Thursday, February 26, 2009

nós

a mulher ama
da cintura pra cima
o homem ama
da cintura pra baixo

resultado:
uma pessoa inteira
mas sem pé nem cabeça

Direto do blog da Alice Ruiz.

Wednesday, February 25, 2009



Sábado de carnaval, o sol batia forte na janela do meu quarto, me preparo para viajar, coloco a mochila no carro e parto rumo à São José dos Campos.
Não, meus caros, eu não fui pular o carnaval por lá. Era um dia especial para minha querida amiga Amanda Vox, que comemorava sua união com sua alma gêmea: o Dominic.

Vamos abrir um parêntese sobre a sorte aqui.
Sem querer a gente acaba apresentando os amigos via blog. Acho que amigos de blogueiros acabam virando personagens de suas histórias descritas. Creio que a Amanda é um exemplo bacana. Fiel visitante deste humilde blog, que muito me honra com seus comentários, me acompanha desde os tempos do meu antigo blog quando postava direto de Londres.
Nos conhecemos lá, mais precisamente na Harrow Road, na loja onde trabalhamos juntos. O Clenio (my boss) me ligou dizendo que a Amanda iria lá fazer um teste para trabalhar conosco na loja especializada em música brasileira. Ela chegou e a empatia foi imediata. Falava inglês, gostava de música, era beatlemaníaca, tinha boas referências de lugares e pessoas no Brasil e tirou da mochila um livro do John Fante. Estava contratada.
Agora no casamento, ela me apresentou para uns amigos dizendo que foi uma sorte ter me encontrado lá, porque além de descolar um trabalho, ela conseguiu um flat para morar. Sim, porque na capital inglesa também dividimos um flat com mais outros aliens.
Mas eu digo que a sorte foi minha de ter conhecido esta figura gente finíssima e talentosíssima.
Amanda passou alguns meses em Londres, me deixou o “Espere a Primavera, Bandini”, do Fante, e voltou para o Brasil para terminar o curso de Letras na USP. Mantivemos contato e, quando retornei, nos encontramos duas vezes: uma em um festival no Sesc Pompéia e outra antes dela retornar para Europa.
Fecha o parêntese sobre a sorte.

Amanda tinha enviado um e-mail convite para os amigos: primeiro alertando para não aparecerem com vestidos de festa ou coisa do gênero se não quisessem pagar mico, pois seria um churrascão para comemorar o dia; depois dando as coordenadas, com um estilo único, para chegar no belo sítio Morada do Sol.
Não foi um churrascão, foi uma festa charmosa para poucos convidados, o que dava um ar mais aconchegante. As famílias, alguns amigos dele e alguns amigos dela. Me senti mais feliz ainda de estar ali no meio. Enquanto tomava um prosecco e curtia a visão que o sítio proporcionava, o som que rolava lembrava trilha sonora de filme do Woody Allen, como bem observou a Ana.

Conheci o Dominic, que é muito parecido com Amanda, e eu não estou falando só do rosto dos dois, acho mesmo que foram feitos um para o outro. Ele é poeta, parece calmo e no seu jeito tranqüilo de falar, quando Amanda nos apresentou, soltou: oh, you’re the nowhere man!
Dominic é fã de Dylan. Já gostei mais dele. ;-)



Dentre os amigos da Amanda, conheci o André e a Ana Luiza Pimentel, que formam o Drosóphila; conversei com outra cidadã do mundo que passou mais de uma década na Austrália, a Ana Paula que namora o Toninho que é fundador e organizador da casa Hocus Pocus. Estes caras foram os primeiros a levar Mallu Magalhães para um show fora de São Paulo! E por último, mas não menos importante, conheci a Carol High School Musical Calheiros, que hoje trabalha em um seriado na Disney Channel.

Gente fina é assim mesmo, só tem amigos legais, e a Amanda ainda tem parentes que tocam e fazem um show mesmo. E eu também curto conhecer os pais dos brothers, que explica muito porque as pessoas são como são. A mãe da Amanda organizou boa parte da festa, que como já disse, foi charmosíssima, e o pai além de ser divertido é fã de Belle & Sebastian!

Eu degustava umas cervejas e um bom whisky escocês, e o pessoal sobe no palco e apresenta bons rocks. Mais tarde, vestida com óculos de Bob Dylan, Amanda empunha a guitarra e toca suas composições: Chantepleure e seu hit.


