Tuesday, July 12, 2005

maldição

Quando adolescente percebi que tinha algo na música além do rock. É, a gente pensa cada coisa quando é criança que nem quero lembrar. Mas vou lembrar aqui. Lembro de quando eu achava que sabia tudo sobre música. Só porque eu conhecia aquelas cinco bandas gringas, só porque me sentia o maior entendedor do rock brasileiro dos anos oitenta e porque conhecia até Jethro Tull!
Eu achava que Jethro Tull era bem alternativo... ai essa adolescência...
Mas ao menos penso que isso de buscar o desconhecido, de querer conhecer aquele som que poucos conhecem é intrínseco mesmo, desde pequeno já era assim.
E foi quando comecei ouvir Marisa Monte que percebi que aquilo não era rock e eu gostava. MPB, a nova MPB. Apaixonei-me pela Marisa Monte, confesso que uma vez até sonhei com ela, Marisa cantava para mim, sentada do meu lado. O Arnaldo Antunes estava na sala conversando com meus pais. Quando adolescente eu tinha sonhos mais legais do que os de hoje.
E a partir da Marisa comecei ouvir outras cantoras, Cássia Eller, Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan. Sim, elas são populares, mas eu acho que o povo só conhece de verdade as canções das novelas ou dos acústicos. Pode fazer a pesquisa por aí. São poucos os que gostam de verdade. Ou seja, continuam alternativas.
E ouvindo aqui o disco novo da Zélia, quero mesmo é conhecer melhor Itamar Assumpção.
Esse sim é alternativo, ele é punk, não quero rock quando tenho esse maldito, salve Itamar, o resto é perfumaria!

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