Saturday, February 07, 2009

smiles from ear to ear

Somos amigos de adolescência. Hoje nos falamos via blog, orkut e twitter. Estamos sempre trocando sugestões e conselhos e dicas de eventos, bandas, discos, filmes, etc e tal. Nós somos superficiais e assim como certo personagem de Nick Hornby nós tiramos muitas conclusões sobre as pessoas pelo que elas ouvem, lêem e assistem.
Aqui neste post ela dá um gostinho da escrita bacana que ela tem. Mas você pode provar a leitura, quase que diariamente, no blog cheio de som e fúria dela. Acabei de ler o que ela escreveu e estou aqui com um smile from ear to ear.
É com grande alegria que publico o texto da Karina sobre o show da minha banda favorita do momento. Coloque o disco para tocar e siga lendo.

Little Joy!

trilha sonora para um domingo de sol,
a beira da praia

Com um pouco mais de 30 minutos de atraso sobem ao palco do Clash Club Rodrigo Amarante, Fabrizio Moretti e Binki Shapiro. O público, até então comportado, dá seus gritos e flashes como forma de boas vindas. Dava pra ouvir um ou outro órfão do Los Hermanos pedindo "Sétimo Andar", "Paquetá". E o clima era bem esse, de público dos show dos hermanos. Uma guria que me chamou a atenção foi um cover mais velho da Mallu Magalhães, que dançava sozinha de costas pro palco. Acho que ela estava no show errado.

Apesar da simpatia do Fabrizio, com um português impecável de sotaque carioca, a noite era do Amarante. Ele conversava com o público, admitia a falta de repertório, e era de longe o mais empolgado. Agradeceu o público pela presença mais de uma vez, e parecia mesmo feliz em estar de volta em palcos paulistanos.

O ambiente, um antigo galpão de fábrica, fechado e fumacento, não parecia se adequar a música. Não dá pra fugir do clichê, o som tem um clima que serve como trilha sonora para um domingo de sol, a beira da praia... Pra mim, o lugar perfeito para um show deles seria um Sesc, todo aberto, numa manhã de sol.

Binki parecia entediada. Falou pouco, sempre muito séria, e sentava nos intervalos entre as suas intervenções. Ela se divide entre o teclado, o xilofone, a escaleta e a observação. Não pude deixar de imaginar a Binki como uma espécie de Rita Lee sem o apelo pop. Ou talvez ela só estivesse deixando o caminho livre para os meninos brilharem em terra brasilis.

Aos espectadores do terceiro dia (de shows em SP) não houve muito improviso ou covers, mas ganhamos a audição de uma música nova ainda sem nome. O clima catártico dos shows dos Hermanos esteve presente quando a banda tocou Brand New Start e No One's Better Sake, com todos cantando juntos em uníssono.

O show curtíssimo ainda teve direito a um pequeno bis, com Amarante de volta ao palco como um trovador solitário, só com sua guitarra, para cantar a única música em português do álbum do Little Joy, Evaporar. Em tudo lembrava Los Hermanos, mas Amarante parecia muito mais satisfeito e contente no palco do que antigamente.

Não foi um grande show, mas foi perfeito pra deixar todo mundo com um sorriso estampado no rosto, e uma vontade grande de ouvir mais um pouco, no caminho de volta pra casa.

[karina lacerda]

Comments:
Sobre a Binki parecer entediada, o Gustavo Mini disse Shapiro tem a presença de palco de um vaso ming. [risos]
 
Vi o show deles aqui, tbem. Concordo com praticamente tudo da observação da Karina.
E com a do Gustavo Mini.
 
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