Vou usar a internet só por uma hora à noite, depois do trabalho.
Desta maneira poderei colocar todo o trabalho em dia, folhear o jornal com mais calma, ver dois filmes por semana e apreciar melhor as refeições.

Eu não nasci em Limeira, mas cresci aqui. No entanto, na adolescência, quando os amigos estavam começando a sair um pouco mais do bairro e conhecer outros pontos da cidade eu fui morar no B do ABC Paulista. E perdi aquela fase em que os amigos exploraram melhor a cidade, conhecendo outros pontos interessantes, a primeira ida pro puteiro com todo o povo, os bares mais afastados, a primeira volta de carro já com a carteira de habilitação. A lembrança que eu tinha de Limeira ficava mesmo no bairro onde cresci.

Voltei prá cá e comecei estudar jornalismo. Entro para a TV e aí começo entender um pouco melhor o que acontece por aqui. Trabalhando com aulas de inglês começo visitar empresas, clínicas, escolas diferentes. Conheço uns nomes, umas figurinhas interessantes, a gente vai conhecendo os bares pelo nome dos donos dos bares, você já tem noção de quem odiar na cidade, e estas coisas do gênero.

Quando me pego quase-conhecendo a cidade vou trabalhar em outra, ou melhor, outras cidades. Sim, porque agora eu trabalho em Rio Claro e Piracicaba.
Tenho contato com umas sessenta pessoas destas duas cidades. E aí eles falam da faculdade onde estudam, da empresa em que trabalham e é grego para mim. Ok, dá para entender grego com um pouco de esforço, mas leva um tempo.

E em Pira(cicaba), meus colegas de trabalho usam uma camiseta, que eu sempre achei legal, com a estampa: God Save Nhô Quim.
Lindo este trocadilho de Nhô Quim com Queen. Mas a questão que ficava na minha mente: Who the fuck is Nhô Quim?!
Quando se é de fora do local você perde as piadas internas. Neste caso é duplamente complicado para mim, porque eu não sou de Pira e não entendo futebol, então jamais saberia se não visse esta camiseta.
Nhô Quim é o mascote do XV de Piracicaba. O jornalista Cecílio Elias Netto fala das diversas caras deste personagem aqui.
O sr Cecílio é um baita piracicabano que tive o prazer de entrevistar, ao lado dos amigos do Nada Audiovisual, e tivemos um papo bem bom sobre o trabalho deste jornalista e criador do Dicionário do Dialeto Caipiracicabano. Quem sabe se eu ler com mais frequência A Província eu fique mais por dentro do que se passa na cidade, não é?

Mas sabe o que? Eu acho que nasci para ser alien mesmo. Gaijin. Estrangeiro. Aliás, será que até 2010 eu consigo ler O Estrangeiro?

Este post saiu para homenagear meu querido blog. Sim, porque eu sou eu e o blog é o blog. Não é uma homenagem minha para mim mesmo. Eu ainda não falo sobre a minha pessoa usando a terceira pessoa do singular. É uma homenagem minha para o blog, que nesta semana comemorou cinco anos de vida. O lance de não estar aqui, nem lá, faz jus ao nome, concorda? Nowhere Man. Faz tempo que não viajo, estou aqui conhecendo outros lugares do mundo por cartão postal. Mas tem ainda as cidades vizinhas, e tem muito para conhecer.

O antigo blog começou em 2003. Maio de 2003, diga-se de passagem, porque o Paulo Corrêa gosta de dizer que bloga há mais tempo que eu. O blog dele, o saudoso Pauta Livri é de Agosto de 2003. Eu mudei de endereço. O blog dele foi censurado. Tudo bem, ele escreve melhor, é mais respeitado e tem mais acessos. Mas eu blogo há mais tempo. Pronto. Perdeu. :-b

Mas o que importa é que este querido espaço com endereço aqui completa cinco anos. É uma criança com histórias para contar. Parabéns!

Se você já deu uma voltinha de carro comigo sabe que errar o caminho faz parte do passeio. E isso aconteceu enquanto íamos para o show. Mas na boa, curtindo um som e conversando com os amigos que acompanhavam a façanha.
O lugar era meio afastado, mas conseguimos chegar antes do show começar.

Pegamos uma cerveja, observamos as pessoas, e sobe no palco um grande figura para discursar antes da apresentação.

