Tuesday, January 25, 2011

cambridge

Sempre ouvi dizer que conseguir o CPE (o tal do certificado de proficiência de Cambridge) era coisa para loucos, que era difícil demais, mesmo pessoas que prestaram e passaram diziam que nunca mais queriam ver o exame de perto. Um dia eu tento tirar este certificado.

Venho pensando há quanto tempo estudo Inglês. Sem contar minhas primeiras aulas com a professora Ana Maria na 5ª série aqui em Limeira, que me fez decorar os verbos irregulares para chamada oral, estudo esta língua há 20 anos.
Fiz um curso no CNA em São Bernardo do Campo por 4 anos e meio. Saí de lá no que eles chamavam de High Advanced.
No Japão estudei por uns meses em uma escola com professor americano, era um curso de conversação. Eu era peão de fábrica e estudava com um cardiologista e dois engenheiros japoneses. Foi muito bacana para um cara de 18 anos (eu) usar a língua por necessidade mesmo, já que eu não falava Japonês.
Alguns anos depois, estudei 3 semanas (deveriam ser 4, mas na última semana fiquei vagabundeando pela cidade) na EF em Londres, tirei um certificado de Pre Advanced. Depois destas três semanas de estudo na escola, morei lá por mais 17 meses, mas infelizmente isso não contou como um período de estudo da língua.
Voltei para o Brasil e logo comecei dar aulas de Inglês em escolas de idiomas. Foi aí que tive que estudar mesmo. Aprendi muito. Me lembro de frases como: quem sabe faz, quem não sabe ensina ou fake it until you make it. Porque apesar de eu ter um bom Inglês (seja lá o que seja bom), não me sentia professor e isso eu contava para os meus alunos. Uns quatro anos depois, algumas palestras e treinamentos assistidos, vários alunos e dezenas de livros diferentes passei a me sentir professor de Inglês.
Descobri a Cultura Inglesa através da minha amiga Elga. Fui lá estudar. Entrei no CPE (que é o preparatório para o CPE, claro). Tive ótimos professores e vi o quanto eu ainda não sabia. Depois de ser aluno deles, passei por um treinamento puxado e virei professor da escola. Em quase três anos de Cultura Inglesa (o primeiro ano como aluno e depois como aluno e professor) senti que evoluí muito mesmo.

No entanto, depois de tudo isso nunca me senti preparado para prestar o tal do exame. Mas uma hora eu precisava fazer este teste. Fiz. Foi em dezembro. O exame mais difícil da minha vida. E não foi dessa vez. O resultado final aqui é 57/100. A média é 60. Três pontos a mais e eu talvez não estivesse sentado aqui fazendo este post (não se sinta ofendido, caro leitor).

A questão agora é largar a vagabundagem e me afundar de vez e de verdade na língua. Trabalhar com Inglês é o que eu mais tenho feito nos últimos anos. Dar aulas é o que paga minhas contas desde que virei adulto no Brasil. Vou prestar o exame de novo, lá pra 2015, mas vou. Por que? Porque depois que você conhece algo, não dá para fingir que aquilo não existe. Não é assim com você? E eu tenho inveja dos meus amigos, os tais dos loucos, que tem o certificado.

Além das minhas aulas de sempre, este ano darei aula para o ensino médio no Objetivo de Iracemápolis. Estou com uma outro proposta interessante para este ano também. Vamos em frente.

Comments:
nossa fábio, eu num tinha noção de que esse exame fosse tããão difícil assim. agora tbm quero prestar! =) vou me informar aqui, é muito caro? sempre é.
afinal também sou teacher e seria legal se minha sapiência toda (haha) fosse oficial. esse certificado abre várias portas. tenho lá vários outros menos prestigiados... fiquei curiosa.
 
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oi fábio,
que legal saber que vc morou uns tempo aqui no Japão e trabalhando como dekassegui? mas nada de nihongo? eu quero tentar proficiência em japonês, vamos ver rs...
meu sonho de consumo é a cultura inglesa, rs, meu inglês é péssimo, quando voltar quem sabe?
sorte no ensino médio. dar aulas é cansativo, mas por outro lado tem os alunos, a relação que se estabelece, os adolescentes que emocionam, enfim.
forte abraço
madoka
 
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