Wednesday, February 06, 2008

the meaning of life

Eu adoro quando assisto o Recorte Cultural e o Michel Melamed pára na frente do entrevistado e pergunta: "Qual o sentido da vida!?"
Aí você vê as pessoas mais interessantes do planeta ficarem segundos pensando e sem dar uma resposta convincente.
Muitas vezes fico pensando nisso. Vira e mexe divago com o Hugo (meu irmão) sobre o raciocínio padronizado das pessoas. Na última peça que assistimos do Melamed (Homemúsica) ficamos lá quebrando a cabeça junto com o Paulo sobre os significados das cenas vistas durante a apresentação. E o próprio Melamed diz que ele quer quebrar o padrão do raciocínio para ver se alguém consegue pensar diferente do que nos fazem ser. Não é muito fácil ser diferente, é?




quanto vale o show?

O show do caro Bob Dylan vai ficar prá uma outra oportunidade (ou uma outra vida?). Decidi ontem que não vou mais. É muita grana, isso é fato. Eu ainda acho que vale à pena. Mas tenho outras prioridades e preciso aprender a ter o espírito de sacrifício. Peraí! Eu acho que já sacrifico, mas tudo bem, ainda dizem que preciso aprender a dar mais atenção às verdadeiras prioridades. E eu preciso economizar uma grana para a faculdade. É a prioridade do momento. Mas há controvérsia.

todo carnaval tem seu fim

Fiquei em casa no carnaval, mas montei uma programação bacana. Encontrei alguns amigos para beber. Vi filmes. Arrumei minhas coisas em casa.

Na companhia do Pubz e da Ju, na casa do Miranda, assisti Um Cão Andaluz, A Pessoa É Para O Que Nasce e Nascido Para Matar. Na sequência: meu primeiro Buñuel com direito à aula de Miranda sobre o surrealismo, o curta de Roberto Berliner sobre as três ceguinhas e o clássico de Kubrick ouvindo a chuva cair na madrugada. Eu gosto dos pequenos prazeres.

o simpático senhor hulot

Um outro dia, sozinho em casa, peguei o envelope que recebi de presente do grande Branco Leone e inseri As Férias do Senhor Hulot no moderno aparelho de DVD. No dia seguinte assisti Meu Tio. Ambos de Jacques Tati, um diretor que eu estava louco para conhecer. Fico super feliz de ter bons amigos que sempre me apresentam para as coisas boas que existem neste mundo. Eu não vou falar dos filmes, que você sabe que não sou bom nisso, mas é prazeroso se identificar com Hulot, o personagem principal dos dois filmes, que é representado pelo próprio Tati. No primeiro filme que vi, fiquei com um sorriso estampado no rosto o tempo todo. Dá para colocar junto com as canções que me fazem abrir um sorriso. Cinco canções e um filme que te fazem ser mais feliz.

não se fazem mais antigamentes como futuramente


Meu Tio tem cores belas, e mesmo sendo um cinema quase mudo, e tendo o próprio diretor atuando, não dá para comparar com os filmes de Chaplin. Ele tem uma linguagem diferente, mesmo que trate de assuntos parecidos. Neste filme, Tati mostra a sociedade moderna, com seus carros e seus eletrodomésticos e todo o estress tecnológico que existe em volta disso tudo. Você pode pensar em Tempos Modernos de Chaplin, mas é outra coisa.
O que é divertido ver, é como Hulot não se enquadra neste padrão moderno. É um filme de 1958.

Este desespero existe há anos e ainda hoje não acharam uma solução prá isso. Essa coisa de ter carro do ano, tv de plasma, abridores de lata elétricos, celular com tocador de mp3 e câmera digital embutida... Eu ainda penso no sentido disso tudo.
Para mim vale mais um show do Dylan que um celular modernoso, mas ao mesmo tempo vale mais um disco do Wilco que pular o carnaval atrás de algum trio elétrico.
Só sei que nada sei.



P.S.: A primeira vez que ouvi falar em Tati foi no aniversário da Lia Biajoni, quando conheci Branco, que logo começou me contar de onde surgiu a inspiração para o novo nome da antiga Inteligência Ltda. Leia.

P.S.2: Valeu Sr. Albano! ;-) Adorei Daki.

Comments:
Parafraseando o Ronald "amo muito tudo isso"que vc citou. "Atirei no mar o mar vazou atirei na moreninha baliei o meo amor"
Muitos me chegaram pelas mãos de amigos tb.
Seguinte preste uma universidade pública e vá ver o Bob Dylan!
Beijos
 
"Eu estava na cama, só de cueca, bêbado, fumando, um copo sobre a cadeira, ao meu lado. Encarava o teto azul, sem nenhum sentimento ou pensamento." Bukowski

lembrei de vc!

q bom q estamos felizes
 
Adooooro qdo vc faz um post sobre um monte de coisas que nao li/assisti! Sempre me dá ânimo para ler mais e procurar me informar melhor. Você, o Biajoni e o Takeda sempre me instruem mesmo que indiretamente. hahaha

E esse quadrinho do Allan Sieber é realmente demais!
 
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