Sabe quando você fica feliz de ver os amigos trabalhando e se realizando?
Pois é. Fico com vontade de compartilhar estas coisas. E a Karina Lacerda começou produzir chamadas para a Rede TV. Saca só:

Daniel Martins e seus meninos de ouro rumam para o sul. Se apresentam amanhã e depois na mostra aberta do consagrado Festival de Curitiba.

Confiram aqui os horários e tenham um bom espetáculo.

A tradução acima é do Joca Terron. Tirei de um post daqui de 2007, mas acho que vem a calhar com os últimos posts com dicas para o Francisco, traduzidos por mim daqui. E também porque a Fabiana leu recentemente O Enigma da Pedra e fez este post aqui.

Joca Terron usou a Mafalda para descrever o que sente

Homenagem de Fabio Rex

Los 3 amigos (Angeli, Adão e Laerte) com a caricatura do Glauco

A graça maior de ser adulto é não ser criança e poder realizar os desejos quando nos dá vontade sem ter que esperar pelo aniversário ou pelo natal no fim do ano quando ainda estamos em março.

Amanda Vox escreveu um post sobre realizar certos desejos e me fez lembrar de um grande amigo que não vejo há anos: o Cairo.
Tudo o que ele falava tinha uma certa poesia, às vezes tosca é verdade, mas muitas vezes singelas e de tão simples se tornavam encantadoras. (Quando escrevo vários adjetivos em uma única linha começo a desgostar do texto, mas eu sou assim, hiperbólico e não economizo adjetivos para descrever queridos amigos ou a arte deles.)
Uma vez estava na casa dele lá no Japão, com o Fabião Sakoda, e tinha uma macarronada para o almoço. Estava uma delícia e o Jones, o filho do Cairão, comentou algo sobre a comida. E foi então que o Cairo me contou sobre a relação da macarronada com a infância; história que me fez pensar em escrever estas linhas neste post.

Quando criança, Cairo adorava macarronada, mas domingo era o único dia que podia se deliciar com este prato. A razão não era clara, só se dizia que domingo era dia de macarronada. Era um suplício esperar segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado para poder apreciar um macarrão com carne e molho de tomate. Depois de adulto, dono da própria casa e do nariz, ele me disse que qualquer dia podia ser domingo.

É um menino!
Serei pai de Franciso Fioretti de Moura Shiraga.
O nascimento do Francisco está previsto para 29/07/2010.
Baita emoção, povo.

Sem mais para o momento, deixo vocês com este coral de crianças cantando a melhor música de 2009: Lisztomania, do Phoenix.

Sei que estou monotemático.
Mas é tudo novidade.
Estou curtindo todas as fases deste bebê que cresce na barriga da Fabiana a cada dia que passa.
Fomos para Serra Negra neste final de semana. Chegando na casa da minha mãe, ela abriu o portão, nos viu, mas foi direto para a barriga da Fá. A última vez que fomos lá foi no final do ano, a barriga ainda era pequena.

Um parêntese fora do contexto: Na TV passa o Oscar 2010; deve ser o ano de Avatar mesmo, mas minha torcida fica para o roteiro de Nick Hornby (An Education) porque eu sou fã do cara, e pelo fodástico Bastardos Inglórios, do Tarantino.

Eu queria comprar algo para o bebê. Agora o bebê tem uma manta de microfibra, uma roupa chamada body e um conjunto com pantufas, luvas e gorro. Vi várias coisas bacanas, inclusive uns carrinhos que mais parecem naves espaciais. Nunca imaginei que o comércio para bebês fosse tão forte assim. Só vivendo a situação para entender melhor a coisa, né?

A questão é que hoje a gente viu muita roupa legal para a Isabel e outras também ótimas para o Francisco. A Fá tem o pressentimento que será Isabel; mas eram as roupas de Franciso que mais chamavam sua atenção.

O Léo, filhão da Fá (que criou um blog sobre esporte), quer um irmão. Os avós, pelo que percebi, querem uma neta. Eu estou extremamente ansioso. E nós saberemos o sexo do bebê daqui 12 horas.