Luzes apagadas, músicos no palco, começa a primeira parte com grandes clássicos que sempre quis ouvir. Estes caras alternativos tem um charme a mais, o resto é perfumaria. Me emociono ouvindo canções que curtia há tempos e nem sonhava em ouvir assim, tão bem, tão de perto.

Depois de uma hora de apresentação, param para um intervalo e aí, junto com o Biajoni, fui conhecer o grande compositor pessoalmente.
Inacreditável como o cara é gente fina!

Voltam para mais uma hora de apresentação. Isso é lindo, fugir daquele padrãozão de Sampa de ter que tocar 1h30 e sair com um bis que geralmente é a repetição da música de trabalho.
Foi assim o show do grande Maurício Pereira em Campinas, no último sábado, no Sarau do Tucun.

P.S.: O Radiohead também foi legal! ;-)
P.S. de novo: Do Radiohead todo mundo já falou e ainda vai falar, mas o show do Pereira foi para poucos e merece destaque.

Mas você sabe que eu nem tinha reparado que a pose é a mesma?
E a Mallu toca em Piracicaba no dia 11 de abril. Será que só vai dar criança no show? Alguém se habilita a me acompanhar?

dois discos

Para fazer jus ao som nosso de cada dia, gostaria de apresentar dois discos para vossa excelência: meu amigo leitor. Permite?

almodóvar no calçadão de copacabana

Cedinho estava sentado tomando meu café, preparado pelo meu irmão, enquanto lia a Ilustrada e fiquei muito feliz ao ver um nome de um dos caras que está ali junto com os precursores do retropicalismo: Glauco Lourenço. Ainda não comprei o disco, mas vou ver se este ano deixo minha coleção da retropicália em dia. A resenha é do jornalista Carlos Calado, olha aí:

Pop/MPB
Abalo Sísmico
Glauco Lourenço
Avaliação: bom

Não é à toa que o carioca Glauco Lourenço dedica seu primeiro CD à sofisticada Joni Mitchell. Em 11 das 12 composições que exibe, ele tem como parceiras Suely Mesquita e Mathilda Kóvak, talentosas letristas da cena alternativa do Rio. As melodias horizontais e a interpretação "cool" de Lourenço realçam os achados poéticos de Kóvak (na hiperbólica "Abalo Sísmico") e de Mesquita (na percussiva "Curare" ou na jazzística "Infla Minha Alma").

Por que ouvir: Um álbum bem apropriado para desmentir os que ainda insistem em dizer que falta qualidade na cena atual da música brasileira. (Carlos Calado)

Eu apertei a mão do Calado em 2001, num show da Ceumar com participação da Suely Mesquita. Foi no Sesc Pompéia, no tradicional Prata da Casa. Eu fui no show por indicação da Jan (lembra?). Cumprimentei o jornalista pela biografia que escreveu sobre os Mutantes, que gerou depois do Technicolor, e aí fui ver o show que ele estava analisando. Foi o meu primeiro contato com a retropicália. Precisa dizer se eu gostei do show?

Este post vai como um abraço para meu amigo Luis Capucho.

acho que fiz meia música para você

O segundo disco que indico aqui não é novo e não é carioca. Mas acabou de cair para download. É o disco de estréia do Carlos Careqa: Todos Os Homens São Iguais, de 1993. Este é o único disco dele que eu tenho na coleção e ele toca com certa frequência aqui na vitrola (tá, eu não tenho vitrola, mas dizer vitrola é tão mais romântico que CD Player). O disco conta com partipação de Arrigo Barnabé e também do saudoso Itamar Assumpção. Baixe e você poderá ouvir a belíssima "Acho" que entrou em uma compilação de David Byrne. Eu sempre achei um absurdo os gringos terem que resgatar as nossas pérolas, como se tivessem salvando o cancioneiro brasileiro do esquecimento. Sei que estas compilações só estão no exterior para fazer dinheiro, mas quem monta as compilações tem um carinho pelos sons. Ainda bem que temos o Charles Gavin aqui no Brasil.
Bom, o disco está para download grauito aqui. Mas se quiser dar uma força financeira, Careqa diz que pode fazer um depósito que as próximas produções agradecem.