Foi uma festa de casamento bem linda, bem a cara deles, bem bom.
Depois da lua de mel na Bahia, o casal parte para Lisboa e deixa saudades para os amigos no Brasil.


carnaval na estrada

Depois de uma tarde regada à cerveja, prosecco e whisky, achei que seria conveniente que eu dormisse em um hotel próximo ao sítio. Fiquei por lá e dormi com a tv a cabo ligada como abajour.
Acordei com um documentário sobre Cartola na tv. Juntei a bagunça, joguei no carro, liguei o som e peguei a estrada. Logo na primeira placa que vi Atibaia, liguei para o Suzuki e o convidei para um lanche. Ele me encontrou no centro de Atibaia e me levou até um clube de vôo livre da cidade. Comi e observei alguns caçadores de emoção ali voando e descendo como aves no gramado do clube. O Suzuki trombou um antigo brother que é instrutor ali e que tem um nome fora do comum: Islon Lennon. Saí de lá com vontade de voltar um dia para saltar.



[o Suzuki e seu amigo Islon Lennon]


Pé na estrada. Tenho curtido demais os sons selecionados no meu pen drive e preciso fazer um post sobre isso logo mais.
Estava na Dom Pedro I, sentido Campinas, e aí vejo uma placa dizendo que as cidades do circuito das águas estavam próximas. Domingo era aniversário do Adriano e eu tinha combinado de tomar umas com ele à tarde. O Biajoni tinha me convidado para dar um pulo em Sampa tomarmos umas com uns blogueiros de lá à noite. Mas fazia meses que não via minha velhinha.

[cumprir os compromissos etílicos ou passar uns dias com minha mama?]


Estou em Serra Negra escrevendo offline enquanto espero a chuva passar para pegar a estrada de volta para Limeira.


quarta-feira de cinzas e ressaca

Mal cheguei em Limeira, depois de pegar um baita toró na estrada, e o Biajoni me convida para tomarmos umas. E foi bom para botar o papo em dia e ficar sabendo de várias novas como o seu novo romance que já tá na mão dele para revisar.
Hoje vou ter que descansar e ficar de molho para recarregar as energias, mandar a ressaca embora porque o ano começa depois do carnaval, certo?

Sunday, February 22, 2009

radiohea_d

Faltam 4 semanas para o show.


2+2=5

Thursday, February 19, 2009

there's a light that never goes out

Meu pai passou pela cirurgia a laser, para o tratamento do glaucoma, esta manhã.
Está tudo ótimo!
Daqui a pouco ele prepara o almoço aqui.
Obrigado pelos pensamentos positivos de todos.
;-)

Wednesday, February 18, 2009

eu devo estar doidão

E no twitter leio: LOLWILCO é o next big thing da internet.
Caio no link e bah, que engraçado. O cara deve curtir muito o Wilco e ter muito tempo para ficar procurando estas imagens e ligá-las com as músicas da única banda que importa de verdade. O responsável pelo site, parece ser o Chico Barney.
[please be patient with me]


Tuesday, February 17, 2009

away

É, eu tô sumido do blog, mas você sabe, tô me guardando para quando o carnaval chegar.
Enquanto isso, bato nas teclas twitando.

Sunday, February 15, 2009

radiohea_d

Faltam 5 semanas para o show.


This is what you get, when you mess with us
And for a minute there, I lost myself, I lost myself.

Friday, February 13, 2009

digestivo cultural


A Anny comentou no meu humilde blog e disse que chegou aqui através do Digestivo Cultural. Fui tentar entender como isso aconteceu e aí vi que o Julio Daio Borges deixou um link do meu querido blog na quarta-feira passada. Que bacana!
Obrigado Julio e benvinda, Anny! ;-)


