Monday, October 12, 2009

não tenho certeza sobre nada. eu acho.

O feriado tá quase no final, mas posso dizer que foi bem bom e um tanto produtivo, vai ser daqueles que vai deixar boas lembranças para o futuro.
No último post eu falei que estava botando a casa em ordem e isso era no sentido literal da coisa. Pintamos o quarto neste feriado, agora as paredes estão limpas! Uma delas ficou cinza. Os quadros da adolescência não ficam mais nas paredes. Vamos pensar o que vai ser fixado lá. Arrumei o armário e tirei o pó de todos os CDs. E depois disso, uma bela faxina na casa toda. Depois choveu e eu tomei um belo banho, parece que lavei até a alma. O banho foi no chuveiro, não na chuva.
Ah, desculpem aí se tomo seu tempo falando estas coisas da vida, mas é que tô matando a saudade do diário, saca?

Sábado, depois de pintar as paredes e tirar um cochilo com cheiro de tinta e pó, fui para o bar tomar umas com o Hugo e o Fabião. Lá eu tinha combinado de encontrar mais uns amigos, como o Daniel e a Rose, a Sandra e a Amanda, e em bares com som a gente sempre tromba mais gente, é sempre bom.
O som estava por conta do Roger Moreira, do Ultraje a Rigor. Ele veio sozinho e tocou acompanhado por uma banda daqui da região. O Ultraje tem mais hits do que eu imaginava. A noite foi boa e rendeu novo projeto e novas amizades. Estava precisando de uma noite dessas.

Domingo eu assisti o Cafofo Sessions #1, a nova seção do blog mais legal de todos. É uma entrevista que a Dani Arrais faz com amigos na sala de sua casa. A primeira entrevistada foi a cantora e compositora Luciana Lins, a Lulina. Ela acabou de lançar seu primeiro disco oficial, o Cristalina. Segundo Xico Sá o disco tem "tanta canção fueda, por Diós, que a gente fica inventando alegria e sofrimento para caber dentro delas".

Em um ping-pong, Dani pede um cantor para Lulina e ela diz Bill Callahan. Eu nunca tinha ouvido falar nele ou nunca prestei atenção se falaram dele antes. E aí que a primeira canção que ouvi foi Too Many Birds, indicado no twitter pela @daniarrais. Me perguntei por que é que demorei tanto para conhecer o Callahan. E aí vejo que alguém respondeu. Era a @giannetti que me seguia há pouco no twitter. Me indicou I Was A Stranger, do Smog, um pseudônimo de Callahan.

Pelo wikipedia soube que Bill Callahan, enquanto Smog, gravava seus discos em casa em um estúdio portátil de quatro canais. Assim como fez Lulina com seus discos que distribuia para os amigos. Após nove discos caseiros, Lulina lança seu primeiro CD de estúdio, diz a capa da Ilustrada de hoje.

Trocando uns tweets com Cecília @giannetti, descubro que ela era a vocalista do Casino. Não lembro como conheci a banda dela, sei que o EP deles rolou muito no CD player de casa. E sabe o que mais? Eu tenho o EP aqui na coleção e nem a @giannetti tem mais.

Dia de Festa, do Casino, em um vídeo brincadeira com Jules et Jim, do cineasta Truffaut. Para matar a saudade do som e admirar a bela e rebelde Jeanne Moreau.



Um filme marcante para Lulina é Na Idade da Inocência, do francês François Truffaut, diretor do filme que está acima no vídeo brincadeira do Casino.

Percebe as ligações entre estes papos, tweets, vídeos e afins? Eu acho do caralho quando se percebe que é possível costurar todas estas conexões e conhecer mais e mais pessoas que vivem no mesmo planeta que eu, mesmo que eu só tenha conhecido a Lulilândia agora.

A vida é boa e cheia de possibilidades, diz o mantra que Inagaki deixa no seu blog.

A gente leva uns tombos, desanima, reclama, chora, mas sempre tem algo para nos deixar para cima de novo. Leminski já dizia que a gente precisava aprender com as crianças. E ontem eu estava tomando um chopp com o Biajoni, a Karen e a Lia. A Lia tomava uma limonada. Como disse no post anterior, Lia é minha amiga mais nova. E muito inteligente e com um papo bacana. Conversando com ela no bar ela diz: "Todo mundo resolveu sair hoje, né?" ou algo do gênero para dizer que o lugar estava cheio. E aí do nada me diz: "ah, fui no circo do Tio Casuo", o Marcos Casuo que fez parte de um espetáculo do Cirque de Soleil. Quando perguntaram o que ela gostava de ouvir no carro, ela diz que gosta do Maurício Pereira e, enquanto eu esperava que ela fosse cantar a canção do Visconde, ela cantou Ser Boi. Mas o que temos que aprender é este desligamento que as crianças tem com a dor do passado. Quando alertada que seria perigoso correr ou subir em tal cadeira, ela diz que não tem problema, aí foi lembrada dos quatro pontos que levou na testa por conta do último tombo e ela meio que dá de ombros e diz: "já sarou". É isso aí. Bola prá frente, sempre.

Eu estava lá tomando com eles depois de ter visto Bastardos Inglórios com o Bia. Dizer que é um filmaço do Tarantino é pleonasmo, mas é um filme que, em tempos de pirataria comendo solta, merece ser visto no cinema. Registrei um comentário do Biajoni logo depois do cinema. Ele já escreveu um texto sobre o filme para o Amálgama.



É isso aí, o título deste post é do livro das lamúrias da Lulina. Eu não tenho certeza sobre nada. Eu acho. Mas a arte continua me salvando. Continuo cercado de boas figuras. A vida segue com altos e baixos e vou lembrar sempre que temos que continuar aprendendo com as crianças.

Comments:
poxa, fabio, que post massa! eu tb adoro o casino, adorei esse tanto de coisa linkada
=)
=*
 
supimpa, newgo.
é issaí.
;>)
 
Lia sapeca ;x nao sei quem puxou! hehe O filme eu tambem vi aqui mas em ingles, foi dificil entender tudo naquele ingles falado com sotaque mas nossa, gostei demais. se cuida ai shira. de casa noova chique (:
 
Fabio!!!
Adorei te rever ao som de Ultraje e seu nostálgico rock anos 80.
Pena que tive que sair rapidinho rs e nem pude te curtir mais.
Mas valeu!
Beijo
 
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