Friday, August 31, 2007

além dos pés de laranja

É música folclórica o que os Cirandeiros tocam? Música caipira, infantil, valsa, samba, coco, maracatu, regional, hip-hop, mpb, o escambau? Não importa, os caras são o que são: inclassificáveis!
Sou suspeito para falar, então nem vou dizer que eles são mesmo bons demais [opa, falei sem querer!]. Certamente estes figuras irão muito além do que muita gente imagina. Agora eles criaram o Encantoria, um projeto que reúne Cirandeiros, Jabaculê e Cia. Duberrô. Logo mais deve ter um CD pintando na praça.

Cirandeiros
Já é a segunda noite que saio para beber, consigo voltar não tão chapado, dormir sem tomar um remédio para ressaca e acordar bem. Isso é bão, sebastião! E, coincidência ou não, acordo e recebo uma ligação da linda jornalista Rita Garcia, que agora trabalha na TV Claret pedindo o contato do meu amigo Domingos, dos Cirandeiros, para uma entrevista.

Sucesso, meus velhos!

Thursday, August 30, 2007

o segredo mais bem guardado da música popular brasileira

Meu querido amigo marginal [que nega este termo, por dizer que na verdade é um bom rapaz] Luís Capucho escreveu sobre sua parceria com Marcos Sacramento e também sobre seus amigos de infância que estão aparecendo nesta luz que vem surgindo lentamente em suas carreiras de artistas da música.
Capucho diz ainda que gosta de ser este artista obscuro e de ver seu trabalho chegando só no sapatinho para as pessoas, levado pelo afeto. Mas o que eu tenho a dizer, Ruy Castro já disse melhor neste texto que o Hugo me indicou:

Se a maioria das pessoas que compram discos fizesse isto por causa da música, o cantor carioca Marcos Sacramento estaria há anos encantando muito mais gente do que apenas os privilegiados que o admiram. Do jeito que as coisas são, no entanto, ele continua a ser um dos segredos mais bem guardados da música popular brasileira—segredo este bem conservado pelas gravadoras, pela televisão, pelo rádio e pelas casas de shows, mais ocupadas com os talentos menores ou fabricados que pululam na praça. Na condição de um daqueles felizes privilegiados, só posso fazer tsk, tsk pelos que ainda não tiveram o prazer de conhecê-lo.

E acho que era isso que eu também queria dizer quando citei as músicas do Nando Reis. Mesmo que ele seja bem mainstream, ainda me sinto privilegiado de conhecer uns sons lindos que não tocam na rádio. Assim como foi uma honra poder ouvir tão bela voz, de um cara que faz parte de um grupo de amigos que há tanto admiro, aqui pertinho de Limeira.

O amigo Pedro Paz anda divulgando bem, pela web, alguns dos trabalhos, como este vídeo que fez de Os Gestos das Mulheres.

Quando conheci Suely Mesquita no Sesc Pompéia, participando de um show da Ceumar, eu apostei minhas fichas com um amigo dizendo que este grupo de compositores do Rio seria o próximo boom da mpb. Em janeiro de 2005, quando comprei o disco da Mathilda Kóvak, disse que as fichas ainda estavam na mesa. Hoje eu já nem ligo mais para estas fichas. O que importa é que eu conheço estes segredos guardados e agradeço o privilégio.

***


ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar

Para os amigos de Limeira, hoje à noite tem Cirandeiros no Bar da Montanha. Eles vão se apresentar com a cantora pernambucana Ana Diniz. Recebi um e-mail dizendo que o diferencial em Ana Diniz é sua interpretação, curiosamente parecida com uma técnica eslava, de canto intercalado por rápidos agudos guturais, que lembra a cantora russa Sainkho Namtchylak, uma das musas da world music.

Ainda não conheço a Ana Diniz, nem Sainkho Namtchylak. Por isso mesmo vou lá conferir, e já sei que ver os Cirandeiros é sempre um prazer. Espero encontrar pessoas para me fazerem companhia enquanto a ciranda é formada. Porque eu sou um cara tímido que prefere ficar ali no cantinho com minha cerveja na mão, em vez de entrar na roda.

