Wednesday, March 29, 2006

save our souls

O astronauta brasileiro Marcos Pontes já foi pro espaço.
E eu aqui com vontade de gritar "parem o mundo que eu quero descer".
Contestam que se gastou muito dinheiro para um projeto que pouco resultado trará para o país, mas eu contesto mesmo é com todos todos todos os terráqueos, que deixam de praticar a gentileza que nada custa e muito resultado pode trazer para a sociedade.
Tô cansado dessa grosseria gratuita que vejo por aí.

Para mostrar como é uma fórmula fácil, Profeta Gentileza escreveu assim:















A lição sabemos de cor, só nos resta aprender.

Tuesday, March 28, 2006

fechado para balanço

A vida é o que acontece com você,
enquanto você se ocupa fazendo outros planos.


[john lennon]

Saturday, March 25, 2006

half of what i say is meaningless

Metade do que digo não tem a menor importância, mas hoje eu quero agradecer à você que vem aqui, e pedir que pegue o Rubber Soul dos Beatles e ouça a faixa 4, que é Nowhere Man, canção que deu o nome ao blog que hoje completa 2 anos de vida.
Outros dois blogs existiram, um teve fim e foi excluído porque a Globo queria cobrar a manutenção do blog e o primeiro deu pau, mas está com um link aqui do lado direito. Mas este é o que importa hoje.

Sem xurumelas, vamos de Beatles para comemorar:

He’s a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
For nobody.

Doesn’t kave a point of view,
Knows not where he’s going to,
Isn’t he a bit like you and me?
Nowhere man, please listen,
You don’t know what you’re missing,
Nowhere man, the world is at your command.

He’s as blind as he can be,
Just sees what he wants to see,
Nowhere man can you see me at all?
Doesn’t kave a point of view,
Knows not where he’s going to,
Isn’t he a bit like you and me?
Nowhere man, don’t worry,
Take your time, don’t hurry,
Leave it all till somebody else
Lend you a hand.

He’s a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
For nobody.


[Lennon e McCartney]

Um viva!


Tuesday, March 21, 2006

jabá

Um novo blog idealizado por três estudantes de jornalismo foi criado, eu sou um deles, acredito que não teremos muito jornalismo por ali, não viemos para revolucionar nada, apenas queremos ter um espaço onde possamos compartilhar e praticar nossa escrita. Espero que seja eterno enquanto dure.
Minhas companheiras (quem me conhece deve saber que só ando em boa companhia, e claro que no blog não seria diferente) são duas moças lindas que muito admiro: Beatriz Buck e Rita Garcia.
Apareça, sinta-se em casa e deixe seus comentários que isso muito nos agrada.
Clica aí no link, vai: Osmoz.
Como somos estudantes e estagiários mal remunerados (pleonasmo, eu sei), aguardamos um patrocínio para a festa de inauguração.

jabá II

As revelações no laboratório de fotojornalismo são interessantes, aguardo ansioso pelas aulas sobre legendas de fotos e títulos de textos na disciplina de redação para jornalismo, meu sonho de consumo para este ano é uma câmera digital e enquanto isso aqui na world wide web divido umas fotos que quase nunca são minhas neste fotolog.
Mais um segmento nomeado nowhere man, também muito movido pelos sons dos Beatles.

Dentro de poucos dias voltaremos com a programação normal.
Obrigado pela atenção.

Saturday, March 18, 2006

how to fight loneliness

Sábado à noite, em casa, com muita coisa na cabeça mas no bolso nada, pensando em deitar ali para ler um livro, enquanto fico navegando porque é preciso e ouvindo discos do Wilco que não tocava aqui há tempos.

Há duas semanas recebi um postal de Liverpool, daquela minha amiga do pub, alguém aí se lembra? A guria da Hungria, fã de Lennon, que tocava Neil Young no violão, uma menina que tentou me ensinar como preparar bebidas especiais. Era alguém com quem eu podia dividir revoltas, que gostava de parar e conversar, não pensar apenas nas festas que rolavam na cidade e se preocupar em furar uma orelha, tingir o cabelo de verde ou se tatuar para voltar diferente para seu país de origem. Gosto destas amizades que deveriam ser passageiras mas que ficam.
O postal é do Lennon, hoje ela mora em Liverpool, disse ser em um lugar próximo à Penny Lane, e eu toco o papel e meu pensamento vai longe, fico naquela viagem boa de que ele veio daquela cidade industrial, que tem um time de futebol simpático, lembro do frio que passei quando lá cheguei depois de sair de um dia ensolarado de Londres, um postal que veio da cidade onde todos tem o sotaque dos Beatles, era divertidíssimo andar por lá, parecia que eu estava dentro de um documentário do cabeludos de Liverpool sempre que ouvia alguém falando.

Jeff Tweedy do Wilco continua a cantar aqui.

Come back to sleep now, my darling
and I'll keep all the bad dreams away (...)
Grow up now, my darling
Please don't grow up too fast
and be sure, darling
To make all the good times last (...)


