Wednesday, May 30, 2007

a day in the life

Cada dia que passa é mais um dia que passa, para onde o destino me leva eu não sei, eu ando pela cidade...

Tem dias normais que são bacanas, como quando no meio da tarde fria você recebe uma ligação de uma amiga de infância que está em uma cidade que não tem frio! Eu não tenho noção destas coisas, mas a Círia me contou que em Belém faz mais de trinta graus (na sombra!). Não tem frio, só tem chuva.

Voltei pro trabalho bem agasalhado e no lugar de água, tomei chá quente durante a aula.

Aí chego em casa, checo meus e-mails e tem notícias da menina que foi meu anjo da guarda logo que cheguei em Londres. Sim, anjos existem. Eu estava há duas semanas naquela cidade louca, e a Letícia me descolou um trabalho e um amor de verão direto da Bélgica. Vai dizer que não é coisa de anjo? E fiquei feliz de saber que ela lê o blog! Beijo procê, Lele!

E o trabalho lá era jóia, com o chefe mais louco que já tive, e hoje a esposa dele me manda novas da Espanha, dizendo que aguardam uma visita. É isso aí, os caras estão morando em Marbella. Há dez minutos da praia, em uma casa com piscina, procurando tranquilidade depois de uma década morando no caos delicioso de Londres.

Sempre me perguntam de Londres. Folheando uma Speak Up na escola, encontrei este site aqui sobre o paraíso. Check it.

Já fez seu voto para eleger as sete novas maravilhas do mundo? Clique aqui e faça sua escolha.

Pelos bares da cidade, conheci um figura de Limeira que também morou em Londres. Mas em época diferente. O cara é fotógrafo e em julho está de partida para um cruzeiro. Ele andou me dando umas dicas tentadoras sobre trampos em navios. Visitei todos os sites que me recomendou, até rabisquei uns papéis aqui com planos, datas e tals. Porém eu notei que criei mesmo raízes aqui. Não sei se isso é bom ou ruim, porque sempre parto antes que comece a gostar de ser igual, qualquer um, me sentir mais uma peça no final...O nome dele é Igor Santucci, e tem umas fotos ótimas aqui, como esta que tirou quando estava de passagem pelo Alaska.


Este mundão é bem mais que um grande pão com manteiga, café e com leite. E sete é um número pequeno para as maravilhas, não é não?

Vou lá jantar.
Ei, você tem fome de que?
Já leu a revista lasanha? É de se lamber os textos.

Foi só mais um dia, mas foi jóia. E eu li as notícias, oh boy.

Tuesday, May 29, 2007

cara nova

Consegui tirar aquele laranjão aí de cima e coloquei o Edward Hopper graças à ajuda da grande Dre Nobre!

Valeu, moça!

Hoje tem lançamento do Rato, no Rio de Janeiro!

Sunday, May 27, 2007

a sem-vergonhice não tem limites

Li no blog da Clarah:

O Senador Marcelo Crivella está prestes a aprovar, no Senado Federal, uma emenda à Lei Rouanet que permite a construção e reforma de templos religiosos com renúncia fiscal, passando a disputar verbas com a cultura. Pode? Não pode. Mas não pode mesmo.
Quem for contra (fala sério... Quer dizer, o cara é sobrinho do EDIR MACEDO) deve se manifestar o quanto antes. Assine a petição no site e repasse a informação a todos os seus contatos.

Quem quiser saber mais, aqui.


[clarah averbuck]

***


expocom

Fico feliz de ver dois amigos premiados na Expocom Sudeste 2007 (Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação).



***


you're always right

Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
longe demais
(...)


***



dicas musicais

Preocupados com o que ando ouvindo, Biajoni me apresentou Vic Chesnutt e Brigatti me mandou o link dos ingleses The View.
Ok, guys, eu já não ouço mais Cansei de Ser Sexy há dias.

Ainda falando destes dois figuras:
O Biajoni ganhou resenha de Caco Ishak na revista Outra Coisa para o seu primeiro livro, o Sexo Anal. E agora divulga o lançamento de seu segundo: "Virgínia Berlim - Uma experiência". Boa sorte na nova empreitada, meu velho!

Brigatti pediu para que eu indicasse um livro indispensável para publicar em sua coluna no jornal Todo Dia.
Recomendei Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Este é indispensável!
E agora me desculpem, mas preciso ir ali tomar meu soma.