Wednesday, August 29, 2007

sacramentos

Sacramento e o livro de Capucho
Pela primeira vez em Piracicaba, o sambista carioca Marcos Sacramento faz show nesta quarta, 29 de agosto, às 20h30, no Ginásio de Eventos do SESC, com entrada gratuita. O músico tem uma das vozes mais elogiadas da recente safra de intérpretes do samba, com três indicações na lista de pré-selecionados para o Grammy Latino. A abertura do show terá a presença do grupo Corda Solta. O evento comemora o aniversário de 240 anos de Piracicaba. O SESC fica na rua Ipiranga, 155, Centro.

Comunicação
SESC Piracicaba
(19) 3434.4022 Ramal 226

Devo trabalhar até às 20h30, então saio de Limeira às 20h35. Se alguém quiser me acompanhar, é só ligar. ;-) Além da certeza de um bom show, a cerveja lá, está sempre gelada.

Tuesday, August 28, 2007

o mundo é bão sebastião

As canções do Nando Reis conseguem ser ao mesmo tempo simples e profundas. Gosto demais desde o primeiro disco, o 12 de Janeiro. Na verdade, gosto mesmo antes deste disco, com as canções que ele escrevia para a (Cássia Eller, alguém deve se equivocar com um pensamento adiantado) Marisa Monte.
Nada contra Sebastião, o terceiro filho de Nando, mas eu gosto mais das composições feitas antes dele nascer.
E fico muito feliz de ver um show dele com várias das minhas prediletas, sem que a massa conhecesse, permitindo que eu as ouvisse perfeitamente e visse o palco sem as mãos se agitando na minha frente. Deixei de ser implicante com o fato das pessoas conhecerem uma música do acústico mtv da Cássia Eller, como Luz dos Olhos, e não conhecerem uma do disco anterior dela, como As Coisas Tão Mais Lindas.
O show aconteceu no Sesc Piracicaba, onde devo assistir Marcos Sacramento logo mais, mas teve um erro na divulgação. Disseram que a LanLan faria parte dos Infernais, mas ela não estava lá.
Ainda assim, eu gostei e saí de lá 'mei chapadim' de cervejas. E o mundo é bão, e a Círia postou a letra de As Coisas Tão Mais Lindas em seu blog! Vale a visita.

Sunday, August 26, 2007

o sábio relógio de parede de hilda hilst

É mais tarde do que supões...

Wednesday, August 15, 2007

something(s)

"Algo no jeito como ela se move" te lembra algo bom, como um som beatle? Tenho certeza que não é apenas o nome que é de bom gosto. Estréia nesta quinta a peça de Paulo F., poeta, escritor e também editor da Revista Muro.

O Randall fala sobre esta peça em um post belo e um pouco nostálgico. Ele também me avisa que Limeira tá próxima de Sampa e que eu deveria dar um pulo lá. Eu concordo, são apenas duas horas e alguns reais. Não fosse a pindaíba que vivo, seria certamente mais próxima. Mas deixa ser, vamos ver o que rola. Nada que um cartão de crédito não possa ajudar, diz aí.




Procure pelos links da letra Z aqui ao lado. O Zen Cultural, e o Ziper na Boca. Ambos de jornalistas. Os dois links ficam lá embaixo porque fiz a ordem burra: a ordem alfabética. André Azenha do Zen escreve sobre cinema e música. Gustavo Brigatti do Ziper é editor de cultura do Jornal Todo Dia. Além de ambos terem um blog com a letra Z e serem jornalistas culturais, agora também são colegas indiretos através do Scream & Yell. Azenha tem textos publicados lá e o Brigatti acabou de emplacar um belo texto sobre o figura aí da foto, Mr. Blue: Edward Bunker. O texto de Brigatti faz um passeio bacana entre Bunker, Oscar Wilde, Charles Bukowski e Ramones! Sim, Ramones!



Suely Mesquita comemorou o aniversário estes dias e eu ganhei de presente uma foto minha em seu blog. Aí estou, depois que perdi a cabeça ao curtir o show dela em Campinas. Expliquei isso para Kees Schoof e ele sugere que eu compre outra no e-bay, mas eu acho que vou deixar assim mesmo. Kees é um gringo de Amsterdam que conhece e escreve sobre música brasileira. É bacana ler os textos dele, me lembro dos clientes da loja onde trabalhei em Londres...



E para encerrar este post especial cheio de gente boa, mando outra dica. Os comparsas de Branco Leone pegaram um de seus textos e fizeram um curta-metragem. O trabalho foi feito pelo Núcleo Virgulino. Direção de Helio Ishii e edição de Camila Ogawa. Psicopatas da Internet te diverte por 6 minutos e 42 segundos. Vai nessa que eu garanto!

