Sunday, February 27, 2005

a love supreme

That's a good way to start my week.
I'm not drunk and I'm going to bed listening to John Coltrane.

Friday, February 25, 2005

novo adulto

Acho que minha vida de gente grande está para começar.

Wednesday, February 23, 2005

eu tô triste, eu tô borrecido

Hey!
Vocês que temem a fumaça do motor
Percebam que o melhor da vida
É saúde
É comida
É amor
Você tem que estar bem consigo mesmo
Prá isso não importa o lugar
Pode ser até debaixo desta ponte
Ou num palácio lindo em Madagascar
Pode ser num planeta bem distante
Ou na boleia desse caminhão
Tá frio
Tá tempestade
Tá chovendo
Muito mais triste é a chuva no nosso coração

Tuesday, February 22, 2005

envelheço na cidade

Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração, assim falava a canção. hehehe... Sou mesmo um clichê ambulante.
No início dos anos 90 eu deixei Limeira, deixei muitos amigos, fiquei com muita saudade, mas graças à Deus, aos shows, à música e às cervejas essa amizade permaneceu mesmo à distância, mesmo com oceanos nos separando.
Teve uma época em que planejávamos fazer uma faculdade na mesma época, e olha só, depois de quinze anos sem estudar no mesmo lugar, os planos concretizaram! Destino, destino, coincidências não existem.
A gente vive discutindo por vários motivos, porque ele é uma das pessoas parecidas comigo só que do lado do avesso e vice-versa.
Foi responsável por eu procurar conhecer o Paulinho Moska, me apresentou o Boca Livre, é um ótimo baterista, grande amigo, figura ímpar mesmo. É também chato, velho, mas a gente sempre deixa os defeitos dos amigos de lado, principalmente nestas datas. Nem vou falar aqui de como fico feliz de ver que não sou só eu que estou perdendo os cabelos.
Eu realmente me assusto quando chegam estes aniversários, porque fico aqui pensando com meus botões que nos conhecemos há quase vinte anos! Puta merda, 'cê tá ficando velho, hein?
E este cara me dá força para tocar a vida aqui no Brasil, e diz que se eu decidir sair novamente, é melhor nem voltar mais. hehehe!
Mas vou lhe dizer, meu caro amigo, é difícil deixar esta vida de vagabundo de uma hora para outra. Lembrando que a etimologia da palavra vagabundo é vagar o mundo.

Adriano, tudo de bom para você neste novo ano, meu velho!

Ah! Minha mãe ligou e pediu para lhe mandar um beijo e desejar um feliz aniversário!

Sunday, February 20, 2005

não passo de um amador

Estou aqui ouvindo Homem de Neanderthal do Frank Jorge, a escrivaninha tá bagunçada, mas fazia um tempo que não curtia um pouco meus discos, rolou Jonathan David do Belle and Sebastian, Ludov porque estou aqui tirando e tocando umas músicas no violão com meu brotherzinho, ouvi Karnak, BNegão, Ira! Soda Stereo.
À tarde estava revendo Tudo Sobre Minha Mãe do Almodóvar e a mãe dá um livro chamado Música para Camaleões para o filho, ele pergunta como ela sabia que ele queria aquele livro e a mãe diz saber que ele gosta do Capote. Na minha lista de livros tem A sangue frio do Truman Capote, e agora este também vai entrar para a lista. Fiz uma busca rápida aqui no Deus Google e tem um tal de Mr Jones no livro. Já falei aqui de Mr Jones e não sei se tem relação com aquele do couting crows, que é o mesmo de yer blues dos beatles, que é o do dylan.
Esta introdução de Tá na boa do Frank Jorge é tri-beatles.

Putz! Nem te contei que fui assistir Sobre Cafés e Cigarros. O filme que levou mais de uma década para ser produzido. Legal pra caralho! Um elenco de peso! Confere aí no link.

Fui para Sampa encontrar meu ex-future boss, dei uma banda com ele pela cidade e conheci o pessoal da Rio 8, alguns produtores, divulgadores, uns músicos italianos e uma cantora talentosa e gente boa chamada Tereza Gama. By the way, o Cascadura é da Rio 8.

Estava eu com o On the road na mão e lembrei do Renato Russo cantando que estava lhe ensinando a ler/on the road/coisas desiguais. Sabia que Bob Dylan fugiu de casa depois de ler OnTheRoad?

Li Feliz Aniversário da Clarice Lispector e A Caligrafia de Deus de Márcio Souza para um seminário da faculdade e tô com preguiça de escrever o trabalho.

Acho que vou cortar o cabelo.

Thursday, February 17, 2005

queda livre

Acabei de conhecer uma banda chamada Cascadura, acabo de me apaixonar pelo som, ouvi e disse que era o Cachorro Grande sério, mas estas definições costumam ser injustas, então digo que é pop e é bom. Os caras são de Salvador!
Quero o disco!

