Friday, March 30, 2007

lixo tipo especial


Claro, era tudo o que Biajoni queria, me ver largado e à mercê da sanha homicida dos seus chacais, que atendem pelos codinomes esdrúxulos “Shiraga”, “Brigatti” e “Montanher”. Imagino o que colocariam na carne a mim destinada. [...]
Calculei que se mantivesse aqueles facínoras comendo e bebendo, ao final de algumas horas, conseguiria colocá-los para dormir e assim poderia escapar ileso.
Mas eles não nasceram ontem e isso ficou claro, quando empurravam tudo para o japonês, que comia como uma draga de rio. Pensei que ao menos ele ficaria baleado, mas não, foi fabricado pra isso ao que parece. [...]



Flávio Prada relata seu encontro com Luiz Biajoni e explica muitas coisas sobre nosso amigo do bigode, e também o motivo do próprio Flávio ter um blog.
Tudo está mais claro agora, principalmente depois de fotos do Bia que não eram de meu conhecimento. Leia.

***


i really am this shallow


O número de visitas aumentou assustadoramente. Fui ver de onde vinham as pessoas que aqui apareciam. Foi por conta do post sobre minha busca por uma mulher na Oficina de Vídeo Documentário. A Jan copiou & colou o post no Copy & Paste. Thanx, honey!
Já adianto para as mulheres que por aqui aparecerem que sou um tipo Hugh Grant, a única diferença é que ele é um pouco mais velho e o meu sotaque não é britânico.
Contatos podem ser feitos através dos comentários deste blog. Ou na Oficina de Vídeo Documentário aos sábados.
Agradecido.

about a boy

Quer ver o perfil do Will (o personagem de Grant no filme)?
Idade e estado civil: não sou tão jovem, mas sou muito livre e solteiro.
Estilo: casual, assim como o sexo.
Filosofia pessoal: todo homem é uma ilha, de preferência Ibiza.

O que? Você ainda não leu o livro do Nick Hornby? Como nem viu o filme ainda!?
Ai, ai, ai... Vai lá na locadora. Este filme é demais. O livro é ótimo. Marcus é um guri muito interessante! E a trilha sonora é da banda de um homem só, o Badly Drawn Boy.

E eu realmente sou superficial assim.

***


eight days a week

Hoje entram links novos aqui na lateral.
Tem o Tudo na Mistura, da Li Dias que postou foto do Capucho aqui em Limeira.

O "ai meu deus do céu", da publicitária Camis. Escuta, você já explicou o por que do nome do blog, Camis?

"Ai meu Deus do céu" me lembra muito das ceguinhas de Campina Grande. [A Pessoa É Para O Que Nasce]
Mas nas últimas semanas, "ai meu deus do céu" tem sido o assunto dos e-mails que tenho trocado com minha mais querida amiga virtual atualmente, né não Karina?
Não encontro a Karina há uns quinze anos e a gente tá combinando um churrasco há um ano. Eita dificuldade! Acho que ela adia porque é vegetarista.

Outro link vai para o chefinho do Biajoni lá no jornal Todo Dia. É o Ziper na Boca, do Gustavo Brigatti.
Cheguei na casa do Bia e eles já estavam ouvindo o Sky Blue Sky, maravilhoso disco do Wilco que só será lançado em maio. Estava me servindo da macarronada da foto acima enquanto Gustavo dizia: "[...] Você entra no show do Wilco e eles distribuem travesseiros e cobertores para que o público possa dormir confortavelmente enquanto eles tocam estas canções..."
Puta sacanagem, mas eu achei engraçado de qualquer maneira.
Ele ficou de me passar vários links para downloads na internet, mas até agora nada. E aí, Brigatti, tem jeito?

Dei um descanso para uma Inglesa, que devo falar logo mais por aqui, e estou ouvindo três canções do Acidogroove. Baixei por indicação do Mac que dizia que os fãs de Los Hermanos curtiriam os caras. Acho engraçado a banda dizer que tem influências de Mutantes, Tom Zé, Clube da Esquina (o Acidogroove é de Uberaba/MG), Secos e Molhados e Chico Buarque. Porque não assumem que gostam de Los Hermanos? Pô, os cariocas são legais e já tem quatro discos lançados. Pode dizer que são fãs deles, que curtem Strokes também. Qual o problema? Quer tirar tua conclusão? Tem várias canções para download no Senhor F.
Outro ponto é esta coisa de curtir rocks & Chico Buarque. E Caetano, ninguém curte? E Gil? Nei Lisboa? Curtir Chico é sempre mais cool, como odeio gente cool, prefiro trocar uma idéia com o André que tá lendo o Verdade Tropical do Caetano. Viva Caetano!

Alguém sabe o que aconteceu com o Banzeiro, o blog do Cris?
Não encontro mais a página dele.

Logo mais tem mais, até!

Wednesday, March 28, 2007

o que você faria se só te restasse esse dia?

O Moska lança várias perguntas na canção "o último dia" para entender o que você faria se o mundo fosse acabar. Andava pelado na rua? Trepava sem camisinha? Dinamitava o meu carro?
Assis Valente conta nesta letra o que houve quando anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar, porém o mundo não se acabou.

Sexta-feira, dia 30 de março, aqui em Limeira vai rolar a FESTA DO FIM DO MUNDO na República Castelo.
São os mesmos organizadores das festas Lado B, que decidiram reunir os amigos para uma discotecagem. Desta vez não rolará bandas tocando ao vivo.

