Monday, January 26, 2009

antes de mais nada, tudo

Olá, meus caros! Saudades de escrever aqui. Saudades de estar empolgado com um post ou ficar feliz com os comentários ou de ter mais que meia hora de internet por dia para poder navegar e consequentemente postar.
Bom, o post vai ser longo, então preparem-se, peguem uma bebida, ajeitem a postura e aproveitem o momento. ;-)

(Cliquem nas fotos [fora de foco, porque foco é ilusão burguesa. há] para ouvir os sons das bandas, entender o que não é compreensível por conta do meu português ruim ou conferir os sites.)


o avesso do avesso do avesso do avesso

Sampa é uma cidade extradiordinária. Os milhares de eventos que rolam direto me deixam muito excitado. Todavia eu fico sem explicação para a sensação de solidão no meio de todo o povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas.
Estive por lá por duas semanas seguidas e, até onde minha memória pode alcançar, foi o maior período que estive na capital. Eu nasci e passei dois anos na Vila Mariana, mas eu não me lembro de nada do que vi e vivi nestes dois anos de vida de bebê.
O principal motivo para minha estadia foi o treinamento da Cultura Inglesa. Mas eu não estou nem um pouco no barato de falar de trabalho aqui no blog, então eu vou escrever sobre as duas semanas que por lá passei, mas das coisas bacanas que vivi fora o treinamento, que acho que é isso o que interessa para quem por aqui aparece, não é? Yep!
Vamlá!


a melhor banda de komatsu

No terceiro dia da minha passagem por Sampa, abro o blog e vejo um comentário do Fabião Sakoda, velho amigo da época do Japão. Procuro o contato dele, que consigo através do meu irmão, mando um e-mail e meia hora mais tarde toca o telefone no hotel onde eu estava. Depois de cinco anos e meio reencontro este meu bom e velho brother que formou comigo a banda mais louca de Komatsu. Sim, eu tive uma banda, e talvez esta tenha sido minha única banda da vida, nós dois junto com o Cairo, o William, o Suzuki, o Yugi e uma galera louca formamos o LEMON.

[a banda lemon em uma ponte que não existe mais]



toda arte é uma confissão de que a vida não basta

Eu sou um cara feliz. Conheço pessoas maravilhosas, passo anos sem ter contato com algumas delas, mas quando reencontro a empatia é imediata. E sou um cara feliz de ter amigos talentosos. Artistas. E artistas que me apresentam para outros artistas e o circulo só cresce e fica cada vez mais bonito, formando uma ciranda belíssima de gente iluminada.
Sim, eu também sou brega, mas quem liga (?), porque eu sou feliz e isso é mais importante.
O Fabião é um gaitista que me apresentou para vários blueseiros de primeira, era com ele que eu trocava idéias de sons em uma fase que morei em Komatsu. Mas o talento dele não ficava só na harmonica, ele é um escultor de mão cheia.
Quando ele voltou para o Brasil, juntou-se ao atelier da Alessandra Dantas, sua parceira, companheira e grande artista.
Eles me fizeram companhia nestas duas semanas que por lá estive, me acompanhando em shows e nas bebedeiras. Foi ótimo!

[degustando umas empanadas]

Adorei conhecer o atelier, onde o clima é muito bom, você sente paz logo que entra, fica em uma rua agradabilíssima, e até o Raku, o lindo cão deles, sabe receber bem. Por falar no cão, o Fabião disse que ele fez muito sucesso quando tiveram um problema por conta da linha de metrô que estão construindo em Pinheiros. Veja.
Colocar cinco anos e meio de papo em dia e conhecer o trabalho deles leva dias. Foi muito bacana ouvir as histórias dos alunos que por lá passam, dos conceitos de toy art que o Fabião andou estudando, saber dos contatos com o pessoal do UOL e de produtoras que ele tem feito, além de histórias como uma do vaso que a Alessandra vendeu para o Tom Zé na feira de artes da Praça Omaguás. Aliás, se você passar por lá no domingo, recomendo a visita, a feira Omaguás fica na praça em frente à fnac Pinheiros e você pode, além de conferir as artes, ouvir um chorinho, uma banda tocando Beatles, e se bobear encontrar o Marcelo Camelo passeando de mãos dadas com a Mallu Magalhães.


o grande encontro

No final de semana, aparece por lá nosso brotherzinho Suzuki. Ele está no Brasil desde abril de 2008. Nos encontramos em Serra Negra antes do Natal. E ele foi para Sampa para rever o Fabião também. O Suzuki é campeão de snowboard e agora tá se dedicando aos estudos de vídeo digital. Fiquei bem feliz ao saber que ele estudou na DRC em Sampa. Agora ele busca um trampo em alguma produtora.