Estava até há pouco com meus amigos jornalistas Paulo Corrêa e André Montanhér me embebedando. Estávamos na companhia do Maurício Cash, amigo da Daniela Sarahyba.
E como hoje é sábado, e eu não estou com pressa, vou escrever no blog e não no microblog.
Não faço jornalismo, mas estou cercado de amigos jornalistas.
A frase do título é do poeta inglês Matthew Arnold.
Eu falava da barriga para o meu diário e veio meu amigo de cachaça Cris Kock Vitta e comenta. A Jan e a Dre também comentaram e eu fico envergonhado de escrever e depois notar que leram minhas bobagens. Nem sempre eu sou um sem-vergonha.

Mas sempre que o Cris aparece por aqui, me lembro dos tempos que trabalhamos juntos na redação de uma TV aqui da cidade. Foi bacana conhecer um pouco da profissão observando o trabalho de jornalistas como ele (que hoje trabalha no Jornal de Limeira) e também como o João Paulo Baxega (que hoje trabalha no site Terra). Não tenho saudades, mas tenho boas lembranças dos quatro meses que trabalhei como pauteiro de um programa de entrevistas ajudando a compor também o jornal diário da TV.

Não sei quando (ou se) volto para os bancos da faculdade de jornalismo. Não quero lamentar. Não vou lamentar.
Eu gosto de jornalismo.
Longe estou de praticar a profissão.
Mas muito perto fico a observar.

O site jornalistas.blog.br me dá a oportunidade de expor idéias por lá. Eu pretendo escrever sempre que puder, mas acho que a periodicidade dos meus pobres textos será mensal ou bimestral.
Fico feliz de estar em um site alternativo ao lado de Paulo Corrêa, João Leonardi, Daniel Heldt e colaboradores. Eles montaram o site nos moldes do pioneiro Tiro & Queda, do brother Biajoni.
O jornalistas.blog.br já é o maior site de produção de conteúdo na internet de Limeira e está com um número considerável de cliques diários.

Ontem mandei minha segunda colaboração (a primeira foi sobre a triste morte de Hattie Carroll) sobre o novo fenômeno da internet: o Twitter.

Ainda no jornalistas.blog.br, um dos colaboradores indicou um texto de Claudio Julio Tognolli (leia). O nome deste jornalista está bem vivo nos meus scraps e no twitter por conta dos comentários que a Karina Lacerda tem feito sobre ele. A Karina se formou em Rádio & TV, trabalhou na TV Vanguarda, está hoje no Shop Tour e resolveu correr atrás do seu MTB, e contente me conta das aulas que anda tendo com o professor Tognolli.
Eu acho que a Karina poderia colaborar com o jornalistas.blog.br também.

Uma das coisas que eu queria registrar aqui, é que André Montanhér está com um blog com um post. Mas como ele não consegue assumir seu lado blogueiro, é possível que logo mais o blog seja deletado. Uma pena. Para quem quiser aproveitar enquanto o blog existe, clique aqui.

Para quem lê em inglês tem um site alimentado por jornalistas que estão da mídia independente: AlterNet.

Não sabe das coisas que os jornalistas gostam? Descubra aqui.

Comecei o post no sábado e termino no final do domingo, dia internacional da mulher. Parabéns para você, mulher.

Beijos.

Querido diário, esta vida está entrando nos eixos, mas continuo sem saber para onde estou indo. É, continuo me sentindo um adolescente sem rumo e nem sempre o Moska me consola perguntando qual a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada.
Mas enquanto não encontro estes rumos, uma das coisas que quero para este ano é emagrecer, porque quando eu olho no espelho eu não reconheço o cara que lá está.
Tenho conversado muito com meus botões no trajeto para o trabalho, que agora leva meia hora para ir e meia hora para voltar.
E depois chego em casa, e ainda fico comigo, pensando, pensando...
Mas o que sei por hora, e saber de uma coisa já é um bom primeiro passo, é que não quero mais esta barriga de cerveja que cresce assustadoramente.
Quero poder vestir minha camiseta do Wilco (que ainda está nova, apesar de possuí-la há anos) que pouco pude usar porque engordei demais e ela não mais me serviu.
Hoje fui caminhar e quando estava na última volta no parque urbano ainda resolvi dar mais uma para mostrar para mim mesmo que eu vou eliminar estes quilos desgraçados que me atormentam.
Era isso que eu queria deixar registrado.
Volto a falar sobre isso no mês que vem.