eu gosto de cu_ritiba

Buscava o essencial da vida. Trabalhava eu na loja de discos em Londres. Entra um sujeito com calça de couro e um cigarro na mão. O cabelo pintado de amarelo me deixou com vontade de pedir para o cara apagar o cigarro porque ali era proibido fumar, mas ele não me deu tempo de falar. Interrompeu meu pensamento dizendo: "Vejo que o Clenio não está aqui, mas você sabe que horas ou como é que posso encontrá-lo?" Eu estava tão acostumado a receber malas que procuravam pelo meu chefe que disse que se quisesse encontrá-lo seria mais fácil deixar um recado comigo. O Clenio estava no Brasil, e a loja continuava lá na Harrow Road em Londres. O sujeito do cabelo amarelo disse que era um amigo pessoal dele e queria trocar uma idéia com meu chefe. Eu disse "ok, qual o teu nome?". Ele responde: "Fernando". E eu, com cara de tédio: "Fernando do que? (porra, fala logo e vaza.)". E ele: "Naporano" e de fato ele saiu da loja. Click, fez a mente. Google. "Caralho", pensei e trin trin trin ou qualquer que seja o som de um telefone. Alô? E na linha tupiniquim falava meu chefe: "Fábio, é o Clenio, tudo certo por aí?" Falei de tudo que rolava na loja e no final disse que um tal de Fernando Naporano passou procurando por ele. "Pô, Shiraga. Este cara é gente fina, vale trocar uma idéia com ele. Jornalista, crítico musical, você vai curtir..." Puta que o pariu, pensei, acabei de "tocar" da loja o cara por conta do cabelo amarelo e o cigarro aceso na mão.
Dias se passam e ele reaparece na loja. Mais uns dias e nos tornamos conhecidos. Começo me divertir com as histórias que ele contava quando por lá passava. Ele começa mandar e-mails muito mau humorados, mas que me divertiam demais nas tardes frias de Londres. Mais umas semanas e rola a possibilidade de rachar o aluguel com ele, mas renovo o contrato do flat onde morava e fico por lá mesmo morando com meus queridos flat mates. Canto a bola para Marcio Custódio que vai morar com o vocalista da banda cult Maria Angélica (não mora mais aqui).
Hoje ele reaparece em uma matéria da Folha de Londrina. Soube por um link do Trabalho Sujo.
Fico feliz de saber que Fernando Naporano tem o essencial da vida. Ele é normal em Curitiba. E viva Rita Lee!


[naporano e eu, no fundo o produtor inglês will mowat]



Thursday, February 12, 2009

bala na agulha

Marcelo Rubens Paiva está com um blog e este cara certamente tem bala na agulha para mandar vários posts maravilhosos como este intitulado "DEUS who?"
Vou pensar aqui nas minhas razões para acreditar em Deus, mas enquanto isso veja o que ele escreveu. Inspirado, diz aí.

Razões para se acreditar em Deus:

1. Brigitte Bardot
2. Baía da Guanabara
3. Os olhos de Elisabeth Shue
4. Maiakovski
5. Truffautt
6. Culinária italiana
7. Vinho
8. Nha Benta
9. Nona de Bethoven
10. O porre de tequila
11. Dostoievski
12. Papelaria
13. Strip de Natalie Portman em Closer
14. Paris
15. Pré-socráticos
16. A invenção do I Pod
17. Feriado prolongado em São Paulo
18. Shakespeare
19. Jimi Hendrix
20. Juan Miró
21. Amigos
22. Mar do Caribe
23. Água de coco
24. Arara
25. Thelonious Monk

Razões para não se acreditar em deus:

1. Como Brigitte Bardot envelheceu
2. A poluição da Baía da Guanabara
3. O ostracismo de Elisabeth Shue
4. Zorra Total
5. Axé Music
6. Camarão estragado
7. Odor do Tietê
8. Tudo que é bom engorda
9. Surdez em Bethoven
11. A ressaca de um porre de tequila
12. Gasolina adulterada
13. Closer, o filme
14. Xenofobia
15. Inquisição
16. Celular num elevador
17. As calçadas paulistanas
18. Fundamentalismo
19. Preço dos CDs
20. Pernilongo
21. Plantações de soja
22. Ciúmes
23. Colesterol
24. Sabiá cantando de madrugada
25. ABBA

Wednesday, February 11, 2009

140 caracteres

Vi o Wall.e. Esta animação é 2001 + Admirável Mundo Novo, não é?
Vou sair da frente do computador e procurar me exercitar. Depois da pizza.

Follow me on twitter.