O povo da república é muito gente fina. Estes dias notei que já faz um tempinho que os conheço. É um pessoal que encontrei primeiro na escola de inglês, depois em festivais independentes por aí, que me apresentaram muitos sons bacanas, foram super trutas no Tim Festival quando vimos Arcade Fire, Kings of Leon e Strokes, parceiros de bons shows como os dois dos Los Hermanos que vi por aqui e o último que foi importante foi o Cidadão Instigado. Primeiro recebi um preparado com os dois discos dos caras e depois até me levaram para um show dos caras em Campinas. Grandes brothers.


A foto acima foi tirada na época em que o Salad Star gravava o EP "Para Colorir" na mesma república.
Na foto está o Renato (um dos organizadores da festa) entregando uma protetor auricular para uma vizinha, que estava incomodada com o barulho.
Percebe como são todos gente finíssimas, preocupados com as pessoas que estão ao redor?

Mas... festa do fim do mundo me parece estranho. Me lembra de frases do tipo: "Todo mundo pelado, ninguém é de ninguém!"
Eu vou é ficar de boa em casa e me manter longe desta baixaria.

***


SERVIÇO:

O que?
FESTA DO FIM DO MUNDO

Quando?
Sexta, dia 30 de Março
23h00

Onde?
República Castelo - Limeira
Rua Egisto José Ragazzo, 426 Bairro Nova Itália
(uma travessa da avenida Fabrício Vampré, na altura da pizzaria castelli)

Quanto?
Free, na faixa, entrada franca, mas se eu fizer uma reza brava é provável que eu apareça por lá e você pode me pagar uma breja, que eu aceito na boa.

***


It's the end of the world as we know it and I feel fine.

Monday, March 26, 2007

medo e delírio

Lembra que eu falei que gostaria de trocar alguns vícios? A intenção era deixar de frequentar os bares (ou ao menos diminuir a frequência) e dedicar mais tempo para os estudos das duas línguas (espanhol e francês).
Mas existem convites que não tem como negar, como este aqui:

Shiraga,
a confraria convoca a sua presença física e não cabível de procuração para deliberar de assuntos que em nada acrescentarão ao seu progresso espiritual. Complementos calóricos como pizza de mussarela e cerveja serão fraternalmente repartidos em ordem de chegada.
Local: pizzaria e lounge bar com espaço chill-out do [blablabla]
Horário: 20hs
Traje: sport chic ma non troppo


Como tinha um outro compromisso etílico antes, cheguei no lounge bar atrasado.
É um local com um vaso na porta cheio de bitucas de cigarro, mesas redondas que já foram brancas um dia, com cadeiras de plástico com muitas marcas do passado. No mesmo vaso que serve de cinzeiro tem uma planta completamente seca. É daqueles bares frequentados por velhos de cabelo branco, prostitutas e travestis, mendigos, aleijado porém habilitado pedindo um troco para comer e com uns rocks rolando na tv que serve de rádio.
Estava atrasado, mas gosto de chegar e sentir que o pessoal já está animado, falando mais alto e sentir todos mais calorosos. Cumprimentava os brothers e as sisters quando chega um cara do bar e me chama de Fabinho. Quase mandei um "Fabinho o caralho, meu nome é Zé Pequeno!" Mas era um barman que conheço de outros carnavais e achei bacana vê-lo lá também. E na boa, é sempre bom ser tratado pelo nome, fala aí. Se eu tivesse mais dinheiro, eu daria gorjeta com o maior prazer para todos os garçons que me chamam pelo nome.
Mas o que eu acho interessante é notar que apesar de ter uma fauna um tanto estranha, eu me sentia em paz no local. Acho que este é um lugar do caralho que o Júpiter Maçã fala...
A noite foi boa.

Voltei para casa com o Medo & Delírio, do Terry Gilliam, que foi assistido quando acordei ainda alcoolizado. Já tinha visto este filme, mas em VHS e meu vídeo não funcionava muito bem. Tinha que parar a fita e limpar o vídeo a cada dez minutos. E eu não estava no mesmo estado em que assisti o DVD. Uma maravilha.


Este filme é baseado no livro deste figura acima, Hunter S. Thompson, que foi o criador do Jornalismo Gonzo. "Matéria que deveria ser grade obrigatória em qualquer faculdade de comunicação", como diz meu brother Oliver. Enquanto isso não acontece e eu não volto para a faculdade, aprendo com os amigos que me emprestam estes filmes e livros.
Frequentar bares pode mesmo ser um vício saudável, diz aí!

Sunday, March 25, 2007

i really am this shallow

Ontem foi o primeiro dia da Oficina de Vídeo Documentário. Rolou uma entrevista.
Diferente do semestre passado, a sala estava lotada. Acho que havia umas trintas pessoas sentadas formando um círculo. Um por um se apresentava e dizia qual a intenção ou o que esperava da Oficina. Em alguns momentos parecia um grupo de apoio à qualquer coisa, ou um lance do tipo vigilantes do peso, saca? Esta coisa de ficar em círculo e começar a falar da vida para estranhos, eu não sei. Fiquei um pouco constrangido com a situação.

Como cheguei atrasado, fui um dos últimos à falar. O coordenador já me conhecia, mas pediu para que eu me apresentasse para o grupo.
"Meu nome é Fábio, tenho 29 anos, amo cinema e como estou solteiro e extremamente carente, procurei esta oficina para ver se encontro alguma menina para resolver os meus problemas."
Senti que demorou mais que um segundo para o povo achar isso engraçado. Neste quase um segundo, temi não ser compreendido.