Os bons tempos sobrevivem, penso em como conheci quase tudo desta banda de country-rock com ótimas letras em tão pouco tempo, lembro do show e ao procurar aqui (nos arquivos do blog) foi um tesão lembrar o que era estar sentado para digitar às pressas sobre a apresentação do Wilco. Terminava o post dizendo que precisava correr porque tinha show do Belle & Sebastian para ir (que vi de graça!).

Hoje recebi e-mail do amigo Marcio, brasileiro que mora no Canadá e é professor de Inglês em uma escola de Toronto. Nos conhecemos no Japão e creio que nossa principal ligação foi o fascínio que ambos tínhamos por Londres. A última vez que o encontrei foi no meio do ano passado, para um almoço japonês em São Paulo e depois um café onde pensei que talvez fosse a última vez que o veria no Brasil. Ledo engano, ainda vamos nos encontrar aqui neste país tropical, pois ele confirmou visita aos pais no meio do ano. E o melhor, o homem provavelmente assumirá aulas em uma faculdade canadense!

Depois de ler as novas vindas do Canadá, e de saber que o Marcio passou aqui pelo blog, dei uma olhada em posts como estes de Londres, quando estava super ocupado com uma ótima programação cultural: apresentação do Hermeto Pascoal no Barbican, Graham Coxon na HMV, show do Otto, sempre tinha uma galerona da Trama (gravadora), bons filmes e viagem para Barcelona com direito à minha primeira leitura de Fante.

Eu amo este país abençoado por Deus e bonito por natureza, mas sempre que pinta esta monotonia, lembro de caras que fazem a vida em outro país, em cidades legais, com centenas de opções de lazer, com segurança, lugares onde você certamente terá grana no bolso e, se dependesse só desses momentos hesitantes, eu certamente juntaria estas roupas que se acumularam aqui no quarto, pegaria os discos do Wilco e já estaria dentro de um avião com destino à uma vida que eu sonho.


Chelsea Bridge clicada por este que vos escreve, antes de fazer xixi no Tâmisa


Talvez eu só precise de um tiro no braço
Talvez tudo o que eu precise é de um tiro no braço
Alguma coisa na minha veia, sangra mais que sangue...


Isso é Wilco, numa tradução livre e sem certezas de um cara que se considera um péssimo tradutor: eu mesmo.
E para encerrar com uma resposta ao título deste:

Para lutar contra a solidão
Sorria o tempo todo, apenas sorria o tempo todo...

gimme love


Os livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei, nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar
Ao teu lado só para ver no teu rosto
Uma mensagem de amor...


I know WHO you are, but WHERE are you?

Wednesday, March 15, 2006

questão de posse

Cheguei em casa e na televisão o Pedro Bial começou declamar Questão de Posse de Luiz Melodia para anunciar a eliminação de um cara da casa do Big Brazilian Bullshit. Entrei no quarto e liguei o Maravilhas Contemporâneas de Melodia.

Quem tem tem, quem não tem não se conforma (...)
Quem pode pode, quem não pode se sacode (...)


Hoje tem Zélia Duncan no Sesc Piracicaba. Eu não vou.
Tem Oasis em Sampa. Neste eu também não vou.
E tem um "show musical - Zeca Baleiro" no teatro Lulu Benencase em Americana no final do mês. Ainda não entendi se é um musical chamado Zeca Baleiro ou é um show com o maranhense. Mas deve ser outro que vou ficar na vontade. É uma questão de posse.
E como quem canta seus males espanta:

Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto
Nada vem de graça nem o pão nem a cachaça
Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça...
Ai morena viver é bom, esquece as penas vem morar comigo em Babylon


Let it be, let it bleed.

Vi ali no blog do Paulo Corrêa e no mesmo dia no blog do Marcelo Costa: Blug, o blog do Plug. Do jornalista Marcos Paulino que fala de música em Limeira e que eu ainda não conheci.

E como rir ainda é o melhor remédio:

Com toda esta polêmica a propósito da clonagem, uma grande pergunta urge colocar: Alguém que tenha relações sexuais com o seu próprio clone, é homossexual, está a masturbar-se ou se fudeu?

Questão apresentada no Diário de Lisboa.
Valeu, Maroca! :o)

Quando voltei da Bienal do Livro no sábado, encontro em casa um canudo vindo de Porto Alegre. Um poster lindo que recebi de uma amiga que trabalhou, morou e viajou comigo para Paris. Curtimos bons momentos naquela cidade charmosa. Eu tô aqui na esquerda, no meio é a gaúcha Maythe, responsável pelo trabalho e na ponta direita está a Larissa, uma baianinha porreta que está voltando prá Londres logo mais. Olha aí:


We'll always have Paris!


Uma canção para fechar a noite:

As pessoas tem que acreditar
Em forças invisíveis pra fazer o bem
Tudo que se vê não é suficiente
E a gente sempre invoca o nome de alguém

Acho muito caro o que ele tá pedindo
Pra eu ter muito mais sorte e menos azar
Acho muito pouco o que tenho no bolso
Pra ver o sol nascer não tem que pagar

É certo que milagre pode até existir
Mas você não vai querer usar
Toda cura para todo mal
Está no Hipoglós, Merthiolate e Sonrisal (...)