Alguém aí ajuda acelerar os ponteiros dos relógios?

Enquanto isso, em Natal/RN, os padrinhos e o avô avisam que o tempo por lá está ótimo e o camarão está delicioso. Fotos da viagem entrarão aqui.

Eram nove horas da manhã de um domingo da primeira quinzena de novembro. Abri os olhos, olhei para o lado; Fabiana estava acordada, me olhando. Perguntei: fez xixi?
Ela respondeu que sim. Às seis e meia. E o que foi que deu?
Nada, ela disse. Não deu nada? Perguntei de volta. Ela fez um muxoxo.
Deu positivo. Ah é!? Deixa eu ver!
Ela me passou o exame de farmácia; explicou que se aparecessem dois risquinhos significava que ela estava grávida. Limpei os olhos e olhei novamente para aqueles dois riscos vermelhos ali naquele palitinho que compramos na farmácia no dia anterior.

Olhei para a minha namorada que parecia pálida, mas estava mais linda do que nunca. Dei-lhe um beijo e tive que deitar novamente porque minha cabeça parecia girar. Nunca senti aquilo antes. Talvez se comparasse com a ressaca mais forte que tive na vida; mas não é a mesma coisa. Existe uma palavra que aprendi estes dias: inexprimível. A palavra é ótima, e explica o que não se pode dizer.

Estávamos na casa da minha mãe, em Serra Negra, era uma manhã agradável, mas o mundo ao meu redor não existia naquele momento, o mundo todo tinha desabado na minha cabeça. Um filho! Meu Deus! Eu vou ser pai, vou ter um filho! Só então entendi que aquela sensação do mundo girar era toda uma responsabilidade que caia sobre mim, naquele momento em que descobrimos, via dois riscos vermelhos em um palitinho de farmácia.

A Fá quis se mostrar mais forte que eu. Falou que assumiria o bebê e que eu poderia seguir com os meus planos de fazer a faculdade, viajar depois, trabalhar com música (continuar minha vida de adolescente, acho que foi isso o que ela quis dizer). Obviamente eu não aceitei sua proposta indecorosa. Escuta aqui, eu te amo e agora estou mais feliz ainda de saber que vamos ter um filho! É tudo o que eu mais quero! Tudo bem, eu também quero fazer a faculdade, viajar e trabalhar com música, mas a partir daquele momento em que vi os dois riscos vermelhos, a minha vida mudou como nunca antes havia acontecido. Eu estava feliz e apavorado.

Discutimos por duas horas antes de sentarmos para o café da manhã. Sim, já era quase a hora do almoço, mas sentamos e conversamos com minha mãe como se não houvesse dois riscos vermelhos em um palito guardado na bolsa da Fabiana. Fizemos um acordo de só contar a novidade depois do Natal.

O dia passou tenso. Voltamos para Limeira, meu irmão no banco de trás do carro conversava e nós nervosos, vez ou outra ela suspirava. As horas passavam pesadamente. O bebê jamais foi indesejado, mas veio inesperadamente e a gravidez e tudo o que ela traz nos deixava assustados. Passamos pela primeira semana muito unidos. Era como se fossemos a Fá, o bebê, eu e do outro lado estivesse todo o resto do mundo. Mas eu precisava compartilhar a novidade.

Algumas semanas depois (não sei precisar quantos dias ou quantas semanas se passaram) resolvemos que precisávamos contar para os nossos pais. E foi aí que eu me senti grávido, quando pude chorar abraçado com nossos pais, após contar que a família estaria maior, em breve.

A outra versão sobre o nosso amado bebê foi escrita pela Fabiana. Leia.

Oliver Mann e sua reprodução de imagens à moda antiga.
Clique nas imagens e conheça mais de seu trabalho.
Pode parecer óbvio, mas ouvia canções do album Blue de Joni Mitchell enquanto via as fotos em blue de Oliver e minha percepção desta tonalidade ficou mais aguçada.