No final das apresentações, fui cumprimentar os amigos e enquanto procurava um contato no meu celular, chega uma criatura do meu lado, pede meu telefone e pergunta o que é que eu faço. Antes de dar meu número, olhei para o caderno de notas dela e quis saber se ela estava fazendo uma lista do grupo ou algo do gênero.
"Não, não estou fazendo lista nenhuma, é que você disse que está solteiro..."
Ri de nervoso, disse que ela era engraçada e passei o número.
"Eu te ligo!", disse convicta.
MEDO!

Eu quis brincar de About a Boy ou Um Grande Garoto (na nossa língua), mas não sei se foi uma boa idéia.

Friday, March 23, 2007

sou hiperbólico e não nego, às vezes não tenho senso crítico e vou explicar

Às vezes recebo críticas (não só suas, Hugo) quando defendo os eventos que acontecem na cidade. Geralmente por conta da minha afetação quando quero exaltar algo que pode não ter muito valor, ou quando por isso, acabo perdendo o senso crítico.
Mas quando se luta contra o comodismo da maioria dos habitantes daqui, quando só se houve críticas em relação às opções de lazer e cultura de Limeira, quando você vê que a maioria não dá a mínima para mudar o que está ruim e se conforma em assistir à apresentações de bandas que fazem cover de bandas de pop-rock em clubes locais ou vão ao cinema para assistir qualquer merda americana que joguem ali para que passem seu tempo, eu acredito que até faço um esforço para ser o exagerado que sou e mostrar como gosto da cena independente, marginal e muito boa que temos no Brasil e que vez por outra aparece aqui, sim, quem diria, aqui mesmo em Limeira.

Eu também sou um acomodado, confesso. Mas gosto de procurar coisas novas.
Procuro prestigiar quem faz algo diferente aqui. O povo da festa Lado B, o pessoal de Cordeirópolis com o ESPAÇO, o sarau da Confraria, os churrascos da Confraria da Laje, o Café Galpão, o Sesc Piracicaba (que é o centro cultural mais bacana que vejo aqui perto), e claro, os eventos organizados pela Secretaria de Cultura.

Mas não tem como negar que quem consegue enxergar isso, faz mesmo parte de uma minoria.

Outro dia, em um bar daqui, sentava na mesa em que eu estava, um imbecil que criticava uma casa de shows de Piracicaba. O parvo dizia que todas as bandas que iam nesta casa, que é também um bar alternativo, iam também em um outro bar (de playboys como ele, diga-se de passagem). Como eu estava afim de bater um papo e me divertir enquanto meus amigos namoravam e me deixavam sozinho ali na mesa, eu puxei papo com o idiota.
"Quais são as bandas que você já viu tocando no bar alternativo que tocaram também no bar de playboys, meu caro idiota?" Perguntei.
O parvo responde que qualquer banda que toca em um, toca no outro também.
Meus amigos pararam de namorar por um minuto e acompanharam o papo.
Perguntei se ele já viu o Wander Wildner tocar no bar dos playboys. Ele soltou um alto e claro: "Hein!? Quem!?"
Meus brothers, apesar de não curtirem nem metade destes sons alternativos, escritores marginais e afins que eu gosto, sabem de quem eu falo, porque eu estou sempre com eles tomando umas e sempre comento dos figuras. Logo, me apoiaram no coro, mais para me provocar do que ir contra o idiota.
"Putz! Claro, o Wander Wildner!!!" Gritaram eles, que já estavam semi-bêbados.
Eu disse que ok, ok, mas quem sabe os Walverdes, que sei que tocou na casa que ele criticava e que nunca tocaria na casa de playboys que ele citou, só para ficar nos gaúchos.
Meus amigos voltaram a namorar, o parvo achou melhor concordar que as bandas eram um pouco diferentes e confessou que só não ia lá porque não gostava de alguém do bar.
Mas não era só esta a questão. O cara não vai para esta casa de shows alternativos porque ele gosta das casas onde as bandas são conhecidas, bandas de gente da própria cidade que tocam covers do jota quest, e ainda assim, só as mais conhecidas, porque senão ofende quem lá estiver, pagando caro por uma cerveja enquanto faz pose para as gatinhas que ali estiverem para descolar um pinto para as foderem no final da noite ao som de algum lixo do mainstream brasileiro.
Diga-se de passagem que depois de lá do bar onde estávamos, o playboy idiota iria para uma boate com a namorada.

Bom, este é o exemplo que eu queria pegar para tentar demonstrar o porque da minha afetação quando defendo algum evento limeirense.
Concordo que estamos longe de termos grandes eventos ou coisas super bacanas como acontecem nos grandes centros, mas quem tá fazendo isso precisa de incentivo para melhorar e não só de críticas negativas e pouco caso.
Porra, povo! Tem coisa boa rolando aí, mas neguinho precisa se ligar e começar a participar, e não só aceitar o que tem aí fácil que todo mundo conhece e como preferem todos os idiotas como o citado acima, senão esta merda não vai prá frente nunca mesmo.
Será que estes idiotas gostam de jota quest porque é o gosto deles ou porque é só isso que apresentam para eles!? Será que se vestem com aquelas roupinhas engomadas que eu odeio porque se sentem bem ou porque esta sociedade hipócrita pede para que sejam daquele jeito!?
De perto ninguém é normal! E não é possível não ser normal e ser tão igual assim! Será que todo mundo é igualzinho assim? Será que esta maioria da massa realmente tem o mesmo gosto quando se trata de vida noturna e vamos todos para uma boate e durante a semana vamos assistir O Motoqueiro Fantasma?
Tá, esta minha revolta é adolescente, mas tô pouco me fodendo também.
A questão é que eu acho que existe, precisa existir, uma possibilidade de melhorar (um pouquinho que seja) o nível intelectual dessa gente!
Não sejam tão acomodados, caralho!