Aquele abraço! Semana que vem tem mais, ou não.

Saturday, May 26, 2007

dois seres do futuro discutem o presente no passado



a revolta dos mortos-vivos ou se clarice lispector e lucio cardoso cantassem


- o encontro dos compositores e escritores Luís Capucho e Mathilda Kóvak,
autores da canção "Máquina de escrever".


O coração de ambos é uma máquina de escrever, como proclama a canção da dupla gravada por Pedro Luís & A Parede e por Patrícia Ahmaral, que figurou entre as mais tocadas nas chamadas FMs adultas do Brasil.
Luís Capucho acaba de lançar o romance "Rato", pela editora Rocco, e já foi gravado por nomes como Cássia Eller, enquanto Mathilda Kóvak, autora de seis livros infantis, dos quais já vendeu 75 mil exemplares, e um sétimo, que sai também pela Rocco, em outubro, já foi gravada por Rita Lee, Luís Melodia, Fernanda Abreu, Marina, Zeca Baleiro e mais um sem-número de mavericks da música brasileira. Ambos assinam ainda seus respectivos CDs: "Lua Singela" e "Mahatmatilda: a evolução de minha espécie".
Donos, portanto, do que Clarice Lispector - de quem Mathilda é sósia no semblante, e Luís, no sobressalto - chamou de um coração inteligente, que escreve canções, livros, roteiros e congêneres, estes dois autores resolveram se encontrar neste fim dos tempos, para celebrar a sobrevivência, arte na qual são bastante versados, num show lítero-musical, para comentar a paisagem contemporânea, observada de suas lunetas fincadas num futuro de quem já experimentou a destruição e sobreviveu.



O show prevê a execução de suas parcerias musicais, entremeada por considerações sobre o tempo e a loucura, numa brincadeira com a psicanálise, uma vez que Luís Capucho já foi comparado a Freud, em tese de mestrado da PUC, por seu primeiro romance "Cinema Orly", ed. Ficções do Interlúdio. O show musical, de densa veia literária, distribuída no sistema vascular desses dois decanos de um movimento artístico, confirma o vaticínio de Nietzsche: "no futuro, os filósofos cantarão e dançarão." São eles os pensadores do futuro, cujo pensamento ganha terreno no território da literatura e da música.
Disse ainda Clarice que "o futuro da tecnologia ameaça destruir tudo o que é humano no homem, mas a tecnologia não atinge a loucura: e nela então o humano do homem se refugia." E Luís, por sua vez, em "Rato", define "louco" como um adjetivo que damos àquilo que não compreendemos.
Este será, pois, o encontro de dois "loucos", que preservaram no reduto insano de seu pensamento a centelha agonizante da humanidade.
Já que ninguém está entendendo nada do presente, eles vieram do futuro para explicar, numa mostra que coaduna suas vozes, seus violões, sua performance de autores-personagens.

Quem quiser sobreviver, verá.

[mathilda kóvak]



Repertório:

- Auréola (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Bengalinha (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Sucesso com sexo (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Cuco (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Algo assim (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Os gestos das mulheres (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Vai querer (Luís Capucho – Suely Mesquita)
- Maluca (Luís Capucho)
- Americana (Betti Albano – Mathilda Kóvak)
- Quero ser sua mãe (Luís Capucho)
- Todos (Mathilda Kóvak)
- Bichinhos (Luís Capucho)
- Máquinas me respeitem (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)
- Máquina de escrever (Luís Capucho – Mathilda Kóvak)

Tópicos:

- A sobrevivência do mais fraco
- A piscina e seus pecados capitais
- O controle do tempo
- A loucura e o tempo
- O sexo dos anjos

Serviço:

dia 3 de julho no Armazém Digital, no Leblon - Rio de Janeiro

***


Mas antes de ver o pocket-show destes dois grandes figuras, você pode trocar uma idéia com Luís no lançamento do "Rato":


Luís e Mathilda,
meu coração já era quando ainda não era a palavra emoção,
mas há palavras no meu coração, letras e sons, brinquedos e diversões.
Que passem as paixões, que fiquem as canções.
Nos poemas, nos batimentos das teclas da máquina de escrever.
Vocês bateram nestas teclas e entraram há tempos para a minha história.
Flores e todo o sucesso do mundo para vocês!

