Sunday, June 14, 2009

um minuto na vida

Tudo o que eu mais tenho pensado ultimamente é em teletransporte. Trabalhar em três cidades diferentes, viajar para cá e para lá para encontrar amigos, participar de uns eventos, enfim fazer parte do mundo é algo que exige tempo para se locomover. E eu realmente pagaria para ser teletransportado. Porque o tempo é tão raro e tão caro. Penso nisso e na importância dos segundos ou nas diferenças que isso faz nas nossas vidas.

Em uma sexta-feira de manhã saí de casa no horário para uma reunião em Piracicaba. Na noite anterior, estava assistindo uma entrevista do Maurício Pereira na internet e pensei que seria bacana pegar a estrada para Pira ouvindo o Pra Marte. Eis que acordo no horário, me preparo, saio tranquilo, mas quando chegava na padaria para comprar um pão de queijo notei que tinha esquecido o disco em casa. Bah, não vou voltar só por isso. Tem bons sons no carro para ir ouvindo.

Na estrada vou comendo o pão de queijo que estava bem bom e ouvindo alguns sons novos que o Biajoni passou pro meu pen drive.
Vinte e oito minutos de viagem, faltavam dois minutos para eu chegar no destino final, viro uma esquina, um carro que deveria parar não parou e aí eu tive que jogar o meu para o lado e pum! Bati em um carro parado.

Tive que trocar umas peças com nomes bizarros e correr atrás de boletim de ocorrência, levar o carro para mecânico, fazer análise para a seguradora, só coisa boa, percebe? Mas o carro não estragou muito, o que estragou foram os meus dias (que já eram curtos) e também minha conta bancária (que agora está arrombada).

Será que se eu voltasse para pegar o disco do Pereira nada disso teria acontecido? Aí já fico lembrando de "de caso com o acaso", "amores possíveis", "não por acaso", "efeito borboleta" e todos estes filmes que falam do que poderia ter acontecido se você mudasse uma coisa mínima no seu dia. E então fico divagando sobre o instante anterior, porque ele é fascinante.

E não é só de teletransporte que eu preciso para ontem. Eu preciso ser um melhor gerente do meu tempo. E não vai dar para esperar mais. Por isso começo agora esta minha nova promessa do ano. Botar a casa em ordem e trabalhar sem reclamar. Quero e preciso de ter tudo em dia. E sei que vai levar dias, semanas, talvez meses. Na verdade, acho que anos... Mas não dá para esperar nem mais um minuto. Chega de bla bla bla, Fábio!

No entanto achei de bom modo vir aqui dar um alô depois de ver o post do Adão Iturrusgarai que ficou uma semana fora e apareceu pedindo desculpas aos leitores por estar longe do blog. Eu, como um cara educado que sou, resolvi fazer o mesmo. Desculpa se veio aqui antes e teve que deparar comigo gritando desafinado no vídeo abaixo.

Desculpa pedida e esclarecimento pelo sumiço dado. Fui.

Comments:
Cara, sábado fui no Sesc Itaquera, no show do Lô Borges. Sensacional! Ele tocou "Clube da Esquina". A número 1!!! Nunca tinha ouvido esta canção ao vivo!!!
 
Hum...não sei se aceito...
 
Também acho fascinante essa coisa do instante que pode mudar para melhor ou para pior a minha vida, dependendo do que eu faço em determinado momento. Um filme que aborda o assunto de forma interessante, e que você não citou, é Corra, Lola, Corra.
Como não acredito em destino, vejo a vida apresentando inúmeras estradas e alternativas diferentes a cada segundo e vou traçando o meu futuro de acordo com as opções que escolho em cada momento. Geralmente fico com a sensação de ter optado pela pior alternativa.
Um abraço, Shiraga.
 
Corra, Lola, corra!
 
Teletransporte, já.
 
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