noite foi muito boa. Não resisti. Bebi mais do que deveria.
Pretendo descrever o festival amanhã. Mas já adianto que estar ontem à noite lá foi tão bom quanto ter ido na Flip no ano passado. Puta evento legal!

Dormi. Mas pareceu um piscar de olhos.

Acordei com um telefonema do Adriano, meu brother de infância, dizendo que queria trocar umas idéias comigo. Mas eu ainda estava em Paulínia, mais precisamente na ilha de edição de som da produtora, que é uma sala escura e aconchegante. Abri a porta e o sol socou a minha cara. Lavei o rosto, calcei minha nova bota, deixei um bilhete para os brothers e saí de lá com o sol de meio dia me incriminando. Parece que ele sabe tudo o que você fez na noite anterior, mesmo tendo estado do outro lado do mundo. Voltei meio lento, com duas paradas estratégicas em postos de beira de estrada para vomitar. É foda, eu já não seguro mais a onda. Por que é que a gente precisa sair dos vinte anos? A cada parada me lembrava de Cazuza cantando que o banheiro é a igreja de todos os bêbados.

Cheguei em Limeira e fui direto prá casa do Adriano. Eu estava podre, com o cabelo sujo, então sugeri algum lugar onde não teria muita gente. Já era tarde, aí optei por um restaurante fora do centro. Adentramos o restaurante e de cara encontramos o irmão do Adriano e a namorada, aí procuramos uma mesa e vejo o Bia, a Karen (que agora está com cabelo de japa, diferente do meu, que era cabelo sujo de japa), a Lia e o Dudu. Engraçado isso, que a gente tinha combinado de almoçarmos juntos hoje, mas como eu fiquei em Paulínia o almoço junto tinha meio que sido desmarcado, mas aí rolou, mesmo descombinando. É a arte do encontro, boas obras do acaso.
O Bia me contou um pouco mais de outras mesas da Flip, mas não deixou de me tirar ao ver uma garrafinha de Coca-Cola na minha frente.
Almocei e fiquei bem. Já estou pronto para outras doses.

Por que que a gente é assim?

Wednesday, July 02, 2008

viva machado de assis

Hoje começa a Flip. Se você, assim como eu, vai acompanhar de casa o que se passa em Paraty, acesse o blog da Flip e o canal da Flip no YouTube.

Matando a saudade da maravilhosa experiência do ano passado, flipei aqui no blog e encontrei a palavra FLIP em 13 posts.
Saudades da moqueca de camarão divida com o Oliver e o Paulo.

P.S.: Terminei o post e caí no blog do Tas, que chegou em Parati. A festa nem começou e acho que o blog dele já está mais interessante do que o da própria Flip. Além de cobrir todo o evento, Marcelo Tas também vai mediar a mesa de Neil Gaiman e Richard Price. Tenho alguns amigos que estão vendendo a alma para estar lá neste dia.

Tuesday, July 01, 2008

a magia do cinema

E chegamos ao segundo semestre de 2008. As promessas do início do ano ainda tem validade e o tempo já não é mais o mesmo. Eu fiz várias resoluções e vamos ver se consigo cumprir metade delas. Mas o que posso dizer é que entrei no segundo semestre com um grande presente e a sensação de realização: o curta metragem Casa Comigo está pronto e o DVD está nas minhas mãos. ;-)

Sábado passado tivemos a última aula da Oficina InCurta. Conversamos sobre os três curtas produzidos, assistimos aos três num telão na própria produtora em Paulínia, revimos com os comentários feitos pelos produtores, aprendemos e todos saíram com um sorrisão estampado no rosto.

Já iniciei umas micro-exibições do Casa Comigo, o nosso querido curta metragem, baseado no poema do grande Michel Melamed. A primeira foi prá família, claro, que adorou. A outra foi na escola e em breve será aí na tua casa, brother leitor.

O filme, além de ter o peso do poema, tem também a trilha sonora do Erasmo Carlos: Dois Animais na Selva Suja da Rua e É Preciso Dar Um Jeito, Meu Amigo.
Precisamos enviar uma cópia para o Tremendão e outra para o Melamed.

A novidade não pára por aí. Entre os dias 05 e 12 de julho, acontecerá na suposta Hollywood brasileira o 1º Festival Paulínia de Cinema. Exibições, palestras, debates e a presença de grandes nomes do cinema nacional estão confirmadas.

No dia 07 de julho, o curta Simplesmente, Hilda participará do festival, na categoria Curtas Regionais. O filme será exibido no Theatro Municipal de Paulínia.
Este é um documentário sobre a poeta Hilda Hilst, gravado em dois dias na Casa do Sol, dando a palavra para o escritor Mora Fuentes.
Este curta também foi produzido durante a Oficina InCurta pelas minhas queridas amigas Camis e Zuzi. Uma pena que a Zuzi não poderá comparecer neste dia importante, mas por um motivo super cool, ela agora mora em Seattle. Confere o blog dela, já tem umas fotos legais de lá.
Um dia depois da exibição do documentário, os grandes figuras do NADA [o núcleo alternativo de desenvolvimento audiovisual] estarão na sala de imprensa da Prefeitura Municipal de Paulínia para um debate sobre o trabalho com a mediadora Maria do Rosario.

Do festival, este blog destaca:
E também o debate:
Confira a agenda do festival.


Não bastasse este turbilhão de coisas boas rolando pertinho de Limeira, no dia 05 até o dia 12 de julho o site www.incurta.com.br receberá grandes novidades!

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