Enquanto isso, o Música de Bolso já está com mais dois vídeos prontos. É outro trabalho de bom gosto que vale prestigiar e se deliciar.

Pronto, agora vou nessa porque terminei de baixar um disco do Pública, banda gaúcha, tri legal, assim como minha sister do sul, tchê. Maythe Costa tá vindo para o interior de SP passar um final de semana. Bah, tô animado! Moramos juntos em Londres, nos reencontramos em Salvador e agora ela vem para Campinas! Não é demais? Sem contar que nós sempre teremos Paris.


Tuesday, August 14, 2007

frase de mestre

Não adie uma alegria.

Friday, August 10, 2007

eu quero paz, arroz e amor

Olha lá quem acha que perder
é ser menor na vida
Olha lá quem sempre quer vitória
e perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais ser um vencedor,
levo a vida devagar pra não faltar amor

Eu que já não sou assim
muito de ganhar
junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
só pra viver em paz.


[marcelo camelo]

Wednesday, August 08, 2007

to be, or not to be?

É, meus caros, estas questões às vezes me pegam de jeito, mas a vida é bela e vocês são jóias raras. Agradeço a força de todos e quero dizer que eu estou bem. Sei que às vezes exagero no drama, mas é porque eu gosto de usar este espaço como uma válvula de escape. Espero que me entendam e me desculpem.
Fiquei filosofando e sempre lembro destas três frases abaixo:














Frank Sinatra também salva, diz aí. Cantarolar Do Be Do Be Do pode ser uma boa filosofia de vida.
Estava ouvindo uns sons deste mestre, e resolvi fazer uma tradução de That's Life, de Dean Kay e Kelly Gordon. Espero que não esteja muito tosca para quem ler, porque a canção é simplesmente do caralho. Procure esta canção, aumente o volume e divirta-se!


ESTA É A VIDA
[uma tradução livre e tosca de "that's life" por fábio shiraga]

Esta é a vida, é o que todos dizem
Você está de boa em abril, fodido em maio
Mas eu sei que vou mudar esta situação
Quando eu voltar ao topo, voltar ao topo em junho

Eu digo que esta é a vida, e por mais engraçada que possa parecer
Algumas pessoas se excitam pisando em um sonho
Mas eu não deixo isso me deprimir
Porque este mundão de Deus continua girando

Eu já fui um fantoche, um miserável, um pirata
Um poeta, um peão de xadrex e um rei
Eu já estive por cima, por baixo, por dentro e por fora
E sei de uma coisa
Toda vez que me encontro acabado
Eu me levanto e volto para a corrida

É a vida! Eu digo que não posso negá-la
Eu pensei em desistir, mas meu coração simplesmente não vai topar
E se eu não pensasse que valesse ao menos uma tentativa
Eu pularia direto em um pássaro e então voaria

Repito, já fui um fantoche, um indigente, um pirata
Um peão e um rei
Já estive por cima, por baixo, prá lá e prá cá
E eu sei de uma coisa
Toda vez que me vejo com a cara amassada
Eu pego a minha pessoa, a levanto e a boto de volta na corrida

É a vida, sim é a vida e eu não posso negá-la
Muitas vezes eu pensei em cortar tudo, mas meu coração não deixaria
Mas se não houver nada interessante nos próximos meses
Eu vou rolar por aí como uma grande bola e morrer.

To be, or not to be?
I think I want to be. I want to be Frank Sinatra.

Sunday, August 05, 2007

será esta a solução?

Bebi o final de semana.
Tomei o sábado em bons goles à noite.
Bebi o domingo moderadamente por horas.
Ainda estou chapado.
Posso dizer que o final de semana me dá um barato.
Fora isso, conversei com um monte de gente boa.

Beber até morrer, será esta a solução?

Saturday, August 04, 2007

perhappiness

If you see me getting mighty
If you see me getting high
Knock me down!

Se você me ver muito alto, me sentindo muito poderoso ou intragável, me jogue prá baixo. Faça isso porque algo deve estar errado. Quando me vejo lá em cima e de repente perco o chão, é foda. Pior é que depois da queda, costuma vir o coice.
Não sei dizer o que acontece, mesmo tentando ver o lado bom das coisas, vira e mexe bate esta sensação ruim. Às vezes a empolgação escapa por entre meus dedos e do nada me pego aqui, me sentindo um merda.