A gente tem um secretário da cultura que gosta do que faz. Eu não sei da vida dele, não sei dos trabalhos anteriores dele, mas o que vejo hoje é uma pessoa culta e que se interessa em fazer coisas boas e trazer peças de teatro e shows bacanas para cá.
Temos muita gente interessante levantando o nome da cidade por aí. Tem camaradas de outras cidades nos visitando e só esperando convites para por aqui pintar. Tem oficinas culturais ótimas, de graça!

Não sei se quero ter um senso crítico apurado quando precisamos ainda de muita motivação prá tocar esta pacata cidade para frente. Era isso que eu queria falar aqui. Sim, continuarei sendo o exagerado que sou.

E é isso, fica aí o meu desabafo, porque todo mundo reclama, então eu também quis reclamar!
Anger is an energy!

Thursday, March 22, 2007

viva as minorias

Ontem fui no cinema assistir A Rainha. Quarta-feira dizem que o cinema costuma lotar à noite. Fui na sessão das 21h30. Cheguei dez minutos antes. Entrei na sala, estava vazia. Contei as pessoas que lá estavam. Comigo, oito pessoas. A sala ao lado estava lotada, era o que dizia na bilheteria. Passava O Motoqueiro Fantasma. Foram bons 97 minutos e ainda na saída pude abrir a porta da sala para uma senhora que deveria ter a idade da rainha. Ela agradeceu minha gentileza com um belo sorriso no rosto.
Eu gosto de ser a minoria.

Wednesday, March 21, 2007

a vida não é um filme

É uma novela, eu acho, às vezes mexicana.
Enquanto eu aguardo ansioso por cenas do próximo capítulo da minha vida, as coisas (que não são coisas) ao redor continuam seguindo seu rumo.

O Biajoni continua atualizando o post desta semana que está uma grande viagem. O cara poderia escrever grandes ficções, que talento ele tem tranquilo.

Michel Melamed entrevistou o Luis Capucho ontem no Recorte Cultural. O Luís já disse que foi bacana. Agora é aguardar pela transmissão na TVE.

Eu vou ali almoçar.

Tuesday, March 20, 2007

blogueiros não prestam

[...] O Fábio então se sentou ao lado de Flávio e eles cantaram juntos, em sobrevoz, "Nuvem Passageira", do Kleiton & Kledir (sic). Eu cheguei mesmo a me emocionar quando se abraçaram no trecho "Eu sou como um cristal bonito / que se quebra quando cai".

Só porque eu comi dois pratos de um macarrão à la matricciana delicioso, tomei todas as latas de Skol que encontrei na geladeira, só levei Itaipava quente, detonei os docinhos cristalizados de caju no final da noite e insisti para que ele tirasse o bigode, o Biajoni andou queimando o filme de minha pessoa.
Pura difamação.

Mas quero só ver no dia em que eu fizer sucesso com as versões sertanejas (acústicas, porque vendem mais) de clássicos do rock e ele quiser me entrevistar, vou lembrar de quando ele me tocou de sua casa.
É um problema que acontece há tempos mesmo. Os grandes nomes da música, os que realmente ficam, nunca são reconhecidos no seu tempo. Quando eu morrer de overdose eles vão se lembrar de minha pessoa nos documentários que surgirão sobre minha obra.

Difamações à parte, foi de alguma maneira interessante ter passado um tempo no solar Biajoni, na companhia da querida família do Bia, do caro Montanhér, Flávio Prada e Gustavo Brigatti.

Agora com sua licença vou retornar para minha dor.

Monday, March 19, 2007

sometimes i feel i've had enough





















Tungado do blog da Ju.

Sunday, March 18, 2007

queixo-me às rosas, mas que bobagem, as rosas não falam

Tomo umas cervejas enquanto ouço Cartola. Vejam que sequência linda tem este disco:

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra não chorar
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra não chorar

Quero assistir ao sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer, quero viver

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar,
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar

Quero assistir ao sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer, quero viver

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Sorrir pra não chorar
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Sorrir pra não chorar
Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Sorrir pra não chorar...


Logo depois de "Preciso Me Encontrar", ele canta "Peito Vazio":

Nada consigo fazer
Quando a saudade aperta
Foge-me a inspiração
Sinto a alma deserta
Um vazio se faz em meu peito
E de fato eu sinto
Em meu peito um vazio
Me faltando as tuas carícias
As noites são longas
E eu sinto mais frio.
Procuro afogar no álcool
A tua lembrança
Mas noto que é ridícula
A minha vingança
Vou seguir os conselhos
De amigos
E garanto que não beberei
Nunca mais
E com o tempo
Essa imensa saudade que sinto
Se esvai.


Vou abrir mais uma cerveja.
Será que se ela ouvir os meus 'ais' ela vem para a minha companhia?

