Sunday, February 04, 2007

quando invadimos o camarim do Zeca Baleiro

Once upon a time, o digníssimo dono desse blog me visitou no vilarejo onde eu morava. Éramos amigos há algum tempo, mas foi a primeira (e única) vez que nos vimos pessoalmente. Não tenho fantasias sobre a verdadeira razão da visita (sei que não foi por minha causa, mas sim por um amor platônico que ele desenvolveu ao longo do tempo por uma pessoa que eu conheço de longe), mas guardo várias lembranças daqueles dias regados a chopp, muito calor, e tardes inteiras sentados num banquinho de rua tocando violão e cantando. E espero sinceramente que tenha aprendido a tocar melhor, porque eu hoje canto como a Elis.

Ao que interessa: no vilarejo temos a tradição de uma festa anual, onde artistas de renome (porém talento duvidoso) se apresentam. Talvez o destino, a sorte, ou a união dos dois tenham colocado um show do Zeca Baleiro naquele ano. Fomos.

Poucas pessoas, de gosto refinado, foram assistir ao show. Graças a isso, foi transferido para o pavilhão interno do local da festa. Nós estávamos enlouquecidos! Embriagados com a música e com a energia daquele show, a pouquíssimos metros de nosso ídolo, que cantava e pulava sem parar naquele palco, pouco se importando com a quantidade ínfima de pessoas que pulavam com ele (nota: pouco em quantidade, mas muito em qualidade).

Após o show, ainda num estado de nirvana, fomos contra todos aqueles que disseram que não conseguiríamos e nos aproximamos dos seguranças. Foi o início de uma das cenas mais patéticas que eu protagonizei, quando a minha auto-estima e vergonha na cara saíram de lado fingindo não me conhecer. Começamos pedindo, e depois passamos a implorar aos seguranças para que nos deixassem subir até onde ficavam os camarotes. Cerca de 20 ou 30 minutos depois os vencemos pelo cansaço e subimos, eu e o Fábio.

Alegremente chegamos ao andar superior, onde nos deparamos com um batalhão de seguranças guardando ferozmente a porta que dava acesso ao Zeca. Não fazíamos idéia se era a porta certa, ou se ele sequer havia chegado até lá. Foi quando começamos a segunda leva de súplicas incessantes. Porém, dessa vez, tínhamos bolado um plano infalível: o Fábio passava-se por um estrangeiro (não lembro exatamente se falava inglês ou japonês) e eu, pela sua intérprete. Curiosamente, apesar de nossa brilhante performance, os seguranças riam descontroladamente de nossas caras e se negavam a abrir espaço para passarmos. A multidão, que também tentava entrar no camarote, foi se dispersando, enquanto víamos que apenas aqueles latifundiários, filhos de mega-empresários, conseguiam entrar na maldita porta. Passamos então para o plano B.

Apelamos para o lado social, para a grande injustiça que assola o mundo, onde apenas os bem-afortunados têm acesso às belezas da vida enquanto nós, pessoas comuns, ficamos à margem da sociedade e temos que nos contentar em ouvir (urght!) Daniel. Discursamos por horas (sim, depois de tanto ouvir, o Fábio aprendeu a falar português) em vão. Foi quando os seguranças foram avisados que o Zeca Baleiro não mais subiria ao camarote e foram embora.

Desolados, permanecemos ali, esperando algum milagre. Foi quando vimos Zeca Baleiro e toda sua banda se dirigindo ao camarote. Não havia um só segurança na porta e entramos junto com eles. Não sei precisar quanto tempo ficamos conversando com a banda dentro do camarote. Várias fãs enlouquecidas se atiravam no colo do Zeca Baleiro (que, com certeza, estava gostando) enquanto nós comíamos e bebíamos de graça, e continuamos conversando com os demais integrantes da banda.

Naquela noite eu perdi meu anel (joguei no palco durante o show) e a vergonha na cara que ainda me restava. Mas até hoje, 5 ou 6 anos depois, rio sozinha da nossa odisséia bem-sucedida. Valeu mesmo, Fábio!

Por Mar


Comments:
Eu lembro de ter tomado algumaS cervejas, inclusive servi alguns músicos que nem sabiam que eles tinham cerveja no próprio camarim.