Friday, May 25, 2007

a cabeça é a ilha


"Não se pode fazer nada sem a solidão."

Pablo Picasso



by Andre Dahmer

Tuesday, May 22, 2007

dogma 95

A primeira vez que ouvi falar do Dogma 95 foi quando estive em Sampa, assistindo uma palestra de Jack Scholes, um britânico que fala sobre gírias e novidades na língua inglesa.
Mas não foi na palestra que ouvi sobre este movimento criado pelos dinamarqueses Thomas Vinterberg e Lars Von Trier.

Foi o Miranda quem me contou um pouco sobre, me indicando um dos filmes deste movimento cinematográfico.
O Miranda é um camarada daqui de Limeira que conheci no dia da palestra do Jack enquanto viajávamos no carro juntos com outros professores da cidade.


E o filme que ele recomendou foi Os Idiotas, de Lars Von Trier. É o segundo filme do movimento. Por que segundo? Porque eles são todos numerados conforme recebem o certificado. E para receber este carimbo, precisam assinar o voto de castidade.
Basicamente podemos usar a frase de Glauber Rocha ["uma câmera na mão e uma idéia na cabeça"] para descrever o que estes dinamarqueses criaram com este movimento. Vamos nos libertar das regras técnicas, vamos atrás da busca pela verdade. Porém existem regras, tais como: não utilizar trilha sonora, filmar apenas com o equipamento na mão, não utilizar iluminação artificial e coisas do gênero. Enfim, um cinema novo com mais firúlas.

Sem saber que o filme fazia parte deste movimento, eu já tinha assistido há anos o Italiano Para Principiantes, de Lone Scherfig. Este também dinamarquês, recomendado pela minha primeira tutora de películas: a Jan.


Mas eis que consigo aqui em Limeira, diretamente da mão de um camarada o Dogma #1, o Festa de Família, de Thomas Vinterberg. Era um filme que eu estava louco para ver, agora já conhecendo um pouco sobre o movimento, e o Oliver lança na minha mão esta obra-prima.
Sim, uma obra de arte, um filme excepcional! Os ingleses diriam: Outstanding! E colocariam cinco estrelas na capa.
Gostei dos outros dois que assisti, roteiros ótimos, histórias chocantes, mas o Festa de Família, além de ter isso tudo, agrega também uma ótima produção, apesar de todas as regras.

No final da palestra, Jack Scholes disse que em um Oscar, uma atriz inglesa ganhou como revelação e não sabia o que dizer, estava tão emocionada e soltou a seguinte frase: "It's the dog's bullocks!".
Imagino como o intérprete deve ter sofrido, ao vivo, para passar isso para o português.
O palestrante explica: "the dog's bullocks" são os testículos do cachorro. As bolas do cachorro ficam para fora, concordam? Se fica para fora "it stands out", o que seria outstanding. Logo, "the dog's bullocks" é o mesmo que "outstanding", que significa excepcional!
Eu traduzo isso como DO CARALHO!

É isso aí, um viva para o Dogma 95 com seus filmes que são simplesmente as bolas do cachorro!

Monday, May 21, 2007

monday sucks

Tem uma porção de coisas que andam rolando por aqui, apesar do tédio.
Porém quero terminar a leitura d'O Castelo, do Kafka, e tem mais o trabalho e outras coisas que preciso fazer fora da internet, então vou combinar com vocês um post por semana, que tal?

Prometo um para amanhã.


Friday, May 18, 2007

telemarketing do senhor

Hoje cedo me ligaram de um banco para oferecer um cartão de crédito.
Geralmente eu não deixo a operadora nem completar aquela primeira frase (aqui quem fala é x, do banco y, e o sr. foi sorteado e vai ganhar z) e desligo dizendo que não quero. Hoje cedo estava entediado e com paciência para conversar um pouco. A operadora de telemarketing tinha apenas um argumento para oferecer o cartão: cobravam apenas 5% de juros, enquanto os outros cobram 12%. Eu disse que não pago juros do cartão, logo esta não seria uma vantagem para mim, porque sempre pago o valor total da fatura.
E ela: _ Graças à Deus, sr. Fábio.
Eu: _ Não! Graças ao meu trabalho, Deus ainda não paga minhas contas.
Ela: _ Sim, mas Deus está sempre nos ajudando.
Eu: _ Amém!
Tentou ainda me oferecer um outro cartão que talvez pudesse me interessar. Mas não convenceu. E ela voltou a falar dos juros mais baixos que a maioria dos cartões.
Eu: _ Mas eu já te disse, que graças ao meu trabalho e à Deus, eu não pago juros.
Ela: _ Amém!
A pobrezinha já não tinha mais o que dizer, mas eu não desliguei o telefone. Pensei em utilizar a técnica de uns ativistas holandeses contra o telemarketing, mas ela pareceu muito boazinha e achei melhor dar adeus.
Eu: _ Olha, não me convenceu. Fica para uma próxima vez quando tiver um cartão melhor.
Ela soltou a frase automática deles, dizendo que o banco tal agradece e deseja um ótimo dia e etc e tals.
Eu: _ Que Deus lhe abençoe.
Ela: _ Amém!