Saturday, March 17, 2007

i don't give a shit to saint patrick's day

Por um pedido da direção da escola, hoje vesti verde para lembrar de Saint Patrick. Mas eu lá quero saber de santo e de usar verde!? Nem acho que ele fez algo tão admirável assim, tornar os pagãos em cristãos. Pobrezinhos...
Quero mais é tomar uma pint de Guinness que acho que é o que mais gosto da Irlanda.

Mas curto a figura do Leprechaun, que também é lembrado hoje, só por ser Irlandês.

Friday, March 16, 2007

vou me entorpecer bebendo vinho/eu sigo só/no meu caminho


Ninguém me ama,
ninguém me quer,
ninguém me chama
de Baudelaire.

Vou me embriagar!
Mas com o que?
Com vinho, poesia ou virtude.



One should always be drunk.
That's all that matters;
that's our one imperative need.
So as not to feel Time's
horrible burden one which breaks your
shoulders and bows you down,
you must get drunk without cease.

But with what?
With wine, poetry, or virtue
as you choose.
But get drunk.

And if, at some time, on steps of a palace,
in the green grass of a ditch,
in the bleak solitude of your room,
you are waking and the drunkenness has already abated,
ask the wind, the wave, the stars, the clock,
all that which flees,
all that which groans,
all that which rolls,
all that which sings,
all that which speaks,
ask them, what time it is;
and the wind, the wave, the stars, the birds, and the clock,
they will all reply:

"It is time to get drunk!

So that you may not be the martyred slaves of Time,
get drunk, get drunk,
and never pause for rest!
With wine, poetry, or virtue,
as you choose!"


[charles baudelaire]

Tuesday, March 13, 2007

o mundo é azul lá de cima

Ontem, enquanto me punia severamente por não ter estudado Japonês, tocou o celular. Olhei prá ele e era um código que não conhecia (027).
Sobre o estudo desta língua oriental, na verdade, eu estudei, mas não foi o suficiente, aprendi a ler o katakaná, o hiraganá, e também aprendi meia dúzia de kanjis, mas puta língua complicada, meu! Ainda estou me punindo.

Ah, o telefone! O Clenio Lemos, meu boss de Londres, me ligando de Vitória. É um business man, tá abrindo uma empresa lá, mas já está retornando para a Europa. Para Inglaterra, quero saber, e ele diz que não, que se mudou para Espanha.
Espero que o encontre logo para tomarmos umas e botar o papo em dia. Fico feliz prá caralho de poder manter este contato, mesmo que com um certo espaço de tempo.

Outro brother que é cidadão do mundo é o Márcio Yudo, que conheci no Japão, que já tinha viajado para várias capitais do mundo, mas para quem pude apresentar um pouco de Tokyo.
Hoje ele mora em Toronto, trabalha em uma escola como coordenador ou algo do gênero, mas sei que é um dream job para várias pessoas que trabalham com línguas. Márcio me escreveu dizendo que passou o final do ano em Nova Iorque e que no final de 2007 deve visitar Londres novamente. Ele diz para eu não ter inveja, eu vou me controlar.
Adorei quando escreveu que uma das vantagens de se morar no Canadá é que tem os Estados Unidos no quintal, sem precisar morar lá.

Puta vontade de fazer a mochila e dar um rolê.
Oh xente, oh shit.

Tem link novo aí do lado direito, povo. É o blog da Juliana Roberto.
Bons poemas, letras de canções, dicas cinematográficas e bom gosto, tudo aqui no Pastel com Pinga. Beijo procê, guria.

Aproveitar e mandar também um beijo prá Ariane que vira e mexe aparece por aqui. Estudou inglês comigo e foi um prazer conhecê-la. Ela começou a vida de universitária agora. Foi prá São Carlos, fazer Arquitetura na USP e sei que vai curtir muito a nova fase. Quero saber da vida de Sanca.

Outro brother que estudou inglês comigo é o Leandro Formiga, que não vejo há um tempo, mas que acompanha as minhas choramingações por aqui. Ele tá em Sampa estudando Desenho Industrial, se não me falha a memória. Um abraço pro Formiga.

A Rita voltou para internet, por isso envio-lhe um beijo virtual enquanto não faço uma visita.
Vou sugerir voltarmos com o nosso blog coletivo. Que tal, Rita?

E um abraço prá você também, claro. Eu gosto de abraços, reparou?

Monday, March 12, 2007

nihongô wakarimasen

Acabei de receber uma proposta bem interessante para um trabalho de tradutor e intérprete. A proposta veio da prefeitura de Limeira, por intermédio do CCAA, uma das escolas em que trabalho.
O contrato já vem com eventos todos agendados, com passagem, refeição e estadia paga independente do local que seja o evento, mais a grana que não parece ser pequena.
Qual o problema?
É intérprete Japonês - Inglês. Eu não estudei o suficiente e meu japonês básico não quebra o galho nem para escrever uma cartinha de amor.
Se arrependimento matasse...

eu só quero passar um weekend com você

Nada como passar um final de semana rodeado de amigos.
Sei que passar sábado e domingo na companhia de apenas uma pessoa (a pessoa) pode ser muito melhor, mas enquanto isso não acontece comigo, fico bem feliz de poder encontrar um monte de gente boa neste dia e meio de folga que tenho.

