Sunday, January 30, 2011

sete coisas que você queria saber e tinha medo de perguntar

Eu não costumo responder memes com frequência, mas quando estes chegam de figuras como o velho Brigatti, que me enviou este aqui, eu me sinto honrado e faço questão de participar.
Desta vez quem me enviou um foi o compositor marginal, ops bom rapaz Luis Capucho, cujas canções já foram cantadas por Cássia Eller, Pedro Luis, Suely Mesquita, Wado e o próximo a gravar será Ney Matogrosso. Olha só este comentário do Ney (curtiu a intimidade?) no Estadão de ontem:

E entre shows, filmes e peça, um disco novo começa a dar sinais de vida. "Sei que vou provocar um choque com algumas coisas que vou gravar, mas não estou nem aí." Por exemplo? "Uma música do Luis Capucho, que quero cantar. Isso vai ser um choque, estou abrindo passagem para umas pessoas extremamente talentosas, mas que o preconceito quer vê-las lá na lama, sem poder respirar."

Vai dizer que não dá orgulho de ser amigo de figuras assim? Mas quando eu o chamo de marginal, este caboclo não gosta. Ele se diz ser um bom rapaz. Tá certo.

Bom, o meme ou o que o Capucho chamou de prêmio consiste em linkar a pessoa que te enviou, listar sete coisas sobre você mesmo e indicar mais alguém para responder o meme. Vamlá?

Quem me enviou este "prêmio" foi o Luis Capucho.

1. sou pai há seis meses. o pai do francisco. ele é muito mais lindo do que eu imaginava;

2. eu não sei nadar, mas como dizia henfil: se eu ficar longe da piscina ninguém precisa saber;

3. odeio as unhas dos dedos dos meus pés;

4. curto muito viajar e conhecer novos lugares, mas gosto ainda mais de ficar em casa;

5. estou pesando 94kg e preciso perder pelo menos 14kg;

6. muitas vezes tenho certeza que as pessoas acreditam muito mais em mim e nas coisas que eu posso fazer do que eu mesmo. i'm definitely not a freight train of confidence;

7. há meses durmo com a mulher que amo and i feel fine.


E este prêmio aqui que veio via Capucho mandarei para minha senhora Fa Fioretti e para a Amanda Vox. Não me xinguem. Participem da corrente. =)

Tuesday, January 25, 2011

cambridge

Sempre ouvi dizer que conseguir o CPE (o tal do certificado de proficiência de Cambridge) era coisa para loucos, que era difícil demais, mesmo pessoas que prestaram e passaram diziam que nunca mais queriam ver o exame de perto. Um dia eu tento tirar este certificado.

Venho pensando há quanto tempo estudo Inglês. Sem contar minhas primeiras aulas com a professora Ana Maria na 5ª série aqui em Limeira, que me fez decorar os verbos irregulares para chamada oral, estudo esta língua há 20 anos.
Fiz um curso no CNA em São Bernardo do Campo por 4 anos e meio. Saí de lá no que eles chamavam de High Advanced.
No Japão estudei por uns meses em uma escola com professor americano, era um curso de conversação. Eu era peão de fábrica e estudava com um cardiologista e dois engenheiros japoneses. Foi muito bacana para um cara de 18 anos (eu) usar a língua por necessidade mesmo, já que eu não falava Japonês.
Alguns anos depois, estudei 3 semanas (deveriam ser 4, mas na última semana fiquei vagabundeando pela cidade) na EF em Londres, tirei um certificado de Pre Advanced. Depois destas três semanas de estudo na escola, morei lá por mais 17 meses, mas infelizmente isso não contou como um período de estudo da língua.
Voltei para o Brasil e logo comecei dar aulas de Inglês em escolas de idiomas. Foi aí que tive que estudar mesmo. Aprendi muito. Me lembro de frases como: quem sabe faz, quem não sabe ensina ou fake it until you make it. Porque apesar de eu ter um bom Inglês (seja lá o que seja bom), não me sentia professor e isso eu contava para os meus alunos. Uns quatro anos depois, algumas palestras e treinamentos assistidos, vários alunos e dezenas de livros diferentes passei a me sentir professor de Inglês.
Descobri a Cultura Inglesa através da minha amiga Elga. Fui lá estudar. Entrei no CPE (que é o preparatório para o CPE, claro). Tive ótimos professores e vi o quanto eu ainda não sabia. Depois de ser aluno deles, passei por um treinamento puxado e virei professor da escola. Em quase três anos de Cultura Inglesa (o primeiro ano como aluno e depois como aluno e professor) senti que evoluí muito mesmo.

