sem xurumelas

Olá, tudo bem?
Hoje eu passei mais tempo do que eu esperava na frente do computador e certamente estou muito mais por dentro de tudo o que está acontecendo neste mundão. Gosto de me comunicar com as pessoas, de perceber que isso aqui tem mais utilidade do que eu já imaginei um dia.
Mas na verdade, eu gostaria de estar ali fora, fazendo alguma coisa mais útil. Sério, na boa, não tô aqui para ficar me lamentando ou entrando naquelas crises, nada disso.
Sabe quando você passa a fazer uma porção de coisas bacanas, que uma linha que você escreve aqui, vale mais do que milhões de palavras que se escreve quando não está inspirado ou na ativa?
Tentarei meter mais a mão na consistência e tirá-la da consciência, meus caros.

t day

Tomanocu Day, pra tentar ao menos tirar os ladrões da política. Não é fácil.
Assinem a petição.


i don't wanna be your friend, i just wanna be your lover
no matter how it ends, no matter how it starts

Fazendo jus ao subtítulo deste blog, o som dessa semana não poderia ser outro senão o novo do Radiohead, o In Rainbows. Eu não sou especialista em Radiohead, vocês sabem. Acho que tenho todos os discos e também o documentário Meeting People Is Easy, mas sou apenas um mero ouvinte. Há tempos eu não tirava um disco deles da prateleira, se bobear, nos últimos tempos, ouvi mais a versão de High & Dry, do Jorge Drexler, do que o Eraser, o disco solo de Thom Yorke.
Mas mais do que falar sobre as músicas, que estou curtindo demais aqui, eu queria falar sobre a jogada de mestre que eles fizeram, lançando o disco pela internet, para download, pelo preço que o fã achar justo pagar. Sério, eles dizem, é você quem decide, logo que clica na interrogação ao lado do espaço para você estabelecer o preço que vai pagar. E com esta brincadeira, eles já venderam mais de um milhão de discos, na média de quatro libras esterlinas, tem noção do que é isso?
O Marcelo Costa escreveu um belo paralelo entre o Radiohead, Woody Allen, Xuxa e a política Brasileira aqui.

Meu irmão foi na Expomusic este ano e voltou de lá com uma caixinha de papelão e um CD virgem de um cantor chamado Eduardo Kalil. Ele pagou R$3,00 pela idéia. Você leva o CD virgem, a caixinha com o encarte, paga só três dinheiros, depois baixa pela internet e tem o CD ali bonitinho para deixar na coleção. Vai dizer que não é uma boa idéia?
http://www.eduardokalil.com/
Não conheço o som do cara, mas o que vale o post é a idéia.

Outro dia chegou um pacote da revista Bizz aqui em casa. Era o CD de uma promoção que eles fizeram lá. Mandava um e-mail e ganhava um disco de uma banda argentina que eu nem me lembro o nome. Mas chegou só a caixa com o encarte, SEM o CD. Será que a idéia era a mesma? De baixar o disco depois? [risos]


gosto mais do mundo quando posso olhar para ele com você

Passei boa parte da tarde vendo uns vídeos no YouTube. Tem uma canção da Suely Mesquita com o Paulinho Moska que é linda demais, chamada Seu Olhar.

Conheci o som da Marcela Biasi também pelo YouTube. Ouça Mertiolate, de Kali C e Suely Mesquita.

A paixão acaba e um dia eu me sinto à toa
Um dia eu me apaixono por outra pessoa
Tudo bem
Isso acontece comigo
A cada vez em dez
Tudo bem
Vou a lugar nenhum
Não vou sofrer por isso
Eu ponho mertiolate
Mertiolate
Quando arde, eu sopro
Vermelhinho, um coração ralado não se abate
Eu ponho mertiolate...

Li Dias, Simone Carvalho e eu estamos loucos para trazer o show do Luís Capucho com Luciana Pestano aqui para Limeira. E aí? Será que alguém dá uma força?
O Luís postou uns vídeos em seu blog.


sob seus pés o céu também rachou

Eu estava alterando meu perfil no orkut, e queria colocar a letra de Eu Queria Ser Cássia Eller, de Péricles Cavalcanti. A letra é genial, mas aí tem uma parte que eu não entendia, que diz: eu poderia ser professor de "scol". Gostaria de saber o que era este "scol", que não encontrei em dicionário nenhum ou no google. Escrevi para Péricles, que imediatamente respondeu:

Bem, pelo que sei e ouço deste adolescente, um professor de scol, é um professor com alta graduação na sua área. Seria preciso investigar, mas esse "scol" deve ter a ver, linguísticamente, com escola. Talvez devêssemos perguntar ao professor Pasquale, que deve saber isso direitinho.

Minutos depois ele mandou outro e-mail:

Consultei o Dicionário Aurélio e realmente "Escol" (e não scol como está, erradamente, no encarte do meu disco), quer dizer "de alta qualidade", pertecente à uma elite culta.

É isso, como diria o professor Pasquale,

abraço,

Péricles

Aproveitei da simpatia dele e perguntei sobre a versão de It's All Over Now, Baby Blue, do Dylan, que ele fez com Caetano. E ele me respondeu que foi Caetano quem o convidou para fazer esta parceria, em 1975. Era para Bethânia gravar a canção, mas ela não curtiu, e Gal Costa acabou gravando em 1977, no disco "Caras e Bocas". Segundo Péricles, as melhores versões desta canção foram gravadas por ele e pelo Zé Geraldo. Esta canção do Dylan é boa em inglês, é boa em português, deve ser boa até em japonês!

E Dylan tem uma mensagem para vocês, queridos amigos.



Valeu, Jan!!!
Beijos para todos vocês.