Tuesday, October 26, 2010

3-month-old boy


O Francisco é um guri feliz. Ele costuma acordar e já abrir um sorriso. E agora ele gargalha, sabe? É a coisa mais linda do mundo. As unhas dele crescem e como ele se mexe demais está cada vez mais difícil de cortá-las e ele vive se socando e vez ou outra se corta (com as próprias unhas compridas). Ele começou perceber as mãos. Agora ele toca nelas e às vezes até parece que as segura como se fosse fazer uma oração. Ele ri muito. Francisco gosta de atenção. E ele vai no colo de todos. Hoje ele foi tomar uma vacina, a Fá perguntou sobre uma marca da BCG (a vacina do braço, sabe?) e com ele no colo foi puxando a manga dele para mostrar para a enfermeira do posto de saúde, ela começou explicar e não conseguiu ficar séria porque o Chico sorriu pra ela enquanto a Fá mostrava o braço dele. Antes de tomar a vacina da pneumonia na coxa direita, ficou ali observando a enfermeira pegar a seringa, colocar a vacina e dar aquele estalinho no vidro. Inseriu a agulha e um segundo depois ele reclamou. Alguns segundos depois ele já estava de boa. No mercado, como se não tivesse acabado de tomar a vacina, ele observa as prateleiras lotadas de produtos coloridos. Deve ser encantador mesmo. Ele gosta de televisão e dia desses assistiu ao vivo o show do Pequeno Cidadão, com o Léo, o seu grande irmão (a Fá quem cantou esta última frase aqui do lado, enquanto amamenta o Chico). Ele arrota forte e peida alto e fedido. É um pequeno Shrek. Toda semana ele ganha roupas bacanas que não servem mais para o seu primo Vinícius e as suas, consequentemente, são passadas para o Kenzo, seu primo que ainda vai chegar.

Um momento aqui, porque a Fá tá aqui do lado cantando várias frases para eu digitar.
Eu: _Fá, o post é meu!
Fá: _Grosso.

Desculpem, estou de volta.

O Chico gosta de televisão, mas ele ainda não assiste nada. Ele deve gostar do colorido da caixa mágica. No entanto, ele tira uns cochilos deliciosos no meio da tarde de domingo, permitindo, desta maneira, que seus pais assistam uns filmes de boa. Duas horas é o limite. Filme mais longo fica difícil.

O Hugo, o tio do Chico que parte para trabalhar em um cruzeiro na próxima semana, me lembrou de Luca do Herbert Vianna que foi feita para o filho dele.

Abre os olhos pra ver o mundo
Tudo é novo para os teus olhos novos
Dá pra cada coisa um nome
Um nome novo e um sentido teu próprio
Eu te abro as cortinas da manhã
Eu te levo pros braços da tua mãe, cedo
Por um instante eu esqueço do que sou
Por um instante eu não lembro de ter medo
Fala as tuas palavras de vogais
E sorri quando já está dormindo
Filho, pai, mãe, orvalho da manhã
Tudo é novo para os meus olhos velhos
Eu te abro as cortinas da manhã
Eu te levo pros braços da tua mãe, cedo
Por um instante eu esqueço do que sou
Por um instante eu não lembro de ter medo
Abre os olhos pra ver o mundo
Tudo é novo para os teus olhos novos
Filho, pai, mãe, orvalho da manhã
Tudo é novo para os meus olhos velhos.

Não dá para reescrever o post, nem mudar nada agora, ele acabou de fazer cocô.

Sunday, October 24, 2010

bêbados habilidosos

Porque um blues sempre cai bem numa noite de domingo.
E porque eu me lembrei do Cazuza ontem enquanto estava de cara na privada, na igreja de todos os bêbados.
Mais ainda, porque é legal ver uns caras como o Fábio Brum e o Mário Bortolotto fazendo um puta som assim.
Veja este som ou Homem de Bar clicando bem ali na camiseta do Marião do Dirty Old Man. As músicas são da banda Bêbados Habilidosos.


Sunday, October 17, 2010

no more lonely nights

Faz um ano que dei adeus para minha amiga Solidão. Achei surreal e citei Cascadura aqui para explicar. Hoje não consigo mais me imaginar só. Minha vida agora não é só minha. She is my guiding light. Sim, isso é brega, mesmo que seja Paul McCartney. Mas eu sou brega mesmo, vocês sabem.
Eu ainda estou numa fase de adaptação, ter uma mulher, um filho, um enteado muito querido (apesar da adolescência) é algo que não se domina assim rapidamente, em um ano. Eu acho que ainda estou longe de ser o cara que eu preciso ser para eles, mas estou me esforçando para isso.
Parece difícil descrever certos sentimentos. Saindo do bar mais cedo, em Pira, na última sexta para celebrar o dia dos professores, um amigo e professor, que também é pai, me perguntou se a farra tinha acabado. Eu disse que sim, mas que agora está melhor ainda, porque é outra farra. Ele concordou com um: não é que é? Difícil explicar isso.
Praticamente não vou mais para bares. Tenho saudade dos amigos, mas um sorriso do Francisco faz tudo parecer tão menos importante, sabe como é isso? E sei que meus amigos entendem. Entendem, não entendem? E sei também que eles estão aí. Estão, não estão?
Eu não sei se isso é só uma fase, se daqui a pouco terei uma vontade louca de sair por aí enchendo a cara. Não sei.
Mas por enquanto tudo o que eu tenho a dizer é que isso aqui ainda não é a vida que eu pedi pra Deus, mas não está tão longe assim.
E por hora é isso o que tenho a dizer: chega de noites solitárias.

Eu amo esta devoradora de histórias.

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