O fato de me sentir mal, pode ser algo produtivo se pensarmos poeticamente, mas no momento tudo o que eu consigo ver é que me sinto envergonhado por não corresponder ao que muitos pensam que eu poderia ser ou ter ou parecer. Queria mesmo era ficar só em um bar escuro, me escondendo atrás de garrafas de cerveja.

Não escrevo para explicar nada, estou apenas amontoando umas idéias que rondam a minha mente e talvez expondo aqui elas possam deixar de me perturbar. Preciso me organizar. Vou abrir uma cerveja primeiro, pode ser bom para ficar pensando.

Acabei de ler um desabafo do Mário Bortolotto em seu blog. E ele pede desculpas dizendo que precisava falar. Eu vivo desabafando e reclamando aqui e nunca pedi desculpas para você que vem aqui. Desculpa. Mas hoje eu ainda vou me lamentar. Este blog está cada dia mais vazio, sem conteúdo, diferente do blog do Branco Leone que diz ali ser um blog sem conteúdo, mas que é de um cara foda, muito foda, grande referência da literatura independente na internet. O conheci pessoalmente recentemente e só então passei a ler seu blog, mas já tem todo o respeito que um grande cara merece.

Aprecio prá caralho quando vejo pessoas como a Dre Nobre que consegue extrair o melhor do que eu expresso por aqui. Ela deixa de lado minhas lamentações, pega as dicas e as devora. Quando fico sabendo que ela conheceu o Jim Dodge por conta de um post que escrevi, penso que já valeu ter conjugado o verbo blogar na primeira pessoa. Esqueça as minhas bobagens, tá ali no subtítulo do blog, metade do que eu digo não faz sentido, mas às vezes eu dou umas dicas que prestam.

Ainda sobre Dodge, o Biajoni, que dispensa apresentações por aqui, escreveu um post inspirado e lindo sobre O Enigma da Pedra. Livro que ganhei de presente e tá ali na pilha de livros que aguardam minha leitura.

Talvez seja isso que eu precise. Leitura. Parar de postar merdas, deixar de ser um ridículo blogueiro adicto e passar a buscar algo que seja mais produtivo para mim e, consequentemente, acho que será melhor para quem estiver ao meu redor.

Um figura que tenho encontrado com frequência e sempre me instiga à ler mais é o Oliver Mann. Ele não só me dá a maior força para que eu comece escrever, como também me empresta livros, filmes e me convida para projetos excitantes, como foi a Flip. Ele foi meu professor, hoje é um grande amigo, e acho que não tem blog. Quando reclamei da falta de tempo, na época da faculdade, ele disse na maior calma que eu deveria me apressar e de quebra disse que ler Paul Auster também era necessário:

Tenho a sensação de tentar ir a algum lugar, como se soubesse o que queria dizer, mas quanto mais avanço maior a certeza de que o caminho para chegar ao objetivo não existe. Preciso inventar a estrada a cada passo, e isso significa que nunca tenho certeza de onde estou. Uma sensação de mover-me em círculos, de refazer eternamente o mesmo caminho, de seguir em várias direções ao mesmo tempo. E, mesmo que eu faça algum progresso, não estou de modo algum convencido de que chegarei aonde penso que estou indo. Só porque você vaga pelo deserto não quer dizer que exista uma terra prometida.

Note a diferença gritante: Sem ter o que falar sobre a morte dos dois grandes cineastas, apenas exibi aqui dois posters dos filmes que eu conheci; já o Jonas Lopes escreveu dois posts interessantíssimos sobre Bergman e Antonioni. Eu apenas me inicio na obra destes mestres; já o Jonas diz com propriedade que Bergman é seu diretor predileto. Lembro de já ter conversado sobre o tempo com Jonas, jornalista que admiro um montão. Ele contava dos baldes de café que tomava, das poucas horas de sono e da disciplina em relação à leitura. Um dia eu aprendo.

Eu gosto muito de blogs, mas ando puto é comigo mesmo, com minha improdutividade criativa. Sei que muito dos trabalhos que admiramos por aí, não são feitos só de talento, mas de muito suor. E posso não ser criativo ou ter o dom da escrita, mas suor é algo que eu posso dar. Me empenhar quando resolver me dedicar à algo. Deixar de ser vagabundo.