[sem o efeito do limão, mas curtindo]


[suzuki em alguma montanha no japão]

[cool, uh?]



pareço moderno

Tomei umas cervejas com o Fabião em uma padoca, depois fomos pro CCSP. E aqui segue uma síntese da noite, em fotos.

[supercordas]


[cérebro eletrônico]


[o grande marcelo costa]


Leio o Scream & Yell há anos. Fiz o primeiro contato com o Marcelo Costa anos depois que lia o site. Adoro mesmo a maneira como ele escreve e todas as boas dicas que ele manda no blog, além dos vários pacotes recheados de CD's e revistas que ele já me enviou. Um dia a gente tinha que se trombar. ;-)
Ele tinha escapado do fechamento do IG para dar um abraço no Tata Aeroplano, falar que a banda ganhou em algumas categorias do Top 7 do Scream & Yell. Aliás, você já viu os melhores do ano lá?
O Mac ainda falou que na outra semana rolaria Autoramas no Sesc Pompéia, mas eu acabei parando no Sesc Vila Mariana e a nossa cerveja vai ficar para uma próxima.


o novo século americano

[paulo betti, luiz felipe pondé, donald ranvaud, fernando meirelles]


No dia que antecedeu a posse de Barack Obama, teve a pré-estréia de O Novo Século Americano, documentário italiano que questiona o 11 de setembro. E o documentário foi lançado agora no Brasil, tendo Fernando Meirelles como produtor, para comemorar o fim da era Bush.
Após o documentário rolou um bate-papo morno com Paulo Betti (que fez a locução em português), Pondé (colunista da Ilustrada, que tentou fazer o papel do advogado do diabo na mesa), e os produtores Donald e Meirelles. O debate foi morno, mas o documentário é quente.
Assistam.


punx

Numa terça-feira de garoa fina, depois de uma manhã puxada e um tanto decepcionante no treinamento, fiquei pensando muito sobre as mudanças enquanto desabafava com o Fabião, que me ligava todos os dias. Aí no telefone ele diz que o lance era sair e curtir um show, que até estes momentos em que a gente se sente um bosta devem ser apreciados. E lá fomos nós para o Sesc Pompéia para o ver a apresentação do Guizado.

[gui mendonça e seu som viajante]


O disco do Guizado é o Punx. Este também figura na lista do S&Y como um dos melhores discos de 2008. O show foi bom para conversar mais com o Fabião e ainda curtir uns momentos stalker, observando o Otto, o Axé e o Catatau curtindo o show. (E o Cidadão Instigado vai abrir o show do Little Joy esta semana! E eu não vou. snif... Mas a Karina vai e vai me contar tudo. ueba!)

E enquanto observávamos as pessoas, vejo um cara vindo na minha direção, e eis que reconheço o Pio, amigo que não trombava há uns anos também.


canções para um mundo sem humanos

O Marcos Piovesan, grande figura que conheci na Festa Lado B em Limeira. O Marcos apareceu algumas vezes aqui na República Castelo (a mais louca da cidade) e tava sempre com boas novas e ótimos papos cinematográficos e musicais. Ele passou uma temporada em Buenos Aires se ligando em francesas e agora tá de volta à ativa. Deve logo mais trombar uns amigos do audiovisual em Fortaleza e espero ouvir deles num breve futuro.

[quem tá mais japonês na foto?]


Se liga neste vídeo do Canções Para Um Mundo Sem Humanos:




a vida até parece uma festa

Numa tarde fui assistir ao documentário sobre os Titãs. Imagens caseiras feitas pela câmera do Branco Mello apresentam os então meninos em momentos inéditos, bastidores, festas e quando não desta meneira, aparecem em programas de auditório e até no bizarro Sonho Maluco do Gugu Liberato. São noventa minutos de nostalgia. Eu sempre gostei dos Titãs enquanto eles ainda eram pesados, enquanto ainda eram um grupo unido. Após a morte do Frommer e a saída do Nando Reis não consegui mais acompanhar. Mas ver o documentário serviu para provar que eles foram importantíssimos no cenário musical do Brasil.