Para quem, assim como eu, não tem mais paciência com este tipo de serviço que invade a tua privacidade nas horas mais inoportunas, utilize esta técnica aqui: mude o jogo.
Você pode se divertir e se sentir melhor depois de um papo com alguém que geralmente te incomoda.

E já que falamos de Deus, enquanto você espera uma ligação, fique com o clipe do Cuelho de Alice: Um Trago Com Deus.


Tuesday, May 15, 2007

a hora certa

O Jim Dodge escreveu. O Joca Terron traduziu. O Sérgio Mello postou no seu blog. O Mário Bortolotto não resistiu e postou em seu blog também. Eu copiei e colei só uma linha. A Dre pediu para colar o poema inteiro. E aqui vai:



Preceitos básicos e avisos adicionais a jovens escroques

Não tente roubar uma vaca maior que sua caçamba.
Não mostre seu rabo pra Polícia Rodoviária.
Negociatas longas com grana curta é prejuízo na certa.
Não confunda o Evangelho com a Igreja.
Nunca dedure familiares ou amigos.
Evite morar em qualquer lugar onde não dê pra mijar da porta da frente.
Só porque é simples não significa que é fácil.
Não deixe seu olho grande preencher cheques que sua barriga vazia não possa bancar.
Se você não a quer, não a provoque.
Não estacione entre dois cachorrões jogando sujo.
Qualquer um amassa tomates; o foda é fazer o molho.
Nunca se é pobre demais para deixar de prestar atenção.
Não remoa por aí suas paranóias.
Nunca durma com uma mulher que considere isso um favor.
Se for atingido por um valentão, dê-lhe a outra face.
Se rolar de novo, atire no filho da puta.
Manter é sempre duas vezes mais difícil do que conseguir.
Nunca atravesse uma cidade pequena a 120 por hora com a filhota do xerife nua na garupa.
Nunca registre o preto no branco.Se você não está confuso então não tá entendendo nada.
Amar é sempre mais difícil do que parece.

[Jim Dodge]


Do caralho, diz aí?
Mas o que eu acho mais foda ainda é como este tipo de poesia chega para mim. Li ali no blog do Marião e gostei muito. Aí de repente, do nada, lendo uma entrevista com o Fábio Massari no site da Livraria Cultura, ele recomenda um livro do mesmo cara:

Not Fade Away, de Jim Dodge – é, muito provavelmente, o livro mais espetacular que eu li nos últimos... dez anos?! Tradução já! Literatura (pós) beat de poesia on the road deliciosamente lisérgica... incrível. Leia.

Quero ver se consigo cair em Parati no início de Julho, para a FLIP e soube agora que Jim Dodge também estará por lá.

Veja você, nunca tinha sequer ouvido falar do cara, e em uma semana leio seu nome três vezes seguidas. Não é muita coincidência!? Mas coincidências existem?
É tempo de conhecer Jim Dodge. Nunca é tarde demais. Acho que agora é a hora certa.

Saturday, May 12, 2007

fight the real enemy


Thursday, May 10, 2007

jim dodge

"Se você não está confuso então não tá entendendo nada."

Li um poema do caralho no blog do Mário Bortolotto e este verso era tudo o que eu precisava.

Wednesday, May 09, 2007

o frio chegou

Hora de tirar as blusas do guarda-roupas e os CDs do Nick Drake da estante.

Monday, May 07, 2007

modern times

Crianças de um jardim-de-infância do subúrbio de Los Angeles voltavam para casa contando aos pais que havia um homem estranho tocando músicas assustadoras durante as aulas.
O homem que andou aprontando esta com as pobrezinhas era ninguém mais, ninguém menos que Bob Dylan. Here. Aqui.