Saturday, February 12, 2005

are you experienced?

Você já experimentou ouvir o décimo segundo disco mais experimental de todos os tempos? Experimente! Mas vou advertir, depois que se viciar não tem mais volta.
A lista dos 50 discos experimentais saiu na Mojo, mas eu li aqui.

Os Mutantes são demais!

Friday, February 11, 2005

adaptação

Eu tenho alguma idéia original na minha cabeça careca?
Se fosse mais feliz, vai ver meu cabelo não caía.
A vida é curta e devemos aproveitá-la ao máximo.
Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.
Sou um clichê ambulante. (...)
Devia ir ao dentista.
Se não adiasse tudo, seria mais feliz.
Passo os dias sentado.
Se tivesse uma barriga menor seria mais feliz.
Não usaria a camisa para fora.
Como se enganasse alguém.
Devia voltar a correr... 8km por dia.
Sério, dessa vez.
Podia fazer alpinismo.
Preciso mudar de vida.
Como? Preciso me apaixonar.
Arranjar uma namorada.
Preciso ler mais, estudar.
E se eu aprendesse russo?
Ou tocar um instrumento?
Ou chinês! (...)
Seria genial.
Talvez tosar o cabelo.
Parar de agir como um cabeludo.
Patético, não é?
Seja sincero e seguro. Só!
É o que atrai as mulheres.
Homem não precisa ser bonito.
Isso não é mais verdade hoje.
O homem sente a mesma pressão que a mulher.
Por que vivo me desculpando por ter nascido?
Vai ver é a química do meu cérebro.
É isso! É químico.
Meus problemas e a ansiedade derivam de um desequilíbrio químico... sinapses errantes.
Preciso me tratar.
Mas vou continuar feio.
Nada vai mudar isso.


Já assistiu Adaptação? Não? Então assista, eu recomendo.

Thursday, February 10, 2005

todo carnaval tem seu fim

Minhas férias.

Reunião de família, no momento meus dois irmãos e eu estamos na mesma casa, motivo de fotos e fazer som juntos, já que não fazíamos isso há uns três anos (!!!). Tá bom para matar a saudade e sei que é um tempo que vai deixar saudade também.

Rever os amigos, colocar o papo em dia, comer panceta, tomar todas, jogar Imagem e Ação, Banco Imobiliário e Perfil, comemorar o meu aniversário com várias pessoas queridas, ver os amigos casados, conhecer o Pedro (lembram do baby?) e ter aquela paz que se tem quando se está em boa companhia.

Encontrá-la depois de anos. Ficar com as canções dos Beach Boys na cabeça.

Comer a carne-louca que meu pai faz e é deliciosa.
Ir várias vezes em um mês para Serra Negra ficar com minha mãe.

Aproveitar a promoção das lojas americanas e ir completando as coleções do pop/rock brasileiro comprando os cd's por 9,99.

Ver o cd do Bonfá à venda em uma loja de 1,99.

Tomar muito sorvete na Lordello, a melhor sorveteria da cidade.
Frutas do Bosque e Floresta Negra são meus favoritos.

Visitar as galerias da 24 de Maio e comprar cd's que queria há tempos.
Pipodélica, Mopho, Ludov, Cachorro Grande, Grenade e Fellini.
Viva o independente Brasileiro!

Conhecer o Rio de Janeiro que continua lindo.
Rever um brother carioca que morou comigo em Londres.

Sentir falta do Prince Charles Cinema.
Ir pouco ao cinema por falta de salas de cinema na cidade.
Ver Meu Tio Matou Um Cara, Closer e Doze Homens e Outro Segredo.
Tentar cobrir a falta com muitas visitas às locadoras.

Ler o best seller Código Da Vinci.
Conhecer o jornalista Daniel Piza pelos seus livros: Jornalismo Cultural e pela biografia de Paulo Francis. Agora leio Hiroshima, de John Hersey (jornalismo literário). Agradecendo ao grande jornalista Jonas Lopes pelas dicas.
Comprar o clássico On The Road de Jack Kerouac que está aqui na estante do lado de 31 Songs de Nick Hornby aguardando pela leitura.

Ficar me ensaiando para procurar emprego e continuar desempregado.

Me chocar ao me deparar com várias mulheres de Nova Iorque na sorveteria.
Vieram jogar futebol em Limeira.
Ah, se eu fosse homem...

Começar a faculdade depois de dez anos sem estudar.

Entrar para uma banda.

That's it, folks.
Deixa eu brincar de ser feliz.