melancoliberdade

Na sexta, no mesmo dia que rolou Autoramas e Cachorro Grande e também um projeto chamado Sotaques Paulistas (com Zeca Baleiro, Karnak e outros nomes) no Sesc Pompéia, fui com o Fabião e a Alê para o Sesc Vila Mariana ver o show do Moska.
Tudo Novo De Novo abre meu blog neste endereço. E eu não me canso de ouvir este disco do Paulinho Moska, que é triste e belo. Mas faltava mesmo ver um show, uma apresentação ao vivo onde eu pudesse ouvir o som mais apurado e poder curtir mais o poder deste grande compositor da geração 00 da mpb.
Ele fez um show chamado INFLUÊNCIAS e no set list tinha muita coisa que ele já gravou, mas algumas canções inéditas na sua voz como Detalhes, do Robertão. Tocou só compositores nacionais com exceção de A Idade Do Céu, do uruguaio Jorge Drexler. Falou de parceiros contemporâneos como André Abujamra, Zeca Baleiro, Lenine, Zélia Duncan e Chico César, que participou do show apresentando uma nova composição dos dois, além de tocar O Mundo, canção que integrava o projeto 5noPalco. Saímos do show tão satisfeitos e foi para mim a maneira perfeita de fechar esta minha curta e inesquecível temporada em Sampa.

[tudo novo de novo, vamos mergulhar onde já caímos]



inglês é mais que inglês

É tomar chopp com os novos colegas de trabalho.
Eu cheguei em casa, nem desfiz as malas e fui para Piracicaba para uma confraternização de começo de ano com os novos colegas de trabalho da Cultura Inglesa.
Quando estava saindo, a Larissa (my new boss) me diz feliz:
_Fábio, a gente estava na dúvida se te colocava na lista dos pinguços da escola...
_Sei.
_Mas agora não restam dúvidas sobre a lista que você integra.
_Ahm...
Ao menos eles já me conhecem antes d'eu entrar lá, né? Depois não adianta reclamar. [risos]


home sweet home

Depois de uma noite de sono em casa, no meu colchão gostoso, almoço com a família e recebo um convite de outra família para passar a tarde com eles. E lá vou eu para a casa dos Biajoni curtir a boa companhia do Bia, da Karen, do Dudu e da Lia. É quase perfeito (porque se for perfeito estraga, saca?) passar a tarde de domingo lá, a gente tem boa música, bons papos, cerveja gelada, carne assada e quando não tem pinga alemã, tem Macieira brandy.
Eles me falaram sobre a Campus Party, da mesa que o Bia participou, do que viram, de quem viram e de como vale a pena comparecer no evento.
Ouvi novos sons e não parava de degustar a cerveja gelada.

Eu já estava alto e chega o Paulo Corrêa vestindo a camiseta dos Jornalistas.Blog, site que me acolheu e até já aceitou este texto meu. O site tá estourando de visitas! O lance é quente!

Bom, aí eu observava o desenho do Banksy na camiseta do Paulo e eles conversavam. E sabe o que? Eu não lembro bem o que aconteceu depois. Só tenho flashes na memória, um deles é de um galão de água indo para o chão da cozinha e gotas d'água voando para o teto. Lembro deles perguntando se eu não deveria deixar o carro lá e ir de carona. Lembro de ter o DVD do Badly Drawn Boy na minha mão. Lembro de seguir o carro do Paulo até a esquina de casa. Mas eu não lembro d'eu entrando na nova sorveteria do Jardim Santo André, e nem de escolher os sorvetes que trouxe para casa.

"Cerveja é a prova de que Deus nos ama e quer que sejamos felizes!" (Benjamin Franklin)
Eu dormi feliz.

Comments:
tá vivo depois de domingo?
 
poatz fábio, você vem me dizer que vai ter show do little joy em sp tipo... amanhã?! aí fui ver e tá esgotado? ahhhh... sacanagem.
 
O blues é assim...brother. Blues é assim...
 
Bia, eu sobrevivi!

Amanda, amanhã começam as vendas dos ingressos para o show extra do Little Joy!

Fabião, vem prá cá agora, cara!
 
Vc parece verdadeiramente feliz nas fotos. :o))))
 
Esse teu amigo marcos piovesan é tão parecido com um amigo meu q da primeira q olhei a foto levei maior susto! pensei "caraca, o que o Andy tá fazendo do lado do Shiraga?" hahaaha


Cérebro Eletrônico é uma banda mto boa que um dia espero ver ao vivo!

Ta excelente esse post!
beijos!
 
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