Eu pensava que assustador era o que estas crianças ouvem hoje em dia.
De que vai servir nossas grandes coleções do bom e velho rock se ninguém vai querer herdar isso?


Sunday, May 06, 2007

segredo

Não espalhe, por favor, mas baixei o disco do Cansei de Ser Sexy e estou gostando do que ouço.

Tuesday, May 01, 2007

happy mondays

A Karina pegou o gancho do Coachella Festival para falar do Happy Mondays.
Ela anda empolgada com o blog e tá escrevendo sem parar! E como anda trabalhando na redação da TV Vanguarda, tá pensando seriamente em cursar jornalismo, como segunda faculdade. Eu apoio!
Agora, Programa do Tom, Karina!? Meu Deus! [risos]

E o título do post é Happy Mondays, porque minhas segundas são sempre tristes, mas esta segunda-feira começa em plena quarta-feira, então já é um bom começo de semana, fala aí!

***


A cantora e compositora Dulce Quental escreve para o Scream & Yell há um tempo e agora criou também um blog. O Caleidoscópicas. Recomendo a visita.
O editor do Scream & Yell, Marcelo Costa, além de usar o coração como máquina de escrever, presenteia os leitores com bons discos. Ontem soube que ganhei mais um CD da coluna dele. Desta vez é o Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, e pelo e-mail do Mac, acho que vem um outro brinde também, o Video Hits. Já aguardo ansioso pelo pacotinho. Adoro presentes!

***

vozes do brasil

A jornalista musical Patrícia Palumbo avisa que seu livro Vozes do Brasil está em promoção no site da Editora DBA. Nos sites por aí ele custa mais de R$50,00. Na promoção desta loja, você compra por R$25,00. Eu já pedi o meu, o único problema é que precisa fazer depósito bancário. Estou esperando uma resposta do site para ver se rola pagar pelo cartão.
Comprar sentado na frente do computador é muito mais prático e tem o prazo de 30 dias para conseguir a grana. Este plástico que carrego na carteira costuma ser mágico.

***

eu não compro roupa por isso que eu ando roto

Por falar em compras, domingo dei um pulo em Campinas para ver o show da Suely Mesquita. Como era um dia de folga, resolvi passar na fnac que fica em um shopping ali próximo do Espaço Cultural CPFL.
Fazia uns meses que não entrava em um centro de compras e, caros amigos, senti um certo nojo. Eu não sei se consigo explicar a sensação em palavras, mas era uma certa aversão do local, das pessoas que ali andavam, das luzes, dos vendedores, das sacolas da Zara, de tudo. Mas isso passou assim que mergulhei na seção de discos, dvds e livros de lá. É bom dar uma olhada nas prateleiras às vezes, para ver discos que preciso baixar por aqui, livros que posso procurar por aqui, artes que gostaria de conhecer melhor e tals.
A realidade é que eu estava sem um puto no bolso e acho que fiquei com raiva de tudo aquilo que não posso ter.

Já não bastasse a miséria
O pouco que se comer
Já basta ver nas vitrines
Coisas que eu nunca vou ter
Mas um dia eu ganho sozinho
Aí é que vocês vão ver
[...]
Eu tenho raiva do mundo
Eu tenho raiva de mim
Eu tenho raiva de tudo, tudo o que eu não posso ter


***

a virginia woolf do samba

O show da Suely Mesquita foi melhor do que eu esperava. Ela tem uma voz suave, doce, linda... E não é apenas a voz, ela é linda, alta e elegante. Foi apresentada ali na noite pelo crítico musical Zuza Homem de Mello. Ouvir as canções que conheço do site e também dos discos de seus parceiros (Pedro Luís, Luis Capucho e Mathilda Kóvak) foi tão bom quanto sonhos, sonhos, sonhos ou puro sexo puro sexo puro ou anjos musicais, como vozes que derretem, cantam...
Voltei renovado.


Suely e o querido Luís Capucho (já conhecido de vocês aqui do blog).

Mathilda Kóvak diz que Suely Mesquita é a Virginia Woolf do samba no release do disco Sexo Puro, porque ela é para a nossa canção deste início do século XXI, o que Virginia foi para o romance inglês.