No entanto, depois de tudo isso nunca me senti preparado para prestar o tal do exame. Mas uma hora eu precisava fazer este teste. Fiz. Foi em dezembro. O exame mais difícil da minha vida. E não foi dessa vez. O resultado final aqui é 57/100. A média é 60. Três pontos a mais e eu talvez não estivesse sentado aqui fazendo este post (não se sinta ofendido, caro leitor).

A questão agora é largar a vagabundagem e me afundar de vez e de verdade na língua. Trabalhar com Inglês é o que eu mais tenho feito nos últimos anos. Dar aulas é o que paga minhas contas desde que virei adulto no Brasil. Vou prestar o exame de novo, lá pra 2015, mas vou. Por que? Porque depois que você conhece algo, não dá para fingir que aquilo não existe. Não é assim com você? E eu tenho inveja dos meus amigos, os tais dos loucos, que tem o certificado.

Além das minhas aulas de sempre, este ano darei aula para o ensino médio no Objetivo de Iracemápolis. Estou com uma outro proposta interessante para este ano também. Vamos em frente.

Monday, January 24, 2011

telefone

A licença maternidade da Fá chegou ao final. Ela voltou para o trabalho esta manhã. O Francisco começa na creche na próxima semana. Hoje estou com ele em casa, a sós. Estou achando isso um barato.

A Fá ligou do trabalho para saber como ele estava. Eu disse: fale com ele. Ela começou falar e ele, no meu colo, levantou a cabeça para procurar a mãe. Olhou pra um lado, olhou pra outro e ela ainda falando. Ué, deve ter pensado, de onde é que vem a voz dela?

Eu me amarro nestas novidades que eles nos apresentam.
Ele dorme agora.

Tuesday, January 11, 2011

um lobo de coração partido

Meu querido amigo Daniel Martins me emocionou mais uma vez com mais um de seus trabalhos como dramaturgo.
No show do Paulinho Moska em Limeira, no final do ano passado, nos encontramos e ele disse: _Tem uma peça nova e você precisa ver. Você vai entender o porquê.
Independente do que eu deveria ver, eu gosto mesmo de acompanhar o que os amigos andam aprontando. E sem querer eu já tinha me tornado fã daquela turma que ele coordena no Núcleo de Vivência Teatral. Então fui com a Fabiana até Iracemápolis para assistir o novo trabalho deles.


Logo que entramos na escola onde realizaram a peça, visualizei vários posters de bandas indies que, vocês sabem, eu me amarro. Tá explicado porque Daniel queria que eu visse a peça, pensei. E enquanto observava ali um cartaz do Wilco, outro do Dylan, rolava uma música que agora não me recordo, mas um som festivo, as pessoas entravam e se ajeitavam nas cadeiras e eu ia vendo ali outros posters colados no fundo do cenário, tinha Feist, Air, Cake, Cat Power, Built to Spill, Beck... tudo muito fino, como estes cartazes costumam ser, mas havia buracos vazios entre alguns deles.

O Lobo entra em cena, mancando, um cara sofrido, ao som de Zélia Duncan cantando "já começo a noite com um jeito assim, anoitece dentro de mim, todo o céu é triste, não vai mudar, será que não existe lugar...". Já dava para sentir o clima. E aí o Lobinho (sim, o Lobo Mau lá é Lobinho) começa narrar a história, se explicando porque estava naquela situação. Foi tudo culpa de um coração partido.

