Thursday, November 29, 2007

a magia do cinema

Tudo tem o seu tempo.
Esta semana caiu nas minhas mãos o clássico Cinema Paradiso. Eu tenho várias lacunas não preenchidas na minha curta vida de amante da sétima arte. Conversando com uma aluna, soube que eu precisava muito ver este filme logo, então a própria tirou o DVD de sua coleção e me emprestou.
Já não me pergunto mais onde é que eu estava que não vi este filme antes. Não me culpo mais por estes atrasos, principalmente porque acho que os momentos importantes da minha vida estão acontecendo nas horas certas. [Notaram que eu estou melhorando, mesmo sem fazer terapia, yoga ou coisa do gênero?]

Impossível, sendo um cinéfilo, não se apaixonar por um filme que mostra com tanto carinho o amor que existe por esta arte de trabalhar com as películas.
Na mesma semana em que concluímos o nosso curta-metragem, quando penso que vou entrar em uma sala de cinema para ver o que nós mesmos fizemos depois de noites mal dormidas e muito empenho, cai um filme destes nas minhas mãos. Vai dizer que não foi a hora certa de assistí-lo?

Esta maravilha de Giuseppe Tornatore tem milhões de referências, das quais me chamam atenção o belo poster de Casablanca e a projeção de um filme de Luchino Visconti. As lacunas que tenho não me permitiram absorver todas as citações e referências.

A censura do padre, que acreditava que beijo era algo pornográfico, fez com que o projecionista Alfredo criasse uma das mais belas sequências de cenas de beijos já vista no cinema. Não bastasse isso, com a trilha sonora de Ennio Morricone. É lindo de chorar.

[Eu sei que escrever sobre Cinema Paradiso é o mesmo que chover no molhado, mas eu não ligo, não.]

Pensando na arte do encontro, lembro-me bem de quando ouvi pela primeira vez o nome de Ennio Morricone. Foi o Juliano Zappia, em Londres, que viu uma apresentação deste maestro e me contou. Depois conheci o disco Per un pugno di samba de Chico Buarque com Morricone, eram as canções de Chico em italiano.

Tudo tem o seu tempo.
Ainda tenho muitos clássicos para assistir e, até lá, eu terei uns discos deste maestro italiano para poder ouvir quando estiver a beijar a minha guria.


Enquanto isso, fora das telas do cinema...
Sábado tem encontro em Sampa. Biajoni disse que eu estaria com ele. Parece que Branco Leone, que está com livro novo na praça, tem presente para minha pessoa. Mas vou ter que deixar estas cervejas com estes marmanjos para uma próxima oportunidade, porque vou visitar minha velhinha em Serra Negra. Todo mundo entende isso, né? Mãe é mãe, né velhos? [risos]
Faz uns cinco meses que não apareço na casa da minha mama, e se eu não for desta vez, ela vai me deserdar. E acho que preciso de um dia de descanso mesmo. Tomar um vinho de leve, ouvir um som enquanto fico deitado na rede, prosear com minha mãe enquanto como as delícias culinárias dela e me desligar um pouco do mundo.

E fecho este post desejando todo o sucesso do mundo para o jornalista Gustavo Brigatti, que parte amanhã para Porto Alegre. O cara é mais que talentoso e merece reconhecimento mesmo. Ele vai começar um trabalho na Zero Hora (sim, eles falam, A Zero Hora, não é isso, Briga?). Já fiquei com inveja da primeira matéria dele. Mas depois ele vai contar no Ziper na Boca.

Bom final de semana!

Comments:
Se não fosse pela mãe, eu chiava. Sendo por ela, tem minha benção.
Mas... vou ter que deixar o presente com aquele pinguço?
Pinguço e linguarudo!
Oremos.
 
Putz, eu ainda não assiste ao "Cinema Paradiso" e morro de vergonha disso.
Mas, cara, esse negócio de "acontecer na hora certa" é realmente uma parada do outro mundo. Eu que o diga, mesmo que inversamente, rs! Ou não, sei lá...

Abraços, trutá!
 
Vi Cinema Paradiso por acaso. Eu e meu então namorado e atual ex-marido íamos ao cinema, em um tempo perdido onde havia cinema de rua. Ele queria ver, eu não. Entrei meio a contra gosto.
Aí começou o filme e em pouco tempo, pouquissimo tempo, eu estava chorando. Mas chorando memo, de soluçar, balançar os ombros,dar vexame, sacumé?
Sai com os olhos vermelhos e com uma dor interna que mexia com muita coisa: a relação entre o menino e o velho, a história de amor ao cinema, tudo.
A cena dos beijos capturei no orkut de um amigo e coloquei no meu, porque é uma das cenas mais lindas que já vi.
Como diria com classe?
puuuuuuta que pariu de linda.
 
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