***

ainda temos tempo

Semana passada também teve o papo com o jornalista, crítico de cinema e criador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff.
Eu ando super relapso, não carreguei nem caneta e nem papel para anotar as informações que rolaram durante o papo. Creio que renderam quase duas horas de histórias ali na lanchonete do Sesc Piracicaba. Leon falou de todo o seu trabalho com a Mostra, divulgou seu novo livro de crônicas, inclusive contando alguns trechos delas, como os dias que passou com Fellini, falou da dificuldade em conseguir exibir filmes durante a ditadura, e também como trouxe vários filmes usando malas diplomáticas.
Não anotei o papo, mas tem uma entrevista que o Jornal de Piracicaba fez aqui.
Perguntado sobre Piracicaba (eu ainda diria o interior em geral) não ter uma sala fixa de arte, Leon responde para o JP:
"O meu exemplo foi e segue sendo este: não espere que os outros façam aquilo que você quer que seja feito. É muito fácil cobrar ações de terceiros, especialmente com o poder que temos por ser jornalistas. Eu mesmo era vítima deste tipo de comodismo, cobrando ações de outros, até o dia em que percebi que isso era muito cômodo e que nada estava mudando com as minhas reclamações."



O que eu digo é que, mesmo tendo um grande figura como Leon Cakoff, falando de graça para o público aqui na região, éramos apenas quinze pessoas ali ouvindo suas histórias. É lamentável.

E ainda sobre não termos estes filmes mais bacanas por aqui, fiz uma rápida busca na internet e soube que O Homem Duplo, o "novo" (entre aspas porque ele era novo quando a Amanda comentou no ano passado, hoje ela já comprou o filme em DVD lá em Londres) filme do Richard Linklater (Antes do Amanhecer, Antes do Pôr do Sol, Waking Life, Escola do Rock, etc) está passando em... Fortaleza.
Comentando com uma amiga que também curte este diretor, perguntei: Será que chega por aqui no interior?
A resposta da minha amiga: E desde quando isso foi problema prá gente!?
E creio que ela tem razão, que ao menos no meu círculo de amigos aqui do interior, as pessoas já viram centenas de ótimos filmes, independente do que as locadoras ou as salas de cinema nos oferecem...
Cakoff dizia que os cinéfilos estão em extinção. Eu espero que não.

Ainda há pouco meu irmão estava procurando uns filmes pela internet, e comentávamos da Cavídeo que faz um trampo super bacana no Rio.

Continuo firme, apesar de sempre atrasado, na oficina de vídeo documentários, e o Ricardo Picchi é outra grande fonte de informações e sei que o cara também tem muitas raridades na sua coleção DVDs.

Eu ainda tenho fé que as coisas vão melhorar, elas precisam melhorar, e sei que tenho brothers aí que andam botando a mão na massa para que isso aconteça.
Eu ainda estou com a mão na consciência. Preciso meter a mão na consistência, como diria Arnaldo Antunes.
Ainda temos tempo.

***

and in the end the love you take is equal to the love you make

Sobre fim de relacionamentos, ou melhor, fim de parcerias musicais:
"Primeiro foi Sandy & Junior, depois Los Hermanos... Confesso que uma esperança de dias melhores renasceu em mim." [marcelo tas]

Já o Gustavo Mini, vocalista e guitarrista dos Walverdes, diz que não tem nada a ver com a separação dos irmãos, apesar desta foto:



O que eu digo sobre o fim ou a pausa ou seja-lá-o-que-for dos Los Hermanos?
Lamento tanto quanto a separação da dupla Maria Chiquinha & Genaro, ou seja, tô cagando e andando, como dizem por aí...
Tenho os quatro discos dos cariocas, que aprecio, vi o show, que apesar de ter gostado deles no palco, me irritei com o público que grita histericamente, e por enquanto o único disco do Los Hermanos que eu realmente levaria para uma ilha deserta seria o Bloco Do Eu Sozinho. Já tá de bom tamanho.

***

sampa rules

Alguém aí está sabendo da van que vai sair de Limeira rumo à Virada Cultural em Sampa?

***


Pretendo organizar parte da minha vida neste mês. Uma das metas a ser iniciada logo é queimar a barriga de cerveja. Conto a colaboração de todos. Me apoiem se eu pedir água mineral quando estiver no bar.

Aquele abraço!

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