Com o Zeca mal conversei, mas lembro que o salgadinho era bom e a tiazinha que servia o povo ali era muito bacana.

O Tuco Marcondes estava lhe recomendando um professor de gaita de Sampa.

Mas eu insisto em dizer que se você acreditasse na minha performance de gringo, tudo teria sido mais rápido. Enquanto eu me esforçava falando outra língua, você em claro português mandava eu calar a boca. hahaha...

Eu me diverti e saí de lá chapado, ainda com um copo na mão.
 
cara, já passei por esses lances de fã tb... hj como escrevo sobre, procuro me controlar hehehehe... e Zeca é bacana

quanto a Babel, assista, é bom e vai disputar pau a pau com Os Infilstrados o Oscar de Melhor Filme. Só q o melhor longa do ano passado, na humilde opinião deste aqui, foi Filhos da Esperança, drama, ação, thriller, suspende, de tirar o fôlego, tem quê de ficção científica, michael caine mandando bem, clive owen excepcional, câmera na mão... imperdível!!!!

pena q tenha sido pouco lembrado no Oscar...
 
E quem não passou por isso, fala aí! Eu acho que faz parte da história, longe de ser groupie, mas querer uma aproximação com um ídolo eu acho mais do que normal.
 
Paixões platônicas...
 
Não tem quem não tenha as suas, né?
Eu, por exemplo, já pedi a mão do Zeca Baleiro em casamento...
E esse casamento só não se realizou porque ele, muito educadamente, riu da minha cara, me deu um um abraço, um beijo e umas palmadinhas no ombro e passou para o próximo fâ da fila para os autógrafos.
 
Um dos motivos que me faz gostar do Zeca Baleiro é esta letra inspirada no Amado Batista:

"baby, por você vou até a croácia
o amor não se compra em farmácia
é remedio pra nossa loucura
baby, o amor quando não mata engorda
faz do homem gentil um calhorda
torna a meretriz uma pura
baby, o amor não tem preço nem prazo
se você me quiser me caso no civil no católico até
baby, vou te dar sacanagem e ternura
te ofertar a minha rapadura
caviar, chocolate e rapé
baby, por você eu encaro o maguila
bebo vodka. chopp e tequila
por você rasgo meu coração
baby, com você fica perto o infinto
por você ganho o jogo no grito
venha clarear meu apagão
baby, por você vou até o cu do judas
cruzo o triângulo das bermudas
corro até o rally dakar
baby, minha vida é novela sem graça
com a flor murcha, morta na praça
venha já me reger, me regar
baby, por você eu enfrento o diabo
bato no delegado e no cabo
eu não quero parecer um machão
baby, por você toda dor eu aguento
vou até bagdá de jumento
volto pra são luis num fuscão
baby, por você minha alma gera e treme
sou o jabá da sua fm
sou a cut e você o grevista
baby, o cupido é que foi o culpado
pode crer quero ser seu amado
quero ser seu amado batista"

Thanx to Fernanda Mafra que ajudou a tirar a letra.
 
Que música é esta??
 
Já te mandei o link, Jan.
 
fiz algo parecido, só q aki em joão pessoa os seguranças só deixavam as mulheres entrar, mas depois de mt insistir entrei, tirei foto, ele perguntou o meu nome, lembrou que eu já tinha mandado e-mail pra ele e td, Zeca é foda msm!! Mas não saciados com isso, eu, minha irmã e a amiga dela fomos ao hotel onde ele estava hospedado (detalhe: elas matando aula), daí a banda do Zeca saiu ainda de manhã e ficamos conversnado um tempão com eles, mt legais eles autografaram tds o violão meu e da minha irmã e ela ainda ganhou uma palheta q Tuco tirou da carteira (huhruhrurhurhru). Depois de sete horas esperando, quem sai, pra ir embora: Zeca, o próprio, dizendo q acordou com a cantoria da gente no saguão do hotel (acho q ele tava só brincando, mas enfim) ele tbm autografou pra minha irmã o violão, fiquei tão besta q eu não sabia o q perguntar, mas ele mostrou o relógio dele dos coelhinhos q dão a posição sexual do dia, hehehehehe, foi mt massa xD
 
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