Tuesday, February 21, 2006

sing your love!

Sing your love foi o que Bono disse, silencioso leitor.

Comments:
Está certo, Bono é um cara meio pedante. Está certo, o som do U2 não faz minha cabeça.
Resisto, no entanto, a comparar o vocalista dos óculos gigantes e a melhor voz que já ouvi no rock (juro por Deus) à desfaçatez, por exemplo, do Keith Richards, preso na cobertura do hotel com suas prostitutas e suas drogas.
Sou um bobinho, um patinho acho. Mas acho que as mudanças que o mundo espera estão nas mãos de gente como o Bono. Não lá muuito engajado, mas pelo menos alguém que sai do imobilismo mortal da dinastia dinossáurica do rock atual.
Pau no cú do Dylan também. As pessoas querem sua presença combatendo os problemas do mundo, Bob. Você já fez muito com suas letras, mas poderia aparecer mais.
 
Uhu!

Sabe que ainda ontem ouvi um senhor de cabelos grisalhos falando de como achava o Dylan um traidor por se afastar da política, dizendo que certa vez declarou que nunca fez música de protesto, perguntando se Dylan usou Joan Baez ou se Baez não queria aparecer com Dylan em certos momentos...

Mas acredito que Dylan fez e ainda faz muito com as letras e ele não precisa necessariamente fazer o que o Bono faz, por exemplo.

E eu ainda digo: I wanna be bob dylan.

Abraço, meu caro.
 
Concordo não, André.

Pseudo-engajamento para inglês ver (e ouvir) não vai salvar o mundo. O que nos falta é consciência pessoal, não coletiva...
Sou muito mais o junkie style fora de época - mas o que é a moda, afinal, quando se tem princípios?
Quem quiser sossego que ouça o lounge e suas derivações, e deixe intocável o bom e velho rock'n'roll para nós que precisamos dele!
 
Desculpa aí se pareceu agressivo, mas falar do Keith Richards ainda vá, agora falar do Robert Zimmerman?
Brinca não!...risos
 
Bem subjetivo isso, mas vamos lá. Não vi nada agressivo não, meu amigo, essa discussão é interessante demais para ser perdida.
Em primeiro lugar, o trabalho social de Bono Vox, apesar de pedante, traz resultados concretos. Salvar africanos aidéticos sem a mínima esperança, e pressionar o G8 por iniciativas de combate à fome, colocando esse combate na agenda mundial não me parece pseudo-engajamento. Que você queria? Que ele entrasse para as Farc, ou o Al Qaeda?
Zimmerman é meu ídolo, o grande mito da libertação individual, pessoal, existencial. Levo-o no peito em cada confronto com as engrenagens do sistema. Suas letras já disseram o suficiente? Talvez sim, e se você acha, ótimo. Eu acho que não, e se ele até participou da Marcha para Washington dos negros americanos eu creio que poderia continuar fazendo esse tipo de coisa. Mostrar a cara de militante, apesar de pedante, salva vidas.
 
Adoro uma discussão assim.

Mas deixa eu apresentar aqui.
André, esta é a Janaína de Curitiba, super amiga desde 99. Jan, este é o André, meu novo grande amigo e fã número zero do Dylan.

Abraços.
 
Ooops...desculpe Janaína, a frieza do texto virtual não me permitiu identificar que se tratava de uma lady. Fabio, que tal uma cerveja em algum boteco sujo e nojento este sábado de tarde? Aguardo resposta.
 
Oi, sweetie!, e olá, André.
...
Concordo quando vc diz que o trabalho social do Bono Vox traz resultados concretos... Resta saber PARA QUEM, né?
Fanatismos a parte, confesso que me sinto desconfortável com o fato de um artista ser alvo da mídia muito mais pelo seu engajamento do que pela qualidade de seus últimos trabalhos... Acho esse exercício do politicamente correto muito mais benéfico para a própria imagem do que para o mundo, desculpe.
...
Zimmerman está lá, fazendo músicas com sinceridade, dentro da sua verdade atual, sem precisar recorrer a esta ou qualquer outra fórmula para ser bem visto e considerado no meio e pelos seus fãs.
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O meu mais profundo respeito por aqueles que tem a coragem de ser verdadeiros e não precisam estar sempre no caminho 'correto', e, parafraseando o poeta, por toda a gente que ainda há neste mundo povoado por semi-deuses.
 
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