Mal saí do trabalho no sábado à tarde e já estava com um copinho americano na mão, tomando umas com os brothers André e Maurício. Saí do boteco já meio alto, chegando em casa encontrei com o meu casal enxaqueca favorito para uma idéia rápida, tomei um banho e os figuras Paulo e Cris já estavam em casa para partirmos para Cordeiro, no E.S.P.A.Ç.O., é isso aí, um espaço cultural bem bacana de lá. Creio que esta foi a segunda vez que por lá apareci e o clima é muito bom, o povo é demais de bom e a cerveja desce muito bem. Era despedida de um camarada guitarrista que vai estudar Cinema em Floripa.
Noite com muitos sons, mpb à vontade e depois uma ótima sequência ao vivo de indie rock. Não sabia que o Cris curtisse estes sons alternativos, achei massa curtirmos juntos lá. Antes de sair, dei uma olhada na biblioteca do ESPAÇO e trouxe comigo o Vastas Emoções E Pensamentos Imperfeitos, do Rubem Fonseca.

Domingo eu acordei com o telefone tocando e com uma dor de cabeça fela da puta. Meu fígado já não é mais o mesmo. Preciso lembrar disso enquanto bebo ou então montar um estoque de epocler, neosaldina e estas outras porras que nos curam da maldita ressaca.

Estava aguardando a visita do grande Luis Capucho aqui em Limeira. Chegaram pontualmente conforme combinado, Luis, Pedro e Malu. Fomos para o Mix Lazer, onde a Li Dias trabalhava, afinal ela também precisava participar deste encontro. Simone Carvalho preparou o terreno para um pocket show dela e de Luís no stand de uma loja de instrumentos musicais de Limeira. Na feira nos reunimos com o Farid, que é o Secretário de Cultura da cidade e com Rafael, o braço direito de Farid, para uma rápida introdução do trabalho do Capucho para eles. Acho que foi um papo produtivo, divertido e deve render uma aparição do poeta, escritor e compositor aqui em Limeira.
Quem também por lá estava era o Biajoni, que acompanhado da esposa e filha (linda, diga-se de passagem) nos fez companhia em umas brejas e fiquei feliz de ver tanta gente bacana reunida em uma só mesa.

Aguardo por outros finais de semana bem acompanhado assim.
Não necessariamente com todas estas pessoas, talvez apenas com a pessoa, não é?

O que foi, Arnaldo?

Ela quer viver sozinha
Sem a sua companhia
E você ainda quer esta mulher...


Ah...

Sunday, March 11, 2007

contra o dia das mulheres

Texto de Alex Contin.

Dia 8 de março de 1857, Nova Iorque. Protestando contra as más condições de trabalho, 129 mulheres morreram incineradas dentro da fábrica que trabalhavam. Desde então a data é consagrada a relembrar ou comemorar os feitos das mulheres nas diversas áreas sociais, em todo o mundo.

De 365 dias, somente um é destinado à este fim. Os outros 364 não passam de dias comuns, continuação da luta, isso se lutam, pela igualdade entre os sexos no campo profissional e social. Sou particularmente contra esta data justamente por este fato: somente um dia é destinado às mulheres.

Esse dia é mais político e comercial que comemorativo. Políticos são os que mais aproveitam o Dia Internacional das Mulheres. Distribuem rosas vermelhas com lindas mensagens para toda mulher que vêm na frente. Sempre é aquela vereadora, aquele vereador, deputado, senador, ou pelo chefe da administração pública municipal, estadual ou nacional quem dão uma voltinha pela região para falar parabéns e aproveitar fazer um discursinho.

Em ano de eleição este propósito fica mais claro, na assinatura da mensagem, uma pequena frase aparece embaixo do nome: “Vote em mim”, vem camuflada, mas vem. Em anos normais, essas personalidades repetem a prática para manterem a posição no conceito da população, para não se apagarem, ou para fingirem que se importam com alguém.

Enquanto rosas são distribuídas, mulheres morrem vítimas de maus tratos, de fome, são estupradas, morrem por falta de condições ao parir um filho em becos e hospitais sem condições ou por tentarem abortos ilegais com medo do julgamento da família. Enquanto você abraça e diz parabéns a uma mulher, que se você for pensar, quase não faz nada pra mudar o quadro em que se encontram hoje em dia, tragédias acontecem contra uma outra mulher em outra parte do mundo.

Não sou machista, respeito muito a figura feminina, assim como respeito alguém mais velho, como respeito meu próximo. Que mulher hoje luta para ter direitos iguais? Pense bem. Muitas mulheres já foram para as ruas reivindicarem pelo direito ao voto. Muitas mulheres vestiram uma saia dois dedos acima do joelho, como forma de protesto aos modelos da época. Mas e hoje? Estamos todos, homens e mulheres, acomodados. Ninguém mais luta por um ideal, pelos seus ideais.

Somente em março é que casos de abuso sexual, agressão, diferença salarial, assédio no emprego e outros “crimes contra a integridade feminina” vêm à tona na grande mídia. Nos demais 364 dias do ano, mulheres espanholas, brasileiras, japonesas, americanas, cubanas e de todas as nacionalidades possíveis, quem sabe até as marcianas, sofrem nas mãos de homens machistas que pensam que mulheres são máquinas de limpeza, de sexo e de filhos.

Ao invés de comemorar e de parabenizar uma mulher, seria interessante utilizar este dia para divulgar as formas de defesa que a mulher tem disponível para utilizar quando são humilhadas, abusadas e agredidas. Políticos deveriam se reunir para dar andamento àquele hospital feminino que irá trazer mais condições para tratar da saúde de mães, irmãs, tias, avós, namoradas e amigas. Ao invés de comemorar, todos deveriam refletir no modo que tratam o seu próximo, não só uma mulher. Rever seus conceitos e levar em conta a história e a importância de cada pessoa na sua vida, principalmente aquelas que até hoje você tratou mal, ou simplesmente criticou sem motivos, coisas da nossa cabeça humana.