A música salva.

Sunday, March 12, 2006

vastas emoções e pensamentos imperfeitos

Voltei a dar aulas às sete da madrugada nesta última quinta, e o dia foi longuíssimo e proveitoso. Terminou por volta das quatro da madrugada de sexta-feira saindo do boteco.
Três horas de sono, sete horas da manhã e de pé [e de pé na fila ônibus lotado vida de operário vida de operário] e lá vamos nós para o trabalho, depois um almoço em casa, aí fila de banco para pagar a última parcela do ipva, volto para casa e durmo à tarde [sexta eu tô livre no período da tarde, porque é dia de comer panceta no mineiro], acordo atrasado e corro para a faculdade.
Não é diário, mas geralmente o meu último turno do dia é no bar. Lá vamos nós novamente para tomar uma, depois ser levado à força para a noite, e, lá [na noite] ver interpretações competentes de canções do poeta Jim Morrison.
Em casa por volta das cinco da madrugada, mais três horas de sono e me vejo dentro de uma van a caminho da cidade grande. "Virei Limeirense", foi o que pensei alto ao chegar na marginal, ver os prédios, a poluição e ficar observando tudo aquilo com olhos de quem não sai do interior com muita frequência.
19º Bienal do Livro em São Paulo, Pavilhão do Anhembi, colegas de faculdade, movimento, filas e tapetes vermelhos.
Ruas de "a" a "o", comecei pela "o" e lá vamos nós mergulhando em bancas lotadas de toda sorte de literatura, stands infatis aos montes, esoterismo, religião, e oba, Brasiliense com Cartas na Rua do velho safado e alguns do poeta Leminski, vejo a Conrad super cool com quadrinhos de Robert Crumb, na Rocco tem os livros do Hornby com a capa do 31 canções bem mais legal que a capa gringa da Penguin. Nunca li tanta orelha de livros. Encontro uma amiga de Bijoux City que nunca vejo aqui. Duas horas para sentar e descansar as pernas durante uma palestra de jornalismo de Natali Jr e Daniel Piza. Vou para outro parágrafo que este está muito longo.
De volta ao passeio, revistas de brinde, vontade de comprar o Diários de Jack Kerouac na L&PM e mais vários livros legais por R$11,00, uma moça linda me pára e me oferece leitura dinâmica onde posso ler e compreender bem um livro de 200 páginas em 20 minutos, me mostrou uma foto do criador do método no programa do Jô para dar credibilidade [hahahahahahaha] e eu saí de correndo, vi os pesados livros de Dostoiévski e pensei que se fizesse o curso de leitura dinâmica talvez pudesse sentar na mesa com uns brothers mais cedo [piadinha interna é chata, mas vai ficar].
Parei no stand da Geração Editorial e comprei o Como John Lennon Pode Mudar Sua Vida, conheci pessoalmente o querido Palandi depois de anos e anos lendo o que escreve e também Petillo que gentilmente dedicaram assim: "Para o grande Fábio, companheiro, fã de Wilco e gente fina! Espero que se divirta com a nossa visão da vida do Lennon. Forte abraço. [alexandre petillo]. Para meu caro Fábio, agradecendo pelo carinho e visitas nesses anos. Espero que o livro te agrade tanto quanto sua amizade me honra. Grande abraço. [eduardo palandi]." Todo sucesso do mundo para estes figuras.
Lojas Americanas com super promoção nos mais vendidos, uns internos da Febem apresentavam poesias e eu pensei na dificuldade de reunir 14 pessoas dentro de uma faculdade para encher uma van, reencontro os colegas da caravana de Limeira e voltamos para a realidade.
Depois da pauleira só um sono de 13 horas para recuperar. Mas já é tarde e eu tenho que sair.
Um post bagunçado, eu sei, mas vai ficar assim mesmo e infelizmente só devo voltar por aqui no próximo domingo por conta do tempo.
O mundo tá girando muito rápido, e eu nem bebi.

Wednesday, March 08, 2006

todas as mulheres do mundo

Toda mulher quer ser amada
Toda mulher quer ser feliz
Toda mulher se faz de coitada
Toda mulher é meio Leila Diniz!


Feliz dia internacional da mulher!
Um beijo e glicínias para você que vem aqui.


Friday, March 03, 2006

você tem fome de que?

Possível show extra do Oasis em Sampa, Campari Rock em Atibaia, Festival de Música Independente (o fmi) em Maceió, o veterano Abril pro Rock, Goiania Noise, Bananada, TIM festival, Claro que é Rock, as dezenas de apresentações alternativas nos sescs de todo o Brasil e eu aqui vendo de longe através de críticas dos jornalistas que presenciam estes momentos únicos.

Cansei de ser duro, vou botar minh'alma à venda.

Mas ei, a gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro, diversão e arte.
E a gente quer inteiro, não pela metade.

Enquanto isso no cinema de Limeira chega Elizabethtown, com um atraso de quase quatro meses. It's friday night and I'm fucking bored to death.

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