Sunday, October 09, 2005

in it for the money

Ontem teve uma festa na cidade onde esperavam atrair 4.000 pessoas, chamaram de festa universitária. Há uns meses atrás teve outra festa para comemorar o aniversário de uma choperia e o esquema foi idêntico, só o nome era diferente.
Cerveja cara e não muito gelada, poucos lugares para ficar tranquilo sem ser empurrado ou esbarrado por corpos suados. Urght. Tá, eu tô velho, então deixa isso de lado, não vamos considerar estes fatos, nem vou falar que eu queria uma mesinha e uma cadeira, mesmo que fossem aquelas lá que quebram fácil, sabe?
Parece que três bandas da região se apresentaram no palco do clube. Vi parte do show de duas delas. Cover da Alanis, a cantora lá do Canadá, e uma outra que toca aquele pop nacional.
Eu não ouço rádio há muito tempo, mas acredito que Alanis nem toca mais, sei que ela cortou o cabelo, está mais madura hoje, lembro de ler matérias quando ela lançou o seu disco mais recente comentando mais seu novo 'hair style' do que seu som. Ainda assim tem público, mas não acredito que as pessoas ali conhecessem Alanis tão bem como conhecem CPMF22. Mas deixa. Parece que a banda tem "nome" na cidade.
A outra banda tocou Nando Reis (espero que o Nando já tenha comprado sua casa própria, era seu sonho quando lançou o primeiro disco solo), JQuest, CPMF22, todos os hits possíveis para fazer o povo pular e achei interessante que tocaram Cotidiano do Chico. Tocam bem, tem uns arranjos bacanas, mas... e as bandas de Limeira, onde estão?
As músicas de Limeira. Os compositores daqui, por que não tem espaço?
Será que é mais interessante ouvir uma banda tocar covers do que um trabalho próprio de gente daqui?
O underground terá que ficar sempre no universo paralelo?
Será que é tão difícil abrir um espaço no meio de bandas que, como diria o Lobão, "gozam com o pau dos outros"? Porque, porra, se emocionar em ver o público cantar músicas que nem são de sua autoria não é assim um puta orgasmo, é?

Triste isso, pensar que no país de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, hoje Emerson Nogueira é quem faz sucesso, e o povo continua sustentando o cara que está ali gozando com o pau alheio.

Enquanto isso do outro lado da cidade...
Cansei de Ser Sexy, banda indie de São Paulo queridinha de muitos críticos, ia tocar na reinauguração de uma discoteca (boate? night club? nunca sei como chamar estes lugares) da cidade. O show não rolou. A banda nem tinha confirmado a presença e lançaram o boato da apresentação das meninas. É isso aí, muito bom saber, porque vou continuar sem pisar naquele lugar. Nojo.

Vou nessa, bom domingo para quem fica.
Eu vou beber, que só assim para segurar este rojão.

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