Mulher hoje não tem dupla jornada. Tem um companheiro ausente e folgado. Além de ter gerado a criança, amamentado, e agüentado as dores do parto, mesmo que tenha sido uma cesariana, a cicatrização dói, ela terá que cuidar da casa, dos filhos e colocar dinheiro em casa ainda? O homem trabalhar fora e a mulher cuidar da casa e dos filhos é, a meu ver uma divisão justa de tarefas. O homem coloca dinheiro em casa e a mulher cuida para que este dinheiro seja bem empenhado (a maioria, porque tem umas que gastam com futilidades e não cuidam dos filhos).

Agora, mulher e homem trabalhando fora, e a mulher ainda ter que cruidar da casa, a balança se torna injusta e desproporcional. O que impede um homem de fazer a comida enquanto a mulher lava a roupa, ou vice-versa? O homem trocar uma fralda suja, enquanto a mulher passa um pano na casa? A resposta é simples: o machismo, que se estende há anos, ou séculos, e mesmo neste mundo moderno e aberto em que vivemos, ainda não se dissipou das cabeças de homens E mulheres.

Dia das mães, dos pais, das crianças, páscoa, natal e outros feriados que só festejamos porque será um dia a mais de folga em nosso mundo capitalista e de proletariados, ou pela importância religiosa que tem para cada um. O dia das mulheres envolve questões políticas, assim como o dia da consciência negra. Qual a diferença dos dois? Qual é o mais importante, e qual dos dois recebe maior destaque? Estamos realmente comemorando alguma coisa?


Alex Contin, estudante de Jornalismo do ISCA.
Limeira, SP.
Contato: alex.contin@hotmail.com

Friday, March 09, 2007

paulo leminski

quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante

basta um instante
e você tem amor bastante


Cada dia gosto mais de Leminski. Este aqui eu copiei do blog da Claraverbuck.
Abri uma cerveja e estou curtindo o novo Wilco. A vida pode ser bonita.

Thursday, March 08, 2007

mulheres

Mulheres, eu não sei o que seria do mundo sem vocês.
Desejo à todos um feliz dia do rim!

Soube do dia do rim pela Karina, que cada dia que passa se supera ao encontrar pérolas nos noticiários brasileiros. Não por esta do dia do rim, mas por umas matérias super bizarras que eu sei que um dia ela vai publicar no blog.

Wednesday, March 07, 2007

very highly recommended: "amores brutos", "21 gramas" & "babel"

A trilogia da dor do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu.






Tuesday, March 06, 2007

le fabuleux destin d'amélie poulain avec los hermanos


Monday, March 05, 2007

blogosfera

O Biajoni é um grande figura que conheci virtualmente antes de sentarmos para tomarmos umas e falarmos bobagens em mesas de bar. Eu o conheci através de um link do Catarro Verde; na época eu estava morando em São Bernardo e achei interessante ter gente blogando em Limeira, cidade na qual cresci, mas que os únicos contatos que mantinha era com alguns amigos de infância. O Sérgio Faria citava o Tiro & Queda.

Comecei ler blogs porque a Jan me apresentou. Mas eu costumava implicar com os blogueiros que ela lia. Até que conheci o blog do Jonas Lopes e na mesma época o da Clarah Averbuck. Acompanhava diariamente as aventuras do Randall, que estava preparando o casamento indie. E a partir daí fodeu, nunca mais parei de lê-los.

A relação que o blogueiro tem com os leitores é interessante, este contato mais próximo, mais caloroso... Você acaba conhecendo em partes a vida de quem escreve, mesmo que seja só a parte que eles queiram que você conheça, é uma intimidade bacana.

Resolvi criar o meu blog antes da viagem para Londres. Avisei todos os amigos que não ficaria mandando e-mails, mas sim atualizando o blog. Este é o meu terceiro blog, todos eles foram chamados Nowhere Man. Tive um problema com o primeiro, fui para um nacional, que foi tomado pela globo, e esta resolveu forçar uma assinatura para manter o blog ativo e eu me mudei para este que você lê agora.
Perdi todos os posts do início da minha viagem à Londres porque a globo não perdoa.

Eu nunca recomendei a leitura deste para ninguém. Eu mesmo dizia para Amanda que nunca leria o meu blog, se eu não fosse eu. Mas hoje fico feliz de saber que mesmo sem eu ter muitas respostas dos amigos via comentários, vira e mexe eu recebo e-mail de amigos distantes dizendo que sabem o que anda rolando comigo porque lêem o blog.

Tem uns fatos que valem um parágrafo aqui:
A Paulinha foi uma moça que conheci pessoalmente por obra do acaso em Londres. Ela é uma jornalista baiana que mora em Londres há anos e escreve atualmente na revista Jungle Drums. Lia o blog dela ainda no Brasil, já que é um dos primeiros que você encontra em uma busca sobre Londres. Ela estava com um DJ (que eu tinha conhecido no meu trabalho) na frente do clube onde rolaria o show do DJ Dolores. Fui cumprimentar o brother e vi que aquela moça não me era estranha. Era a moça do blog que eu lia no Brasil! Trocamos abraços, links e pouco depois choveu comentários no meu blog, na época, de gente pedindo dicas sobre Londres. Tudo por conta deste post aqui.