Tuesday, February 10, 2009

o elo perdido

Para os fãs de Mutantes, mas principalmente para os seguidores de Arnaldo Baptista, o jornalista Alexandre Matias deixa o link de O Elo Perdido e Faremos Uma Noitada Excelente, dois discos que faltavam para a minha coleção e que ainda não tinha ouvido. Em outro post, Matias ainda apresenta um curta com os Mutantes circulando pela cidade, que eu também não conhecia.
E por falar em não conhecer, outro dia passeava pela feira da Benedito Calixto e vi um CD do Rogério Duprat chamado A Banda Tropicalista do Duprat (thank you, Jan!), com os Mutantes. Devia ter um nome como A Orquestra Mágica de Rogério Duprat ou algo assim. Será que é fácil encontrar este disco? Pedi um desconto lá na feira, mas o cara não quis ajudar, então eu deixei de comprar.
Posso ficar anos sem escutá-los, mas quando alguém chega falando deles ou apresenta alguma "novidade", eu me emociono de novo, porque como Caetano já dizia: os Mutantes são demais!

Sunday, February 08, 2009

radiohea_d

Faltam 6 semanas para o show.


A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal.

Saturday, February 07, 2009

smiles from ear to ear

Somos amigos de adolescência. Hoje nos falamos via blog, orkut e twitter. Estamos sempre trocando sugestões e conselhos e dicas de eventos, bandas, discos, filmes, etc e tal. Nós somos superficiais e assim como certo personagem de Nick Hornby nós tiramos muitas conclusões sobre as pessoas pelo que elas ouvem, lêem e assistem.
Aqui neste post ela dá um gostinho da escrita bacana que ela tem. Mas você pode provar a leitura, quase que diariamente, no blog cheio de som e fúria dela. Acabei de ler o que ela escreveu e estou aqui com um smile from ear to ear.
É com grande alegria que publico o texto da Karina sobre o show da minha banda favorita do momento. Coloque o disco para tocar e siga lendo.

Little Joy!

trilha sonora para um domingo de sol,
a beira da praia

Com um pouco mais de 30 minutos de atraso sobem ao palco do Clash Club Rodrigo Amarante, Fabrizio Moretti e Binki Shapiro. O público, até então comportado, dá seus gritos e flashes como forma de boas vindas. Dava pra ouvir um ou outro órfão do Los Hermanos pedindo "Sétimo Andar", "Paquetá". E o clima era bem esse, de público dos show dos hermanos. Uma guria que me chamou a atenção foi um cover mais velho da Mallu Magalhães, que dançava sozinha de costas pro palco. Acho que ela estava no show errado.

Apesar da simpatia do Fabrizio, com um português impecável de sotaque carioca, a noite era do Amarante. Ele conversava com o público, admitia a falta de repertório, e era de longe o mais empolgado. Agradeceu o público pela presença mais de uma vez, e parecia mesmo feliz em estar de volta em palcos paulistanos.

O ambiente, um antigo galpão de fábrica, fechado e fumacento, não parecia se adequar a música. Não dá pra fugir do clichê, o som tem um clima que serve como trilha sonora para um domingo de sol, a beira da praia... Pra mim, o lugar perfeito para um show deles seria um Sesc, todo aberto, numa manhã de sol.

Binki parecia entediada. Falou pouco, sempre muito séria, e sentava nos intervalos entre as suas intervenções. Ela se divide entre o teclado, o xilofone, a escaleta e a observação. Não pude deixar de imaginar a Binki como uma espécie de Rita Lee sem o apelo pop. Ou talvez ela só estivesse deixando o caminho livre para os meninos brilharem em terra brasilis.

Aos espectadores do terceiro dia (de shows em SP) não houve muito improviso ou covers, mas ganhamos a audição de uma música nova ainda sem nome. O clima catártico dos shows dos Hermanos esteve presente quando a banda tocou Brand New Start e No One's Better Sake, com todos cantando juntos em uníssono.

O show curtíssimo ainda teve direito a um pequeno bis, com Amarante de volta ao palco como um trovador solitário, só com sua guitarra, para cantar a única música em português do álbum do Little Joy, Evaporar. Em tudo lembrava Los Hermanos, mas Amarante parecia muito mais satisfeito e contente no palco do que antigamente.

Não foi um grande show, mas foi perfeito pra deixar todo mundo com um sorriso estampado no rosto, e uma vontade grande de ouvir mais um pouco, no caminho de volta pra casa.

[karina lacerda]

Sunday, February 01, 2009

radiohea_d

Faltam 7 semanas para o show.


I wish I was special.

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