Nesta história não tinha Chapeuzinho visitando a vovó, mas tinham os três porquinhos no meio da história, uma miscelânea das boas. Isso me lembra de um artigo que li recentemente sobre o filme Rede Social. O jornalista diz que David Fincher alterou algumas partes da realidade de Mark Zuckerberg para que o filme ficasse mais interessante. E ele termina dizendo que o que a gente quer mesmo no final do dia é ver uma boa ficção. Se quisermos uma aula de história, devemos consultar os livros ou ir para a escola. E é por aí, Chapeuzinho Vermelho de Daniel Martins é uma adaptação moderna de um clássico infantil, mas sem aquele enredo que você veria nos livros.

A maneira como o Lobo vai narrando as diferenças entre meninos e meninas me fez lembrar do belo 500 Dias Com Ela. As diferenças entre meninos e meninas são bem divertidas, mas lindo mesmo é quando eles percebem que é possível viver com estas diferenças.

Uma festa é organizada pela Chapeuzinho. E a banda do Lobo, ainda sem nome, faz o show.


Nesta apresentação tem um protesto que vale a reflexão. É contra as estrelas do rock que muitas vezes nem sabem onde é que estão tocando e que não dão a mínima para o público que ali está prestigiando o seu trabalho.

Tem muito mais a se dizer sobre esta peça (que a Chapéu é linda e me deixou encantado, que ouvir Belle & Sebastian, Badly Drawn Boy, Pato Fu, Magic Numbers e até Ceumar me deixou com baita saudade de todos os discos que estão na casa do meu velho, que ver estes meninos de Iracemápolis cantando Frank Jorge me fez lembrar de como era gostoso descobrir novos sons quando criança, que o figurino criado pela Rose Sathler casa perfeitamente com os pequenos atores, os badges presos na blusa da Chapeuzinho dão um charme especial e todos os tênis all star também ficaram muito legais, que em certo momento me vi diante de algo tarantinesco), mas o que vou deixar aqui escrito é que você deve ver Chapeuzinho Vermelho quando eles voltarem aos palcos.

Sempre gostei de compartilhar do que gosto, eu acho muito mais prazeroso ouvir um som alto junto com outras pessoas do que ouvir sozinho, e ver os personagens ouvindo todas estas músicas tristes (e de tão tristes, lindíssimas) tem mesmo tudo a ver com a peça, afinal, como bem disse Rob Fleming...

The unhappiest people I know, romantically speaking, are the ones who like pop music the most; and I don't know whether pop music has caused this unhappiness, but I do know that they've been listening to the sad songs longer than they've been living the unhappy lives.

Naqueles buracos vazios que eu falei no começo do post, os pequenos atores desenharam corações e escreveram nomes como do Daniel e da Rose e o meu e o da Fá. E isso também deve ter sido um dos motivos que meu amigo dramaturgo disse que eu deveria ver a peça. Love is the answer.


Sunday, January 09, 2011

sonha em dormir na geladeira

No início do ano eu curto ficar observando as listas dos melhores do ano. Eu já falei uma vez que eu ainda estou procurando os bons do final dos anos 60. Até chegar a 2010 ainda vai demorar. Mas de qualquer maneira eu sempre vejo uma coisa ou outra do ano que acabo curtindo bastantão.
O site movin up já selecionou os seus melhores de 2010. E na lista tem este clipe do Mombojó, que eu acabei de conhecer (não a banda, o clipe) e me amarrei neste figurino de seriado japonês.
E essa coisa de dormir na geladeira também me lembrou do filme Micmacs que assisti recentemente por cortesia do @biajoni. Mas o filme é de 2009, vejam vocês, e eu ainda não conhecia. E se você é fã de Amélie Poulain e ainda não o viu, veja.

Aqui o clipe de papapa, dos pernambucanos do Mombojó.


Saturday, January 01, 2011

chico e vinícius

O que há em comum entre Chico Shiraga e Vinícius de Moraes?
Ambos lêem na banheira.




Feliz 2011, meus queridos!

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