A Jan sempre me deu força para manter isso aqui ativo, e além dos comentários, me jogou três vezes no Copy & Paste. Aqui, aqui e aqui. Ainda acho que ela deveria ter um blog.

Depois que voltei de Londres - deixei de falar da vida agitada daquela capital, dos shows que via, dos discos que comprava, dos lugares maravilhosos que visitava, etc - o número de visitas e comentários diminuiu absurdamente. Não que eu tivesse dezenas de leitores loucos pelos meus posts, mas mais da metade do povo me abandonou. Ninguém parecia se interessar pelos shows da Legião Urbana Cover que rola em Limeira todo ano, ou pelos rangos que eu comia e descrevia por aqui.
Desanimei totalmente, perdi o tesão de blogar.

Eis que conheço o jornalista Paulo Corrêa no corredor da faculdade e ele disse que leu meu blog. Pânico. Mas ele, muito camarada, elogiou. Falamos sobre a blogosfera, ele falou do seu Pauta Livri, eu disse que de Limeira eu conhecia o blog do Biajoni, ele disse que o conhecia e pouco tempo depois me apresentou para o cara que abre este post.

E sem querer rasgar seda, é do Luiz Biajoni que vou falar. Admiro o Bia pelo conhecimento de cultura pop que carrega, pelo blog jóia que ele mantém, pela força que dá aos amigos, pela criação do T&Q, pelo trabalho que tem feito na TV local (quando que você veria um figura na TV falando da Rolling Stone, da revista Piauí, mostrando curtas de cinco minutos, falando de cinema e música boa para uma TV no interior de SP?), mas o que mais curto nele é o fato do cara ser um brother gente boníssima e sem frescuras.

Com o tempo e uma ajudinha dos amigos, voltei a me empolgar com isso aqui, que me faz bem e eu não entendo bem o motivo.
Ainda me assusto quando me vejo linkado em algum outro blog, e como sempre me senti excluído, agora eu curto a idéia de fazer parte de uma cena blogueira.

Só espero, sinceramente, um dia escrever algo que tenha real utilidade para alguém que por aqui passar.
Enquanto isso não acontece, eu agradeço do fundo do meu coração a tua visita.
Agora deixa um comentário para eu saber quem é você, porra! [risos]

um trago com deus

O Paulão, vocalista da maior banda independente do Brasil, o Velhas Virgens, está com um projeto paralelo chamado Cuelho de Alice.
Eles gravaram o primeiro clipe, com a direção do Mário Bortolotto, e o fundador da Bedrock Video, o poeta Marcelo Montenegro foi o responsável pela edição do making of da canção "Um Trago Com Deus", que está no disco de estréia do Cuelho: Samba Russo.
Bacana ver um monte de gente bacana reunida. Este making of é como se fosse um pouco de história que se encontra no livro do Marião, o Atire no Dramaturgo.

Enjoy it!


Todo mundo quer o amor por perto.

Sunday, March 04, 2007

há esperanças, só não para nós

"Não há nada mais grotesco do que acordar cedo.
O ser humano precisa dormir o suficiente.
Alguns caixeiros-viajantes vivem como mulheres de harem.
Por exemplo quando volto à hospedaria no meio da manhã para passar a limpo os pedidos, encontro-os ainda tomando café.
Se eu tentasse fazer isso, tendo o chefe que tenho, seria posto imediamente no olho da rua!
Aliás, isso não seria melhor prá mim?
Se não tivesse de me conter por causa dos meus pais, já teria me demitido há muito tempo, teria me dirigido ao chefe e dito a ele o que penso do fundo do coração.
Ele cairia da escrivaninha! Também que maneira estranha é essa de sentar-se sobre a escrivaninha e falar de cima pra baixo com o funcionário, que além disso ainda precisa se aproximar bastante porque ele é surdo.
Bem ainda resta uma esperança; é só reunir a soma que meus pais lhe devem - talvez ainda leve uns cinco ou seis anos - e conseguirei fazer isso sem falta. E então a grande virada.
Mas por enquanto tenho de me levantar para pegar o trem que parte às cinco."


Gregor Samsa, o personagem de A Metamorfose de Franz Kafka.

Friday, March 02, 2007

comment allez vous?

Comecei um curso de Francês hoje.
Faz uns meses que estou estudando Espanhol também.
Quero ver se vou dar conta de estudar. A minha intenção neste semestre é trocar alguns vícios pelo estudo destas duas línguas.
Preciso mesmo me ocupar com coisas boas e não pensar muita bobagem.

Je suis vraiment desolé.

sky blue sky

Eu fui neste show! :o)O novo disco do Wilco deve sair em maio. Esta foi a última banda pela qual sinceramente me chapei. Apesar que eu estava chapado na sexta passada no Sesc Campinas, assistindo o show do Cidadão Instigado. Mas isso é outra história.
O fato é que três canções ("Either Way", "You Are My Face" e "Walken") do Sky Blue Sky (o novo disco) estão na rede. Vi no blog do Mac o link para o blog Wilco, etc com as três canções para você curtir neste final de semana e pelo resto da sua vida.

I was talking to myself about you, like I always do.
The more I think about it, the more I know it's true!
The more I think about it, I'm sure it's you!


Queria encontrar as letras das canções.
Enquanto isso fico aqui no embromation.
Um viva!

Thursday, March 01, 2007

koyaanisqatsi

A vida continua fora de equilíbrio.
Ainda considero a possibilidade da Yoga.
Amanhã, talvez. Ou não.

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