Um cara que tem uma escrita afiada e manda contos e crônicas muito boas, e mora aqui na cidade é o Cristiano Kock Vitta. Ele sabe escrever. Eu o invejo.

Um dos primeiros blogs que li e gostei muito foi o brazileirapreta da Clarah Averbuck, que avisou esta semana que este seu antigo blog ainda vive. Ela tem talento, ela sabe escrever. Eu a invejo também.

Plagiando Luís Capucho e Mathilda Kóvak, digo que um cara que usa o coração como máquina de escrever é o Marcelo Costa, que está com um novo blog, o Calmantes com Champagne, na versão 2.0. Mac é o editor do Scream & Yell, e escreve também a coluna Revoluttion. Lembro-me de ver no final de um DVD do Ettore Scola (diretor que conheci porque o Paulo Corrêa me apresentou) um release do Mac elogiando o filme. E na minha opinião, o blog tem esta função de aproximar o leitor da pessoa que escreve. E quando vejo o nome de um cara que leio diariamente nos extras de um DVD, dá a sensação de que até o diretor está mais próximo da gente, de alguma maneira.
Além de falar de música, filme e dar muitas dicas de eventos que rolam por aí, Mac também escreve sobre o cotidiano de alguém que vive em Sampa e consegue ver que mesmo em uma megalópole onde o caos e a correria impera existe coração.

Rafael Miranda, outro brother da cidade, está mandando online seus textos e poemas. Ele tinha uma banda aqui em Limeira chamada Poetas Mortos. Eu admiro vários deles. E já nem me impressiono mais quando vejo que muitos deles morreram bem mais jovens que eu, e deixaram uma obra ímpar, ou caras que já fizeram dez mil coisas que eu jamais sequer pensei em fazer. É, talvez seja este também o motivo de eu ainda estar vivo, não é? É um consolo...

Por todos estes nomes citados, sou contra quem pensa que blog é sinônimo de simples idéias espontâneas e sem importância. Tem muita coisa boa na blogosfera, a gente precisa filtrar e saber o que é que vale à pena ler.

Eu deveria estar feliz por estar rodeado de gente boa. Eu sou feliz por isso. Mas é foda quando tudo ao redor está bem e você se sente um merda.

Assisti A Concepção há pouco tempo e andei pensando no movimento concepcionista, no lance de ser um novo indivíduo a cada dia. Renascer todos os dias. Ter um novo nome, um outro perfil, uma nova profissão. E no outro dia, mudar novamente. Existe uma série de regras no manifesto concepcionista. Mas eu fiquei pensando quantas pessoas eu já fui, quantos papéis diferentes já interpretei nesta vida, sendo office-boy, corretor de seguro que usava gel no cabelo, camisa, gravata e carregava uma pasta, logo na sequência trabalhando como operário em uma fábrica no Japão, depois sendo um balconista em uma loja de música, aí um barman ouvindo história de bêbados com um sorriso no rosto para ver se descolava uma gorjeta no final do papo, um estagiário em uma redação de uma TV, e um professor de Inglês. Um outro filme que vi há pouco foi Huckabees que apesar de ser uma comédia fala sobre desconectar-se dos seus problemas e do seu cotidiano e entrar em um estado do "ser puro", é uma loucura. A pergunta que fica: Como é que eu não sou eu mesmo!?

Esta vida é mesmo uma loucura. Você sente saudade do passado?


É isso, meus caros amigos. Vou tentar organizar minha vida e isso inclui gastar menos tempo falando abobrinhas e escrevendo bobagens por aqui. Não quero choro, nem vela, aproveitem os links aí do lado, todos são jóias raras. Ou então desliguem o computador e leiam um livro, ou vejam um bom filme, ou segurem a mão de quem vocês amam e saiam para ver o sol...
Estas dicas na verdade são para mim. Eu é que estou precisando desligar o computador, ler um livro, e sair para ver o sol.
A cerveja acabou.

Amo vocês. Valeu.

P.S.: O termo "Perhappiness" não tem tradução. É uma criação do Paulo Leminski. Perhaps + Happiness = talvez felicidade. Leminski é bom até em outra língua.

P.S.2: A ilustração é de Edward Hopper, chamada New York Movie. Melancolia pura.

P.S.3: A epígrafe deste post é um trecho de "Knock Me Down", do Red Hot Chilli Peppers.

Thursday, August 02, 2007

envuelto en tristeza

O Tédio, velho de guerra, veio me visitar novamente.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?