Thursday, February 03, 2005

shame on you, limeira

Estou morando em uma cidade que raramente tem show de artistas de fora. Temos muitas bandas locais que fazem cover e se apresentam nos bares da vida, dia desses fiquei sabendo que o Edson e o Hudson eram daqui. Hein? É uma dupla sertaneja, eu vendia discos deles lá em Londres. É, eu sei, não faz a menor diferença para mim também.
Tem um bar bacana aqui da cidade que trouxe André Christovam sábado retrasado e Lô Borges, sábado passado. Ótimo!

André Christovam, paulista, tocou com Kid Vinil na época dos Heróis do Brasil, viveu nos Estados Unidos onde estudou guitarra e conheceu vários figuras que ele chama de família do blues, seu primeiro disco solo é o Mandinga (disco de 1989, com a maioria das letras em Português, meu predileto dele), acompanhou B.B. King pelo Brasil e está no meu altar da santa trindade do blues brasileiro junto com Nuno Mindelis e o Blues Etílicos.
Em Limeira, trouxe um baterista e um baixista para acompanhá-lo neste show no bar. Mandou Otis Rush, B.B. King, Buddy Guy, fazendo uma breve apresentação antes de começar tocar cada canção e tocou algumas composições próprias.
Mas foi lamentável perceber que o povo que estava por lá, parecia mais interessado nas cervejas e nas conversas do que nos solos de guitarra. Deixa ser, voltei para casa esperando já ansioso pelo próximo sábado, todo próximo show será o show mais importante.

Lô Borges, mineiro, assina junto com Milton Nascimento o Clube da Esquina, disco do início dos anos 70 com músicas como Tudo que você podia ser, O trem azul, Nuvem Cigana, Clube da Esquina #2, Paisagem da Janela e Um girassol da cor de seu cabelo todas compostas por Lô e parceiros, iniciando sua carreira brilhantemente. Muitos de seus contemporâneos da mpb gravaram suas composições, do brock os Paralamas fizeram uma versão de Feira Moderna, o Ira! regravou Um girassol da cor do seu cabelo, da galera dos anos 90, depois de uma polêmica onde algumas bandas mineiras renegavam seus conterrâneos do Clube da Esquina, o Skank apareceu com algumas parcerias com Lô Borges.
Aqui, ele veio com o violão, sentou no banquinho e já iniciou com Paisagem da Janela dizendo que ia relembrar muitos sucessos do Clube da Esquina. Percebi que tinham umas pessoas mais velhas no bar, o que eu achei bacana que na certa era um público que conhece Lô Borges e vieram prestigiar um ótimo músico e não lembro quando foi a última vez que veio algum artista da tal da mpb para cá (seria o Fábio Junior nos anos oitenta? talvez... alguém aí se lembra? porque só me lembro de bandas de rock). A decepção com o povo já começou na segunda ou terceira música, quando o bla bla bla aumentava e neguinho passava de um lado para outro, na frente do palco sem o menor constrangimento. Lô batia nas cordas do violão, cantava mais alto para tentar cobrir o bate papo das pessoas. Uma petulante parou na frente do palco, ficou pedindo algo e ele no meio da música disse que se ela continuasse falando ele erraria a letra, Lô mal terminou e já começou outra e a petulante voltou, ele parou a música para atendê-la. A feia petulante falou, eu não ouvi, ele respondeu no microfone que conhecia, admirava, mas não sabia tocar. Será que ela sabia que aquele cantor ali era o Lô Borges? Ele começou cantar Um girassol da cor do seu cabelo (que era a que eu mais queria ouvir) e teve que interromper novamente porque outra descabida fez um pedido, e ele atendeu, mas a descabida ficou na minha frente conversando e nem ouviu a música que pediu, e se ele não tocasse mais a música que eu queria ouvir ia ter mais raiva ainda da gorda descabida. Mas o público deu atenção quando ele tocou Resposta (música de Nando Reis e Samuel Rosa, se meus ouvidos não me enganaram foi a que o público mais aplaudiu e eu fiquei com vergonha). E pior ainda é quando você vê aqueles tipinhos que correm para perto do palco quando ele toca uma que conhecem e ficam querendo acompanhar com palmas fora do tempo. Um horror. Teve mais vibração do povo quando quebrou uma garrafa do que quando ele tocou a linda Dois Rios.
Pensei que eu era o único que estivesse em um péssimo humor ali, mas não. Quem gosta de Lô Borges e o próprio também deviam estar.

Vamos ver o lado bom disso tudo. Ainda estamos no começo do ano, tenho um tempo pela frente aqui nesta cidade, e não vou mais gastar dinheiro saindo por aqui, já que é muito melhor ficar em casa com um vinho bom e barato curtindo meus discos, meus livros, meus filmes e meus amigos.
Bye, bye povo chucro!


Wednesday, February 02, 2005

Oi!

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